sábado, 2 de agosto de 2014

Agradecimentos!



Amores, chegou ao fim mais uma história :( Vocês gostaram? Coloquem aí nos comentários pra eu ver. Queria dizer a mesma coisa q sempre digo no final de toda fanfic.
Obrigadaaaa de novo, meus amores, por tudo mesmo! Vocês não sabem o bem que me faz escrever pra vocês e ver os comentários, leitoras interessadas " vai ter capítulo hoje manu?" "manu me adc no face?" " Me conta o que vai acontecer" hahha Eu amo isso, gente, quer dizer que estão gostando de verdade. 
Quero agradecer quem lê mas não comenta também e é "fantasma" sei que umas não conseguem, não tem tempo e tem as preguiçosas que eu sei haha 
Mas sério preguiçosinhas, comentem vai? Não precisa ser em todo capítulo, eu sei que é chato, viu :x Mas comentem quando gostarem de verdade ou quando não gostarem de nada do capitulo? Prometem?  Vocês não imaginam o quanto é importante cada comentário de vocês pra mim.
Se quiserem continuar me acompanhando, claro!
Quase sete meses de fanfic, em! Não enjoaram dela não? haha
E sim, eu vou continuar escrevendo, fazer o que se eu não consigo parar, não é?
Então, bora mais nessa? 
Segunda feira (4) vou começar a nova história. Quem está no grupo do face já sabe o tema que vai ser, porque elas que escolheram. 
Lá a gente interage demais, eu pergunto todo mundo em alguma coisa do capítulo que to em dúvida, escolho os nomes das leitoras pra por na fanfic, enfim. 
Quem ainda não está, entra lá pra gente bater um papo também? > Grupo do facebook <
O tema vai ser "ódio" , claro que não vai ter ódio a fanfic toda, mas vai ser um pouco dramática e como as leitoras queriam, os personagens principais não vão se gostar muito no começo, vai rola brigar. E vocês que manda, querem, eu faço ! haha
Então é isso, amores! Espero demaaais que tenham gostado e que gostem dessa próxima história que vem, porque eu faço com todo carinho pra vocês, me faz bem! 
Próxima fanfic : Só vejo você
Preparei uma sinopse bem legal pra vocês, topam comentar bastante pra eu começar com tudo? Bora animar aí.
Beiiijoooos e obrigada por tudo mais uma vez. Amo vocêeees! ♥

Último Capítulo



( 7 anos depois )

Como podem imaginar muita coisa aconteceu em sete anos, mas por incrível que pareça, só coisa boa. Eu e Luan brigávamos, claro, mas sempre as pazes eram feitas.
Luan viajava naquele dia e eu fui buscar meus filhos no colégio, os três estudavam na parte da manhã. Nathalia com 16 anos, Luna com 10 e Breno com 8. Brigavam bem também, mas nada que um castigo não resolvia e logo já estavam grudados de novo. Não se separavam.
O sinal da escola ainda não tinha batido, porém, resolvi entrar e pegar meus filhos do mesmo jeito, faltavam poucos minutos e Luan chegaria em algumas horas.
Passei pelo pátio e ouvi vozes exaltadas, logo reconheci a de Nathalia e andei mais rápido até onde ela e uma outra menina discutiam.
- Sua bastarda! – A menina gritava com ela.
- Você tá louca?
- Minha mãe me disse que você foi adotada! Que te pegaram pequena! – Ela ria.
- Idiota! – Nathalia sabia sua história, mas não desmentia. – Só porque eu to com o garoto que você gosta? Ele nunca vai te querer! – E antes que a menina fosse pra cima dela, corri pra mais perto delas e quando olhei para trás o porteiro também já estava indo até nós.
- O que está acontecendo aqui? – Eu perguntei.
Nathalia chorou me abraçando e eu segui com ela pra secretaria, junto com o porteiro e a outra menina.
Sabia que chorava de raiva e com medo de eu e Luan brigarmos com ela por aquilo.
A diretora brigou com elas e advertiu as duas. Eu não disse nada, era justo.
- Tá vendo o que você fez sua bastarda? – A garota ainda perturbava, assim que saímos da direção.
- Olha, aqui! Eu não vou discuti com você que é uma criança, da idade da minha filha, mas saiba que você está completamente enganada. Nathalia é nossa filha de sangue e sua mãe não te contou a história dela direito! E nem precisa, mesmo se não fosse, vocês não tem nada com a nossa vida!  - Puxei Nathalia para longe daquela víbora.
- Esquece isso, filha! – Sequei suas lágrimas.
- Está tudo bem, mamãe! – Ela me abraçou e eu beijei sua cabeça. – Vamos pegar Luna e Breno? – Deu um meio sorriso e eu assenti.
Voltamos a andar, mas ela me parou. – Não diz nada pro pai? – Me olhou com receio.
- Não vou dizer, até porque ele vai querer vir aqui reclamar do que essa garota disse!- Sorri pra ela. – Pode ficar tranqüila! – Seguimos em frente até as salas dos outros pequenos.
Fomos para casa e no carro era aquela falação, todos querendo trocar o cd, discutiam e eu ria, sabia que aquele tipo de briguinha era até saudável entre irmãos.
Para nossa surpresa, assim que chegamos Luan já via televisão e se levantou correndo assim que nos viu.
Abraçou e beijou muito seus filhos primeiro e logo depois, eu.
- Pai! – Breno o chamou enquanto andávamos até a cozinha.
- Cala a boca, Breno! – Nathalia gritou e eu me assustei.
- (risos) Sabe o que é? A Nathalia tá namorando um menino idiota! – Ele disse rápido e deu língua pra irmã, antes de correr para trás de mim.
- Namorando? – Luan a olhou com uma sobrancelha erguida e ela suspirou.
- Breno linguarudo! – Ela continuava irritada com o irmão.
- Nathalia, quero que saiba que se for pra namorar me fala, eu não quero você pelos cantos. – Luan continuou.
- Não estou pelos cantos, papai.
- Eu acho bom! – Nos sentamos. – Saiba que eu vou aceitar, até porque você já tem 16 anos, mesmo eu achando muito nova pra isso. – Ele riu e eu o acompanhei.
- Sério que o senhor ia deixar? Quer dizer, caso eu esteja... – Ela se enrolou e eu ri novamente.
- Claro que sim, filha! Eu pareço tão carrasco assim? – Ele fez sua careta linda e ela gargalhou.
- Claro que não, papai! – Saiu de seu lugar e se sentou no colo de Luan, o enchendo de beijos, do jeito que gostava.
Mas não demorou para os outros começarem com o ciúmes e todos se juntarem em cima da gente, enquanto Nathalia provocava dizendo ser a mais velha e a mais amada de todos.
- (risos) Não sei quem é mais criança, filha. Você ou seus irmãos? – Ela riu pra mim e beijou meu rosto.
No outro dia, acordei cedo como sempre, mas estava de folga no hospital, então resolvi preparar um café da manhã bem caprichado para todos.
- Mãe! – Olhei para trás e Nathalia me olhava com cara de sono.
- Caiu da cama foi?
- Eu e os pirralhos, mas eles foram deitar com o papai e capotaram de novo! – Ri.
- Vamos tomar café nos duas então. – Ela assentiu e nos sentamos.
- Queria conversar uma coisa com a senhora...
- O que foi?
- Eu termino o colégio ano que vem e já sei a carreira que quero seguir.
- O que?
- Eu quero ser médica, mamãe. Uma das melhores, como a senhora! – Sorri com aquilo e a abracei de lado. – E mais! – Ela me olhou. – Quero estudar fora do país, pra já vir pro Brasil sabendo das novas coisas lá de fora. Quero ser muito boa!
- Se quer assim, meu amor...
- Você acha que meu pai vai concordar em eu ir estudar fora? – Ela fez careta.
- Não vai gostar da idéia, mas vai te apoiar! Sabe como é a menininha dele, não é? – Rimos.
Naquele mesmo dia, conversamos com Luan sobre o que minha filha havia me dito e como eu imaginei, ele não gostou da filhinha dele ir morar fora sozinha, tão nova, mas apoiou sua idéia.

