Sorri boba, enquanto pegava o
enorme buquê e a aliança que tinha dentro dele.
Vi um bilhete de baixo da
caixinha e o abri.
“
Hoje eu acordei decidido, decidido que quero estar o resto da minha vida do seu
lado. Pra sempre !
Eu
te amo!
Quer
casar comigo ?
ps:
Se aceitar, me encontra no endereço que está ai em baixo e não se preocupe,
porque eu mesmo pedi um dia de folga pra você.”
Não acreditei e entrei
correndo no carro e segui o endereço que estava no bilhete. Lógico que eu
aceitaria, era o meu maior sonho.
Parei em uma praia quase
deserta, que se eu não tivesse certeza que Luan estaria ali, estaria morrendo
de medo.
Desci do carro e o tranquei.
Tirei o sapato e caminhei em direção ao mar.
Vi Luan vindo ao meu
encontro, com um sorriso gigante nos lábios.
Me beijou de surpresa e me
abraçou forte.
- Então, você aceitou? – Ele
riu.
- Claro que sim! Você ainda
tinha dúvidas?
- Confesso... – Ele fez
careta. – Bora aproveitar esse dia lindo?
- Qualquer dia fica lindo do
seu lado! – Sorri.
- Minha poeta! – Ele me abraçou
e me beijou mais uma vez.
- Assim eu fico sem emprego, de tanta folga que peço! - Ri.
- Fica nada, meu amor! Você é a melhor médica daquele hospital, do Rio de Janeiro, do Brasil, do mundo... - Gargalhamos.
Continuamos andando em
direção ao mar e só então reparei uma lancha, mais uma surpresa. Iríamos ficar
o dia todo naquela lancha enorme, que mais parecia uma casa.
Luan me deu um biquini e
tirou sua camisa. Nos sentamos na frente da lancha, enquanto o vento gostoso
batia em nossos rostos.
- Está gostando?
- Você sempre me
surpreendendo!
- Que bom! – Ele beijou minha
bochecha e deu um gole de sua bebida.
Estava sentado atrás de mim.
- É isso mesmo que você quer?
- O que?
- Se casar comigo? Viver
comigo pro resto da sua vida? – Virei o rosto, para lhe olhar.
- Sabe...Eu confesso que não
estava pensando em me casar, mesmo depois que você disse que estava grávida.
Mas eu tive uma conversa com o meu pai...
- Não foi ele que te pediu para
se casar comigo não, não é? – O olhei estranho.
- (risos) Não, meu amor! Eu
pensei aquele dia todo, ele só me disse o quão responsável eu teria que ser e
foi ai que a ficha realmente caiu de que eu seria pai. Eu passei a gostar mais
da ideia, parece que minha mente amadureceu da noite pro dia e acordei decidido
de que é isso mesmo que eu quero pra minha vida.
Eu quero você pra minha vida
inteira! – Sorri.
- Eu também, quero...Só você!
– Consegui selar seus lábios.
- Já quero logo que essa
coisinha nasça, acredita? – Ele riu, enquanto colocava suas mãos em minha
barriga.
- Coisinha, amor?
- Nossa, coisinha, paixão.
Que a gente fez com tanto amor! – Ri.
- Palhaço!
- É mentira? – Neguei com a
cabeça, enquanto tomava um gole de minha bebida sem alcool. – Sabe, eu também
andei pensando em uma coisa.
- Que coisa?
- Eu quero de coração, meu amor, investigar
aquilo que o seu pai falou. – Me virei por completo, pra ele, confusa.
- Luan...
- Eu sei que você quer
esquecer, sei que foi difícil. Mas eu quero tentar, entende? Imagina se tem
outra coisinha nossa por ai, imagina se a gente morre sem saber disso. Pelo
menos vamos tentar.
- Sabe por que eu não quero
ir fundo nisso, amor? – Suspirei, enquanto ele negava com a cabeça. – Porque eu
tenho medo da criança ter realmente morrido e a gente está tendo esperança
atoa, tenho medo de ficar triste por revirar uma história que já estava
esclarecida.
- Mas não está! Se realmente
a criança nasceu morta, Isabella, nós vamos nos conformar e focar nessa que tá
vinda, mas eu quero tentar. Quero saber de verdade se já vou ser pai de uma
segunda criança. – Encarei o chão e meus olhos marejaram.
Eu ainda sentia em relação
aquele assunto e sempre fugia.
As vezes, poderiam até pensar
que eu não estava me importando para meu próprio filho, mas ninguém entendia o que eu sentia.
- Tudo bem! Eu vou entrar
nessa com você ! – Ele sorriu.
- E vai dar tudo certo no
final, independente do que for a verdade! – Ele me abraçou e secou as poucas
lágrimas que caíram dos meus olhos. – Eu vou estar do seu lado pra tudo! –
Assenti. Tinha certeza daquilo. – Amanhã mesmo eu vou procurar um detetive, tá?
- Detetive? – Estranhei.
- É! –Ele riu. – Quero uma
coisa bem particular, não quero isso na mídia.
- Eu também não!
- E vamos nos casar, sermos felizes
para sempre! – Ele brincou, enquanto beijava diversas vezes minhas bochechas.
- (risos) Meu bobo, que eu
amo!
Eu acho q eles vão encontrar a filha deles..
ResponderExcluirOutro hj ?
Hellen Araujo
Ainda bem que eles resolveram ir atrás da criança! Tomara que ela esteja viva. Iria ser lindo.
ResponderExcluir