sexta-feira, 13 de junho de 2014

Capítulo 51



*
Estava vivendo a melhor fase da minha vida. Estava mais que feliz com meu amor.
Ele me ligava mais de cinco vezes no dia, nos falávamos sempre pela web cam e sempre que tinha uma folga, corria para minha casa. Já que era raro, quando eu ia para São Paulo.
Já tinha ido a sua casa, fizemos um churrasco, para não perdermos o costume. Luan ficava tentando me beijar, mas eu não estava preparada ainda, para fazermos aquilo na frente de seus pais e sua irmã. Ainda não tínhamos nada, como um namoro.
Sua irmã ficou muito surpresa, quando soube que estávamos “juntos”. Então resolvi lhe contar tudo do começo. Ela já era uma mulher e merecia saber.
Ela ficou ainda mais surpresa com a historia toda, mas disse que nos apoiava, que achou linda a história e que nunca tinha desconfiado de nada, quando era criança.
A nossa família ainda não estava sabendo, só quem já sabia mesmo, meus avós e Glória, que estavam felizes por nós também.
Nunca mais tive notícias dos meus pais e aquilo me preocupava. Helen, me chamava de boba por eu correr atrás de noticias deles, mas querendo ou não, eram meus pais.
Ela sempre foi mais desapegada, meio maluca e sempre dizia, que se fosse seus pais, nunca mais iria os procurar. Eu não duvidava, mas eu era diferente.
Estava em uma segunda feira de folga, eu faxinava o apartamento.
Helen não estava de folga, eu estava sozinha. Ouvia musicas do Luan, no ultimo volume. Aquilo me fazia ficar bem mais perto dele.
Meu celular tocou e eu abaixei o som. Era um número desconhecido, atendi com receio.
- Oi...
- Isabella Guimarães Santana?
- Sim? – Me assustei.
- Você não é a filha do senhor Alex e da dona Lílian?
- Sou sim, o que houve ? Como me acharam?
- Nos pertences deles tinham uma foto de uma moça, com esse nome e achamos esse número no celular de dona Lílian.
- O que aconteceu com meus pais?
- Eles sofreram um acidente... – Deixei a vassoura cair no chão. – Me desculpe falar isso assim, mas é preciso. Te passarei o endereço do hospital que estão. – Peguei um papel e uma caneta rápido e comecei a anotar o que o homem dizia. Era em São Paulo.
Desliguei sem ao menos me despedi e troquei de roupa rápido. Não estava acreditando naquilo.
Peguei minha bolsa e quando abri a porta, dei de cara com Luan, pronto para tocar a campainha. Seu sorriso se desfez, quando viu minha cara de pânico.
- O que aconteceu, amor?
- Meus pais...Eles sofreram um acidente. Preciso ir pro hospital que eles estão.
- O que? É verdade mesmo? Quem te falou?
- Um homem, me ligou agora. Eu preciso vê-los. – Já comecei a chorar.
- E se for trote? E...
- Eu sinto que não! Eu tenho que ir. – Lhe empurrei e corri em direção ao elevador.
Apertei o botão e bati o pé impaciente. Vi Luan trancando a porta e vindo correndo para onde eu estava. Assim que ele chegou, a porta se abriu.
Eu estava em pânico, não dava uma palavra e Luan também parecia muito preocupado.
- O Well tá ali, ele leva a gente... – Ele pegou na minha mão e fomos em direção ao carro, em que estava.
- Ainda preciso comprar uma passagem. – Funguei, enquanto sentava no banco e abria a bolsa.
- Nada disso, meu jatinho ainda está aqui. Vamos chegar até mais rápido! – Assenti.
Encostei em seu peito e ele acariciou meu braço. Parecia com medo de me tocar, por estar tão perdida, mas depois me abraçava forte.
Assim que chegamos no hospital, me informaram que realmente eles estavam ali e nos indicaram uma sala reservada, para esperarmos noticias do médico.
Luan estava de boné e óculos, para nossa sorte. Se não, seria reconhecido.
Depois de quase uma hora, o médico entrou na sala. Me levantei rápido e Luan, logo depois.
- O que houve, doutor? Como aconteceu? – Disparei.
- Uma carreta perdeu o freio na descida e arrastou o táxi, em que estavam a mais de um quilômetro. Bateram em várias coisas. – Me desesperei.
- Co-como estão? – Tive medo de perguntar aquilo e Luan me abraçou, parecia que já previa.
- Eles...Estão muito mal. Mas seu pai quer falar com você. – Assenti. – Venha comigo!- Apertei a mão do Luan, que me deu um beijo no rosto e segui o médico.
- Pai... – Eu me aproximei assim que cheguei no quarto.
Olhei para o lado e minha mãe dormia, em outra cama. – Por que não estão em quartos separados?
- Pedimos! Temos que morrer juntos, como sempre foi. – Ele dizia com dificuldade.
- Vocês...Não vão morrer!
- Vamos, já cumprimos nossa missão aqui. Pode chamar o Luan aqui?
- Como sabe que ele está aqui?
- Eu imaginei! – Sai correndo do quarto e fui chamar Luan.
Voltamos e agora meu pai, parecia respirar com dificuldade. Comecei a chorar.
- O senhor me chamou, tio? – Ele assentiu.
- Eu queria pedir desculpas pra vocês, de tudo que fiz. Eu me arrependo de verdade e só quando chegamos ao fim da vida, que vemos as burradas que fizemos.
- Não precisa...
- Precisa sim! – Ele me interrompeu. – Vocês me perdoam por tudo e me prometam uma coisa? – Assentimos. – Me perdoam? Quero que falem.
- Nós te perdoamos, pai. – Minhas lágrimas não davam trégua.
- E você, Luan?
- Te perdôo, tio! – Luan também, tinha seus olhos vermelhos.
- Me prometem que não vão se separar?
- Eu prometo cuidar dela sempre! – Luan respondeu rápido e meu pai sorriu.
- Era isso mesmo que eu queria ouvir. Então já posso ir em paz! Sua mãe está muito fraca, Isabella. Nem dará para se despedir, mas ela também está arrependida. No fundo, ela só concordava comigo por medo, sempre te apoiou! Eu amo vocês! – Ele abriu os braços e nós o abraçamos com cuidado.
Ficamos daquele jeito, um de cada lado. Até sua respiração começar a ficar descompensada.  
- Pai! – Me levantei para olhá-lo. – Não vai! – Sussurrei, com o rosto encharcado.
- Eu preciso, minha filha! E... – Ele começou a tossir.- Preciso te falar mais uma coisa e te desculpar por isso também.
- O que?
- Eu acho... – Ele procurava respirar melhor, sem sucesso. – Eu acho que ela não se foi, pro céu. Acho que ela continua entre nós.
- Pai...
- Eu nunca te contei, mas vi ela, assim que nasceu. Estava com os olhos fechados mesmo e não chorou. Mas depois, vi uma mulher passando com ela, que parecia acordada.
Eu sempre tive certeza que ela ainda estava entre nós, mas nunca te falei, porque não apoiava, não queria ela. Mas eu me arrependo também! Eu devia ter ido atrás da mulher, devia ter feito algo.- Ele começou a chorar. – Mas me promete que vai encontrá-la? Promete? – Assenti, chorando.
Era muita noticia em um dia só, pra uma cabeça só.
Meus pensamentos acabaram, quando ouvi um barulho insuportável daquela máquina, do lado da cama e meu pai, ir perdendo o ar aos poucos.
Coloquei as mãos no rosto e só senti braços me envolvendo.