( ... )

*
Depois de dois anos, estávamos levando Nathalia até o aeroporto, que ainda mantinha sua firme idéia de ser médica, o que nos dava orgulho.
Ela chorou, eu chorei, Isabella chorou e até os pequenos, mas infelizmente tinha chegado a hora dela partir.
Voltamos para casa e mesmo um pouco tristes com a falta dela, resolvi me diverti com as crianças. Eles também me diziam que mesmo brigando e implicando muito com eles, sentiriam falta da irmã mais velha, nos fazendo rir.

(...)

Mais dois anos se passaram e dessa vez, fomos buscar Nathalia no aeroporto, não pra ficar, mas sim para passar as férias e o Natal conosco.
A vida dela estava tão agitada em Nova York que nem eu acreditava. Tinha conhecido um rapaz, namoravam a um ano e meio e já pensavam até em casar.
Eu ficava espantado com tudo aquilo, claro, ela só tinha 20 anos, mas estava feliz e eu tinha que aceitar.
Levamos um susto quando vimos que ela descia do avião junto de seu namorado, com um sorriso gigante no rosto e mais ainda quando nos disse ali, no meio do aeroporto, que estava grávida e iriam se casar dali a alguns meses.
- Fala alguma coisa, pai! – Ela me olhava.
- Eu não esperava...Mas gostei! –Sorri e um sorriso largo apareceu em seus lábios também. – Sempre sonhei em ser avô, tenho certeza que serão felizes! – Ela me abraçou forte e logo todo mundo entrou naquele abraço.
Fomos direto para a chácara, onde toda família se reunia como sempre e o noivo de Nathalia, Cássio, já se enturmava com nossa família e fazia todos rirem com seu português enrolado.
- Ah gente! Considerem! Ele tá a meses fazendo aulas de português só pra falar com vocês! – Minha filha fez bico e eu beijei seu rosto.
- Tá indo bem! – Ri pra ele, que retribuiu.
Estava gostando dele, parecia um rapaz bom e de família, minha filha seria feliz ao seu lado.
Passamos dias ótimos e felizes na minha chácara, lotada das pessoas que amo.
No último dia nosso ali, eu acordei já bem tarde, vi que alguns estavam na piscina, como minha irmã, outras na cozinha, como meus pais, mas fui atrás dos meus filhos e da minha mulher.
- E vocês nunca sentiram medo? – Nathalia, seu noivo e seus irmãos, estavam sentados na grama e Isabella em uma cadeira. Sorrindo como sempre.
Sempre linda também, simpática e parecia que o tempo só fazia melhorar seu humor.
Parei pra ouvir o que falavam e não interrompi.
- Claro que sim! Éramos jovens, meu pai era rígido, tio Amarildo e Tia Marizete, muito família e minha mãe fazia tudo que meu pai mandava.
- As vezes eu nem acredito na história de vocês!
- (risos) As vezes nem eu!
- Mas você perdoou o vovô e a vovó mesmo, mãe? – Agora foi a vez de Luna perguntar.
Linda e grande com seus 14 anos, sempre queria estar por dentro de tudo que sua tia e sua mãe falavam e muito vaidosa.
- Perdoei, meu amor! A vida é assim, eu sempre os amei e sempre vou amar! Claro que perdoei! – Ela sorria.
Breno me viu e logo me gritou, não teve mais jeito, tive que me juntar a eles.

( ... )

Enfim o filho de Nathalia já tinha nascido e nós fomos ansiosos para sua casa, ficar alguns meses com ela, matar toda saudade dela e de um bebezinho.
No outro dia, Bruna apareceu com seu marido, Ricardo, seu filho Thiago e nossos pais.
Ficaram menos que a gente, um mês, mas já foi o suficiente. A casa lotada e alegre, como Nathalia sempre dizia.
Acordei depois de todo mundo, como sempre, dois meses depois que já estávamos lá, meus pais já tinham ido, mas Bruna ainda continuava lá com meu sobrinho, Ricardo também já tinha ido, trabalhava na área de engenharia.
Fui andando pelo corredor e pelo silêncio da casa Nathalia curtia Stella, nossa netinha e seu noivo já estaria na faculdade.
Andei mais um pouco e Vi Isabella parada, parecia escondida, escutando alguma coisa.
- O que você tá fazendo? – Ela deu um pulo, me fazendo ri.
- Shiu! Quero escutar! – Me calei e fui ver o que ela tanto queria escutar.
Luna e Thiago, estavam sentados no chão, um filme passava na TV, mas eles conversavam.
- Eu te amo! – Ele me surpreendeu com aquela frase e a abraçou.
Luna, retribuiu o abraço dele e assim que se soltaram, sorriam felizes.
- Eu que te amo!
- Vamos ficar juntos igual o tio Luan e a tia Isabella? – Eles riram.
- Eu acho que sim! Minha mãe sempre diz que quando o amor é verdadeiro, começa desde cedo!
- É verdadeiro! – Ele disse firme e a puxou pra outro abraço.
- Isso te lembra algo? – Isabella me olhou sorrindo e eu abri um pequeno sorriso também.
- Pois é...Me lembra!
- Você vai ficar bravo com eles?
- E eles sofrerem tudo que nós sofremos? Claro que não!
- Será que sempre vai ser assim? Tá no nosso sangue os primos se apaixonarem? – Ela fez careta.
- Acho que não! – Fui sincero. – Acho que acaba neles.
- Tomara! Não quero nossa família sofrendo preconceito!
- Você não muda, não é, amor? Ainda liga pra isso? – E lhe abracei.
- (risos) Ligo! – Ela colocou seu braços em volta do meu pescoço e me olhou nos olhos.
- Eu te amo! – Sussurrei.
- Eu te amo! – Ela retribuiu e eu sorri.
Fui lhe beijar mas ela desviou, me deixando sem entender.
- O que?
- Olha ali! – Ela apontou pra onde Luna e Thiago estavam e ele se beijavam.
Não um beijo, como eu e Isa já dávamos naquela idade, mas só um selinho. Eram tão comportados, estudiosos, gostavam de tudo certinho.
Sorri pra ela e acariciei seu rosto, antes de lhe beijar.
Lhe beijar por nós e por aquele casal que mesmo muito jovens, não julgávamos, pois já tínhamos sentido na pele tudo aquilo.
O preconceito é sempre grande, tem gente que não aceita e até tem um pouco de razão. Acredito que as famílias são para se juntarem com outras famílias, mas ninguém manda no coração, todo mundo tá sujeito a tudo e quando o amor bate na nossa porta, não tem como mandar ele ir embora, não tem como expulsar ele a vassouradas.
O amor é uma coisa pura, não é nenhuma coisa do mal, nãos faz mal a ninguém quando é saudável e verdadeiro, é só...Amor!


                   The end
Manoela Ribeiro.