16 comentários:

  1. Que capitulo foi esse ? E não adianta mais fugir ela teve uma filha e tiraram ela dela Rum! Poste outro ja
    @_vick_brito

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    1. Fugir de que, muié? kkk eu vou escrevendo de propósito msm, claro, pra irem entendendo!

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  2. Posta mais um!!!!! Perfeito esse capitulo

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  3. Ai gente, é muita Helen pra 1 coisa só '-' Ops é ao contrario kkkkkkk
    Meu Deus, eu sempre quis que o pai dela morresse, mas agora, naaaaaãoooooo, quero ele de volta
    Eta, a filha deles ta viva, omg, sem or, nossa, to chocada.
    @vemnemimluan

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  4. Aaaaaah meu Deus a filha deles awwn *-* tchau Alex bejo hahahaahh

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  5. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh Tem um oceano no meu zói.. Que isso Manu? Vc lascou com o meu emocional.... por favor continua logo!! Quero ver a reação do Luan ao saber que ela teve uma bebê *-------------------*

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  6. Mds que capitulo manu
    quantas emoções sem or
    Okay a criança nasceuuu e ele deu a menina a alguém omg
    eles tem q acha-lá
    Manu obg por me ouvir e matar o pai da Isa kkkkkkkk esse veio merecia na moral kkkkk
    maisssssssssssssss
    @lightlrds

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    1. kkk Foi a única que gostou. O capítulo já estava escrito a bastante tempo, amor, não te ouvi, mas você pensou comigo hahhaha

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  7. nossa, deu até vontade de chorar :( cont

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  8. Mds Chorei Manu tá a raiva dele parou um pouco! Continuaaaaaa! :'''''''''(

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  9. Nossa ctz q ela teve uma filha e ele deu pra alguem..
    Nao gostava do pai da Isa, mas fiquei com dó, nao dele, dela q apesar de tudo amava ele...
    Amei o cap Manu
    Posta dois amanha ?
    Continuaaa
    Hellen Araujo

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  10. Ain a bebê ta viva, lá no fundo eu já sabia! Maus amei que cap lindo, o Lu deve ter ficado boiando enquanto o pai dela falava essas coisas imagina ele descobri que ela teve uma bebê. Posta mais vai Manu.

    @Lswendy

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  11. Pqp to chorosa :') que tudo, queria que os pais dela ficassem vivos e os apoiAssem ainda em vida, mas...

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  12. Isso me lembrou o primeiro capítulo. Quando os pais dela, só.voltaram a falar com os deles na beira da morte.
    Cada dia você arrasa mais.
    @aloucals

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  13. Luan tem que questionar quem é "ela". E Isabela tem que contar, porque os dois juntos vai ser mais fácil de acharem. E quem deve saber alguma coisa é a senhora da república que a Isa morava em Boston.

    Yana

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  14. É a bebê '0' continuaaa meeeu Deus kkkk
    -Stephanie-

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