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Penúltimo Capítulo



 Subimos para o quarto já no final da tarde e Luan logo foi tomar seu banho, sozinho e pensativo. Demorou mais que de costume e assim que ele saiu, entrei para tomar o meu. As meninas estavam no quarto com Analu, gostavam tanto dela e ela adorava arruma-las.
- O que você tem? – Perguntei assim que ele saiu.
Luan suspirou mas não me respondeu. – Me fala! – Eu insistia.
- É verdade aquilo que a Cíntia disse?
- Sabia! – Bufei. – Não acredito que você vai acreditar em uma pessoa que você nem conhecia, nunca viu na vida, ao invés de mim, que sou sua mulher, prima, que me conhece desde que eu nem me entendia por gente!
- Eu não quero acreditar nela, mas quero que me responda, Isabella! Faz sentido, não faz? Você bonita desse jeito...
- Olha, ela quer te envenenar contra mim! É claro que é tudo mentira! Eu recebo muito mais mães no consultório do que pais.
- Amor, olha nos meus olhos...
- Estou olhando, Luan! É mentira! – Ele me abraçou e eu correspondi.
- Desculpa!
- Não vamos brigar por causa dela, não vale a pena! Aquela cobra!
- Não vamos! – Ele beijou minha bochecha antes de me soltar. – Vai se arrumar pra gente jantar lá em baixo! – Assenti e fiz o que disse.
Saímos do quarto e já escutei minhas filhas gritarem por nós, arrumadas e cheirosas.
Luan segurava Breno e elas me contavam o que queriam comer de sobremesa.
Jantamos em um clima ótimo, Cíntia tentava falar alguma coisa de mim mas eu logo a cortava, ninguém estava interessado nela também. Via em sua cara a irritação que sentia.
Fomos para área de lazer do hotel que era incrivelmente grande e não tinha ninguém.
- O povo daqui gosta de uma praia, um lugar tão lindo desse e quase nunca tem gente. – Luan comentava enquanto nos sentávamos.
- É até bom, odeio esse tipo de tumulto. – Fiz careta e ele riu.
- Vamos pra água, cunhada? – Bruna me perguntava e já tirava sua roupa junto com as outras meninas. Parecia ótima a piscina mesmo, mas eu estava com preguiça.
- Preguiça! – Ela riu de mim. – Depois eu vou! – Encostei minha cabeça no ombro de Luan que foi com sua mão até meu cabelo e ficou mexendo no mesmo.
- Vamos, fofa! São os quilinhos a mais? – Levantei a cabeça para encarar aquela voz irritante.
- Não entendi!
- Porque você quase não tirou o short hoje na praia, não fica com vergonha ninguém vai reparar aqui! – Eu ri daquilo, de nervoso na verdade, não iria responder pra não criar uma discussão feia ali. 
Luan acariciou meu braço como se pedisse para eu deixar pra lá e assim eu fiz.
Elas foram pra água, nós ficamos conversando mas logo voltaram.
Pedimos sobremesa e sorvete pras meninas, já que pediam tanto.
Bruna queria ir passear na praia com as amigas e levou Luna e Nathalia.
Breno acordou chorando no colo da avó e eu o peguei. Deveria estar estranhando aquilo tudo. O peguei, ninei, dei de mama, mas ele estava bem irritado, já estava acostumada e logo ele cansaria e passaria.
Luan o pegou do meu colo pra ver se conseguia o acalmar e depois de uns vinte minutos, ele se acalmou. Sua pele já estava vermelha de chorar e sua carinha continuava brava.
- Irritante seu filho, em! – Eu estava me controlando porque ela sempre falava de mim, mas se ela queria brigar, conseguiu tocar no meu ponto fraco mesmo.
- Olha, aqui! – Fui até ela e fiquei em sua frente, enquanto ela permanecia sentada, com cara de tédio olhando pra mim. – Eu agüentei tudo que você falou porque era de mim, mas não fala dos meus filhos!
- É a pura verdade! E você é aquilo tudo mesmo e além de tudo interesseira, só quer o dinheiro do Luan.
- Garota! – Dei um tapa em seu rosto e ela levantou indignada, iria revidar, se Luan não me puxasse com tudo pra trás.
- Você me bateu? Nem meus pais me batem!
- Pois deveriam, pra você aprender. Não levou a surra que mereceu quando pequena. – Luan ainda me segurava.
- Idiota, golpista! Você se acha, não é? Mas é uma médica de merda!
- (risos) Você tem inveja de mim, garota! Cresce!
- Já tá bom, Cíntia! – O Rober tentava lhe levar dali.
- Não está bom, não! – Eles começaram a discutir ali e com muito custo, a levou para dentro. Me sentei suspirando.
- Desculpa, gente! – Olhei por baixo dos cílios para todos.
- Ela te provocou, Isa!
- Podia ter falado de mim o resto da viagem , dos meus filhos não, tia !
- Esquece isso, amor! – Luan me abraçou de lado.
- Idiota! O Rober não merece essa cobra!
- Não mesmo! – Meu tio concordou.
Resolvi voltar para o quarto e Luan me acompanhou, Breno já dormia no meu colo e minha tia disse que depois levaria as meninas pra mim no quarto, ou dormiriam com elas mesmo.
- Bora tomar um banho de banheira bem relaxante ? – Luan riu, enquanto me abraçava por trás.
- Você se aproveitando da situação... – Neguei com a cabeça, enquanto ria também.
- Não estou, amor!
- Sei! – Ele beijou meu rosto, enquanto íamos em direção do banheiro.
E assim fizemos, tomamos um banho de banheira juntos, que me fez relaxar com suas piadas, gracinhas e seu romantismo.

( ... )

Um aninho do meu filho e a minha casa era só correria. Organizadores da festa andando pra lá e pra cá, junto comigo, Bruna e tia Marizete.
Resolvemos que faríamos uma festa grande, porém, seria na nossa casa mesmo, que tinha uma área de lazer imensa e dava pra acomodar os nossos convidados tranqüilo.
Uma hora antes do horário marcado da festa, subi as escadas correndo para trocar Breno e me trocar também, já que todos se arrumavam, menos eu.
Ele brincava entretido com um boneco que tinha feito a avó comprar no shopping com ele, mesmo pequeno já conseguia tudo que queria de todos.
- Olha, é igual ele mesmo! – Luan se referia ao boneco e eu o olhei indignada.
- Credo, Luan! Tá dizendo que o Shrek é igual o nosso filho?
- (risos) Igual também não, amor! Parecido! – Ele gargalhava.
- Idiota! – Bati em seu braço e peguei o celular pra bater uma foto do Breno, que parecia tão feliz.



A festa foi linda do piu piu, como ele amava aquele bixinho. Fiquei satisfeita com tudo e os convidados também.
Os amigos mais próximos e toda família ainda ficaram cantando e comendo até uma hora da manhã. Típico de Luan.
As meninas se divertiam e ficavam rodando com o irmão, iam nos brinquedos que contratamos, uma graça. Carregavam ele no colo também, por andar pouco ainda.

Tinha medo que caíssem, mas não me importava, adoravam pegar o irmãozinho no colo. Só Nathalia que andava com ele no colo, Luna ficava paradinha só por alguns segundos por não ter força ainda para carregá-lo.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Capítulo 93



Fiquei surpresa com o que me disse e uma raiva me invadiu.
- Não! – Quase gritei e em menos de um segundo, senti suas mãos me puxando pra ele e seus lábios nos meus.
Tentei me afastar nos primeiros momentos, até bati em um de seus braços que me agarravam com força, mas claro que cedi e correspondi o seu beijo a sua altura, com paixão e desejo.
O beijo foi esquentando e Luan foi me deitando na cama, passou a beijar o meu pescoço e um fogo começou a se acender em mim como não acendia a muito tempo. Agarrei seus braços com minhas unhas, quando senti um chupão no meu pescoço e me segurava para não gemer.
Ele mordeu meu queixo e passou a língua logo em seguida, o que me fez suspirar novamente.
Suas mãos alisaram minha barriga por baixo da blusa e quando já estava preparado para tirá-la escutamos um choro e eu me afastei dele rápido, pensando ser Nathalia, era maiorzinha e podia ficar perguntando o que acontecia ali, eu não queria ter explicar ou mentir algumas coisas naquele momentos. Olhei para os lados e nada das meninas, era Breno que berrava alto.
Fui até a sala que tinha na enorme suíte e Nathalia e Luna dormiam no sofá, bem coladas uma na outra e eu me espantei por nem ter sentido falta delas. 
Peguei Breno no colo rápido antes que acordasse as meninas e os três me dessem trabalho de noite e o coloquei no peito.
Sentia tanta fome que sugava meu seio, que chegava a machucar um pouco.
Me sentei na cama do lado do Luan e quando passei por um espelho, ri de mim mesmo com o cabelo pior que um leão.
Olhei para Luan que não tinha cara de nada, estava engraçado.
- (risos) O que foi?
- Nada... – Ele suspirou. – Tinha que acordar agora, Breno? – Ele olhou para o filho nos meus braços e eu ri mais uma vez.
- Tadinho, ele estava morrendo de fome!
- Dorme logo pra gente continuar...
- Nem pensar! Nossos filhos estão aqui e se Nathalia acorda? Sabe que tá na fase de perguntar tudo!
- Ah, amor! A gente menti e elas não vão acordar...
- De jeito nenhum!
- Mas você tava quase indo. – Ele riu.
- É, mas não vou mais, cai na real!  - Ri junto com ele.
- E eu? – Olhei pra ele que beijou minha bochecha.
- Se vira! – Me olhou espantado.
- Nossa!
- Ué, amor, vai tomar um banho frio.
- Mas tá muito frio.
- Dorme assim então!
- Quando eu for fazer xixi vai doer!
- Então vai a merda, Luan! – Ri e me levantei com Breno nos braços enquanto ia até seu berço e o coloquei nele, já dormia.
Luan passou por mim resmungando, enquanto ia pro bainheiro.
- Deixa você comigo...
- Vai fazer o que?
- Não te interessa! – Ele fechou a porta do banheiro na minha cara e eu fiquei de boca aberta, mas logo ri.
Peguei minhas filhas do sofá, uma de cada vez e as coloquei na outra cama que tinha ali.
Não sei como as meninas não tinham acordado com aquela falação todo nossa, sorte que tinham o sono pesado igual o pai.

( ... )

Marcamos de viajar em um dia na sexta feira que eu estava de folga e só voltaríamos no domingo de tarde. Resolvemos ir para Florianópolis, foi uma viagem bem em família, com os pais do Luan, alguns de nossos primos, tios e amigos também.
Ficaríamos em um hotel de frente para a praia da Joaquina. Eu que escolhi aquele lugar, pesquisei bastante, me encantei com as fotos da praia e mostrei a todos que também amaram. O hotel era de luxo e tinha até uma parte privada da praia só para hospedes, o que eu também fiz questão de pesquisar pensando no Luan.
Queríamos mais privacidade e como ele mesmo disse antes de sairmos de casa, queria se sentir uma pessoa como outra qualquer pelo menos naqueles 3 dias que ficaríamos ali.
- Não fui com a cara daquela Cíntia! – Fiz careta assim que entramos no quarto.
As crianças já mexiam em tudo que viam e Breno estava acordado e atento com seus olhos grandes, em tudo.
- Quem? A quase namorada do Rober? – Luan disse rindo.
- Claro, Luan! Tem outra? – Ele fez careta, enquanto me olhava.
- Nem me liguei direito nela. Por que não gostou?
- Você não se liga em nada mesmo! – Ri.
- Mas por que não gostou dela? – Ele voltou na pergunta.
- Porque...Ela é estagiária no hospital, só nos vimos duas vezes mas parece que ela que não foi com a minha cara primeiro. – Eu trocava a roupa de Breno, já que estava bem mais quente que em São Paulo.
- Brigaram ?
- Não chegamos a brigar mas ela é chata, tudo que eu falo pros estagiários quer me corrigir, colocar defeito.
- (risos) Sério? – Assenti.
- Sabe que as vezes pego ela me olhando, olhando meu cabelo , meu corpo, quando não vou de branco, até minhas roupas. – Lhe olhei.
- Isso é inveja! – Ele ainda ria, sem levar a sério. Revirei os olhos.
- Pode ser mesmo, mas ela é nojentinha, novinha, o Rober também gosta né? – Ouvi Luan gargalhar.
- Ah, ele gosta de uma novinha mesmo! – A menina tinha dezoito anos, estava na faculdade à dois anos.
Analu também foi conosco e não demorou muito para ela deixar suas coisas no quarto em que ficaria e voltar para irmos comer, do jeito que eu tinha falado.
- Vamos, amor? – Luan assentiu e se levantou, pegou Breno dos meus braços enquanto eu dava a mão Luna e Analu, Nathalia.
Comemos bastante já que a fome era muito e fomos conhecer um pouco a área de lazer do hotel e a praia, que era mais perfeita que nas fotos.
- Cara, você escolheu bem, amor! – Luan olhava tudo em volta encantado.
- Não vamos entrar no mar, mamãe?
- Viemos só conhecer por enquanto, meu amor! – Logo voltamos para o quarto e não deu nem um minuto para Bruna me ligar dizendo que todos já iriam para praia.
Estávamos esperando eles mesmo, eu adorava aquela movimentação, muita gente.
Arrumei as meninas e coloquei em Breno por cima da frauda, uma sunga do super homem, que Luan havia comprado em uma de suas viagens, que fez todo mundo querer apertar de tanta gostosura.
Eu e Luan fomos os primeiros a entrarmos no mar, ficamos um pouco conversando e as vezes nos beijamos, não sempre por vergonha minha.
Pedimos algumas coisas no quiosque e tava tudo como eu imaginava, todos rindo, se divertindo e contando piadas, típico da nossa família.
- Ta gostando, Cíntia? – O Luan puxou assunto com ela que era meio calada, mas só perto deles, e eu olhei para o outro lado.
- To sim, Luan! Sua família é ótima! – Olhei rápido pra ela, que sorria.
- Que bom! – Luan retribuiu.
- Eu conheço a sua mulher, ela te disse? – Ele assentiu sem jeito. – Vou ser médica também. – A essa altura, todos já estavam prestando a atenção na conversa deles.
- Que bacana!
- A Isa pode te ensinar muito, viu? É muito boa no que faz. – Minha tia disse sorrindo, inocente e ela sorriu forçado. Ri por dentro.
- É sim, já participei de dois estágios com ela, explica muito bem. Acho até engraçado umas coisas... – Ela começou a rir.
- O que? – Luan perguntou.
- Todos os pais das crianças só querem a doutora Isabella, acho que as vezes os filhos nem estão doentes, só querem ver ela. – Ela continuou rindo e eu a olhei séria.
Aquilo não era verdade, claro que já teve cantada, apenas uma, mas não dos pais das crianças ficarem indo direto só pra me ver.
- Hum! – Luan deu uma golada de sua bebida e eu bufei por dentro, ela estava conseguindo deixar ele com ciúmes.
Bruna cortou a conversa percebendo o clima e eu agradeci minha cunhada mentalmente.
O clima agradável voltou, só Luan que estava calado, me abraçava, me beijava, mas estava mais quieto, só ria das coisas que falavam.
Cíntia tinha se soltado e também puxava papo. Também, depois das coisas que disse a Luan, estava vendo que ele não tinha gostado muito. Tinha conseguido o que queria.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Capítulo 92



Chegamos no hotel e Luan carregava Luna que dormia, Well, Nathalia e eu, Breno.
O coloquei no berço que tinha no quarto e as meninas em uma outra cama de casal que também tinha ali.
Tirava as sandálias com o olhar de Luan em mim, mas sem dizer uma palavra. Tomei um banho e quando sai do banheiro ele ainda tirava sua roupa.
- Isabella, não dorme que eu ainda quero falar com você.
- Não vou dormir! – foi apenas o que eu disse.
Respirei fundo quando o vi saindo do banheiro e não teria mais como fugir, ainda não estava muito bem.
- Olha...Eu só perdoei a menina porque achei certo, não sou ninguém pra não desculpar alguém. – Ele se sentou do meu lado e começou.
- Dane-se, Luan!
- Isabella, calma! Só estamos conversando...
- Eu achei uma falta de respeito o que você fez comigo, abraçando aquela vadia comigo ali perto ainda.
- Eu não te desrespeitei! Só fiz o certo!
- Ah ta bom, Luan! Você é o certo, não é?
- Para com isso e me entende.
- Não to afim! – Bufei e me deitei, enquanto ele me olhava.
- Você é complicada demais! – Sorri irônica pra ele, antes de fechar os olhos.
Só acordei seis horas da manhã com o choro de Breno, mas que logo se calou, olhei para trás e Luan o ninava enquanto cantava baixinho e fazia o filho voltar a dormir, não era fome mesmo. Voltei a dormir e só acordamos todos juntos 14:00hrs.
Almoçamos e eu ainda não tinha tocado em uma palavra com Luan e nem ele comigo, só brincava com os filhos. Teve que sair as 15:00hrs para uma rádio e não se despediu de mim. Eu ignorava e não me importava, estava chateada desde o dia anterior.
Entrei na internet, enquanto Breno brincava com seu boneco do meu lado e as meninas viam TV, me espantei com a notícia que se espalhava pelas redes sociais.

“ Isabella Santana, esposa e prima de Luan Santana, é flagrada aos gritos com uma mulher dentro do camarim do cantor.
Segundo fontes, a morena ficou furiosa assim que entrou no camarim e viu os dois sozinhos lá dentro e depois só se escutavam gritos.
E podemos ver mesmo por essa foto que ela não saiu do camarim muito bem, sorrindo, como costuma sempre está para as fãs do marido e posando para as fotos.
Será o que, que Isabella viu naquele camarim? Será que vem separação por ai? “

Bufei quando vi uma foto minha logo em baixo, com uma cara péssima saindo do camarim. A história tinha tomado outro rumo completamente diferente e pela primeira vez parei pra pensar que eu tinha agido mal.
As fãs enviavam perguntas sobre isso para uma rádio e eu lembrei que Luan já estaria no ar, então procurei o link online no celular até achar.
- Luan, agora as perguntas das fãs... – O locutor falava.
- Pode mandar que nós responde, rapaz! – Ele disse rindo e bem humorado como sempre, pelo menos na frente dos outros.
- Então vamos começar...A Gabriella do Rio de Janeiro quer saber. Você está brigado com a Isa? – Luan riu fraco e eu suspirei.
- Não rapaz, da onde saiu isso? Eu e Isa estamos ótimos!
- Aliás, sua mulher é linda, Luan! Um beijo pra ela!
- (risos) Beijo pra ela, linda demais!
- Outra pergunta da Bruna de Porto Alegre. Luan, a Isa brigou com alguém ontem no seu camarim?
- Brigou? – Luan respondeu, parecendo que não entendia nada, mas no fundo, estava tão surpreso quanto eu por saberem daquilo. – Então...Ela não brigou com ninguém, da onde saiu isso?
- Está em alguns sites, você não viu ainda?
- Não!
- Estão dizendo que ela brigou com uma mulher que estava a sós com você no camarim...
- Não, não mesmo!
- E essa foto que tiraram dela? Parecia bem brava...
- Ela é brava! – Ele respondeu e riu fraco pra descontrair, sabia dar uma resposta. – Pelo menos comigo! – O locutor riu junto.
- Não parece de jeito nenhum, sempre tão simpática, falam muito bem dela.
- Ela é simpática sim e muito gente boa, mas não é muito calma, é bem estressada. – Ele riu mais uma vez.
- Vocês brigam muito, então?
- Não muito, mas brigamos, como qualquer casal normal!
- Então essa foto? Ela poderia ter brigado com você? – Alguns segundos em silencio, até que Luan volta a falar.
- É...A gente não estava muito bem, mas já voltamos as boas e estamos ótimos! Somos um casal normal, como qualquer outro, a mídia, imprensa, pensa que não podemos brigar e nem nada que é completamente normal, mas não é assim, estamos sujeitos a tudo.
- Entendo! Tem mais uma pergunta aqui... A Mariane de Portugal quer saber se você e a Isabella sofrem muito preconceito por serem primos, ou se a imprensa já superou, porque as fãs adoram isso!
- (risos) Que bom que as fãs gostam, eu nem deveria estar surpreso porque elas gostam de tudo que vem de mim e as vezes nem é tão bom assim! – Eles riram. – Bom, no começo sofremos como qualquer família normal, já gostávamos um do outro de forma diferente desde a adolescência, mas não conseguíamos assumir nada justamente por já sabermos o que viria pela frente, mas quando nos tornamos adultos, já sabíamos o que queríamos e ninguém podia impedir. – Ele contou a história certa, mas pulou algumas partes. Achei melhor. – Hoje em dia é tranqüilo e minha família gosta de estar tudo em família mesmo. Claro que ainda tem a crítica, nunca vai acabar, mas é bem a minoria, quem eu queria que me apoiasse já apóia, minhas fãs e minha família, isso basta! E aliás, primeira vez que conto isso em entrevista em detalhes, não me sentia bem respondendo, mas agora não me importo mais! – Respirei fundo e sorri com aquela entrevista, gostei de tudo que ele disse.
A entrevista acabou e em menos de uma hora, Luan já estava no quarto e as crianças gritando, por ele.
- Shiu! O Breno acabou de dormir! – Eu falava com elas.
- Você ouviu a rádio? – Luan se sentou do meu lado.
Parecia ler meus pensamentos.
- Eu ouvi...
- E ai?
- Gostei de tudo que você disse! – Sorri.
- Achei que iria ficar brava por eu ter contado nossa história.
- Você não contou com muitos detalhes e pulou as partes certas, não to brava!
- Já vim preparado pra bronca! – Ele riu fraco e olhou pr baixo. – Você me dá bronca por tudo! – Acho que ele não disse na maldade, mas eu não gostei muito.
- Ah! Nossa! Então eu te dou bronca por tudo?
- Você anda muito irritada!
- Ando irritada com certas coisas, Luan! Certas coisas que são irritantes.
- Então eu te irrito? – Ele ainda dizia calmo.
- Está me irritando agora! Meu Deus, eu falei com você numa boa, queria fazer as pazes e você vem dizendo isso.
- Foi mal, Isa! Mas...
- Isso que você pensa de mim agora?
- Claro que não! Eu nunca pensei isso de você! Só acho que anda meio irritada!
- Se coloca no meu lugar e pensa que se não fosse comigo o que aconteceu naquele camarim ontem, você não estaria bravo. – Ele se calou por alguns segundos. – Tá vendo! – Bufei.
- Eu disse sem pensar, foi mal! E também eu não gostei muito do que saiu na mídia!
- Dane-se a mídia!
- Você sabe a pessoa que eu sou e que isso não pode acontecer de novo...
-  Não vai, tá bom? Eu só fiquei muito irritada com o que eu ouvi! Se você quiser, eu paro de viajar com você também, aí você pode fazer o que você quiser da sua vida, até transar com essas mulheres no camarim. Só torce, Luan, torce pra eu não ficar sabendo! – Eu me alterei, enquanto ele me olhava sério.

- Cala a boca, Isabella! 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Capítulo 91


( 3 meses depois )

Com muito custo e insistência, Luan conseguiu me convencer de viajarmos para um show seu em Florianópolis, RS, com duas crianças pequenas e uma praticamente recém nascida.
Chegamos na cidade por volta das cinco horas e só deu tempo de assistirmos um pouco de TV e pedimos um lanche com tudo que tinha direito, do hotel.
Arrumei as meninas primeiro, que tomaram banho juntas e enquanto eu dava banho em Breno no quarto, Luan foi tomar o seu.
Depois que tivemos uma conversa séria com as meninas, elas realmente pararam de vez com as brigas e não sentiam mais tanto ciúmes do irmão, ainda sentiam um pouco porque é coisa de criança, mas não era sempre.
Estavam lindas, Luna com um vestido rosa e Nathalia com seu vestido lilás, as duas com os cabelinhos molhados, com uma tiara da cor do vestido na cabeça, com as sandálias que Bruna tinha dado para as duas e extremamente cheirosas. Me ajudavam a dar banho no Breno, enquanto riam e se divertiam.
- Pega o sabonete na bolsa pra mamãe? Esqueci! – Pedi Luna, que saiu correndo e logo voltou com o sabonete infantil nas mãozinhas.
- Mãe, ele gosta da água? – Ela perguntava enquanto me olhava curiosa.
- Gosta, amor. Igual vocês adoram uma água, não é? – Era tão lindo ver a felicidade delas me ajudando.
Nathalia passava o sabonete por seus bracinhos com delicadeza e Luna jogava a água devagar. Eram tão delicadas, sabiam que não podiam machucar o irmãozinho.
Luan saiu do banheiro eu já colocava frauda em Breno.
- Que demora esse banho, em? – Ele comentou rindo.
- Ele gosta, papai. – Luan disse e eu ri.
- E vocês ajudaram a mamãe, foi?
- Foi! A gente deu banho no Breno! – Dessa vez, foi Nathalia que disse animada.
Deixei os três com Luan, assim que acabou de se vestir e fui correndo para o banheiro tomar um banho o mais rápido possível.
Mesmo fazendo tudo rápido, não adiantou muito, descemos atrasados para a van do mesmo jeito.
- Desculpa, Arleyde, a culpa foi minha! – Eu me desculpava ao ver que já estavam nos esperando a um tempo na van.
- O que é isso, Isa! Três filhos não deve ser fácil! – Ela sorriu pra mim.
- E não é mesmo! – Fiz careta e todos riram.
- E o Luan não troca nenhuma frauda pra te ajudar, né Isa? – Rober comentou e ganhou um tapa na cabeça, do Luan. Estávamos sentados atrás deles.
- Fica quieto!
- Já trocou?
- Ainda não...Ainda!
- Sei!
- (risos) Vocês são bobos demais!
- Amor, será que ele não vai se assustar com a barulheira? – Luan fez careta, enquanto alisava a mãozinha do filho que dormia no meu colo.
- Acho que não, amor! – Sorri.
Ouvimos gargalhadas das meninas e elas brincavam com Well em um dos primeiros bancos da van.
Como já era de se esperar muito repórter querendo tirar foto do nosso filho, mas Luan achou melhor não e a família toda posou para a foto, só que com o rostinho de Breno tampado por uma toalha. Ele ainda dormia.
Fiquei no camarim no atendimento das fãs e todas corriam até mim para ver Breno, antes de sair. A primeira, Rober não queria deixar por ter acabado o tempo e pra elas não verem o meu filho, mas eu interferi e pedi para que deixasse. Não tinha mal elas verem o Breno e dar um beijo nas meninas.
Quando ela saiu, reforcei a dizer que não tinha problema e ele compreendeu sem questionar, deixando todas irem até mim.
Depois do show, fui para o camarim da banda, quando Rober me disse que Luan ainda atenderia o contratante do show. Paparicaram meus filhos e enquanto Breno, que já estava atento e acordado, brincava entretido e sorrindo com Marla, resolvi ver se Luan já estava sozinho.
Me aproximei e ouvia duas vozes bem baixas, parei para ouvir.
- Luan... – Ouvi ele suspirar alto.
- Eu nem sei seu nome!
- É Jaqueline. Me perdoa, por favor? Eu gosto tanto de você. – Ouvi um silêncio, então fui para ver na fresta da porta, o que acontecia. Eles se abraçavam  forte.
- Eu te perdôo...
- Eu não quis separar você da Isa. Só queria uma noite com você, que por sinal, foi a melhor da minha vida. – Eles se soltaram e eu vi....Um sorrisinho, nos lábios do Luan?
Acho que eu estava cega.
- Como é? – Entrei no camarim eles se assustaram.
- Você é a Isabella?
- Não interessa quem eu sou!
- Calma, amor...Ela foi a menina daquela vez. – Luan disse sem graça. – Ela veio me pedir desculpas.
- E você, Isa? Me perdoa?
- Não, eu não te perdôo! – Os dois novamente se assustaram comigo.
- Isa...
- Cala a boca, Luan! Se você perdoou essa vadia, o problema é seu! Eu não perdôo porque ela quase destruiu o nosso casamento.
- Me desculpa de coração! Eu era doida no Luan, mas já cai na real que ele te ama!
- Na boa, garota? Dá o fora daqui? Vai estudar, sair das fraudas primeiro...
- Isa...
- Isabella pra você! Aliás, não é nada pra você! Vaza daqui!
- Nossa, calma! Só quero ser gentil...
- Depois de tudo que você fez? Me poupe!
- Então pede pro Luan não cair mais na conversa de mulher e nem ir jantar com qualquer uma...
- (risos) É isso mesmo que você é! Qualquer uma! Tá mostrando as garrinhas, é?
- Não estou! Só queria me desculpar e você veio com ignorância.
- Você não entende o inferno que fez na minha vida? – Eu me aproximava dela e acho que Luan tinha até medo de dizer alguma coisa.
- Eu entendo! Me desculpa!
- Quer saber? Te desculpo! Pronto! Agora já pode vazar e vê se nunca mais pise em um show do Luan.
- Nossa, Luan! Sua mulher é muito mal educada, assim você perde admiradores...
- Ele não precisa de admiradores! – Eu falei antes que Luan. – E sim de fãs de verdade, que isso ele tem demais e elas gostam de mim.
- Porque não conhecem a cobra que você é! – Me irritei com aquela frase e partir pra cima da tal de Jaqueline, deixando Luan assustado como nunca vi na vida.
Só voltei pra vida real quando me dei conta que já empurrava a menina e ela me empurrava de volta, o ódio me possuía.
Partiria pra cima dela de novo, se não fosse meu marido me segurar e o segurança dele entrar correndo, segurando a menina.
- Idiota! – Ela me olhava!
- Well, leva essa menina daqui? E não deixa nunca mais ela pisar perto da porta desse camarim!
- Você é a cantora, por um acaso? – Ela falava, enquanto era “carregada”.
- Mas o cantor é meu marido, cala a boca! – Ela saiu e Rober e Arleyde, entraram me olhando! – Me solta! – Gritei pro Luan, que me soltou,
Passei por eles e sai dali. Estava com tanta raiva que nem queria falar com ninguém.
No caminho do hotel, Arleyde tomou coragem pra puxar assunto comigo.
- O que aconteceu, Isa? – Ela falou, enquanto todos esperavam uma resposta.
- Amanhã eu te falo, Arleyde.
- Eu escutei você falando alto... – Rober, falava sem graça.
- Falei mesmo! – Lhe olhei e ri, deixando ele sem entender.
- Isa...
- Depois a gente conversa, Luan! – Lhe interrompi e ele se calou.
Olhei para Rober que me olhava e revirei os olhos, enquanto ele ria sem graça.