Capítulo 55

Uns a favor, uns contra. Estava tudo dividido.

Os sites de fofocas, não falavam em outra coisa. Luan teria problemas em seu próximo show.

“Luan Santana namorando sua prima?”

Era essa a maioria dos títulos, que me causavam arrepios.

- Tem fãs suas que não concordam...- Lhe devolvi o celular.

- Elas vão concordar com o tempo.

- Mas nem é por você está namorando, tem religiões que não aceitam também...

- Eu sei, minha vida! Eu respeito! Mas com o tempo, elas vão ver que o nosso amor é maior que qualquer tipo de parentesco que tem entre nós.

- Até se fôssemos irmãos? – Arregalei os olhos e ele riu assentindo.

- Até isso...

- Para de bobeira!

- (risos) Mentira, amor. Para de pensar nisso, nós não somos irmãos, só primos!

- Tá bom, ainda bem!

- Eu com uma irmã dessa, seria pai dos meus sobrinhos! – Ele riu.

- Para de falar besteira, Luan. Eu tô falando sério! – Resmunguei, enquanto ele ainda não levava nada a sério.

Dormir no quarto do Luan, com muita insistência dele e até da tia Marizete.

À noite, resolvemos ir para uma balada, para eu e Helen curtirmos o ultimo dia em São Paulo.

Luan pegou o carro do seu pai e fomos todos juntos.

- Tô de olho nas três! – Ele falava para mim, Helen e Bruna.

- Sai fora, Luan! – Minha amiga disse, nos fazendo rir.

- Você principalmente!

- Dá um jeito no seu homem, Isabella! – Quando chegamos na balada, fomos para o camarote que Luan estava acostumado a freqüentar.

Helen logo se distanciou de nós e Bruna, bastou ver algumas amizades do teatro.

- Quer beber alguma coisa, amor?

- Quero...Trás uma bebida pra gente, qualquer uma! – Ele sorriu e selou nossos lábios, antes de se afastar.

Fiquei observando aquele local, completamente lotado. Reparei em um rapaz que me olhava bastante, estava ficando sem graça, até que o vi andando em minha direção.

- Isabella? – Escutei meu nome e me virei.

- Gustavo? - O olhei de perto e o reconheci.

- Você me conheceu? – Ele riu.

- Não mudou nada... – Ri fraco.

- Eu nem sei como te conheci, mudou muito...Tá mais linda! – Abaixei a cabeça envergonhada.

- O que é isso...

- Está morando aqui?

- No Rio de Janeiro e você?

- No Paraná mesmo. Trabalho por lá também.

- Você é formado em que ?

- Direito. Era meu sonho, não se lembra?

- Não! Que bom que conseguiu, viu? Você merece. – Sorri e ele também.

Colocou sua mão em meu ombro e eu suspirei, quando vi a pessoa que vinha de trás dele.

- A sua... – Luan me entregou a bebida, sem ao menos o olhar.

- Obrigada! – Sorri, completamente sem jeito.

- Ué, é você mesmo, Luan Santana? Que honra, eu um humilde advogado, no mesmo ambiente que um cantor famoso em todo o Brasil! – Ele sorria, não sei se era ironia.

Mas já Luan, riu completamente irônico.

- E não é, rapaz? Quanto tempo...

- Não te vejo direito, desde que te acertei um soco na cara. – Gustavo ria e dessa vez, tive certeza de que era ironia, claro.

- Pois é, não é? Pela minha namorada, até, não foi? Me lembro bem... – Estava com medo da cara do Luan.

 Eu olhava de um para o outro sem saber o que fazer.

- Namorada? Já evoluíram assim?

- Pra você ver!

- Nossa, que emocionante, os priminhos namorando! – Ele riu.

- Não somos priminhos. – Luan disse com raiva. – Somos primos sim, mas estamos namorando também, qual o problema?

- Nenhum! – Ele levantou seu braço. – Que bom que conseguiram ficar juntos.

- Muito bom, não é? Já você, tentou, mas não conseguiu.

- Do que está falando?

- (risos) Você sabe...Queria a Isabella, mas não deu! Vai ver é apaixonado por ela até hoje.

- Só não te dou outro soco na cara, cantor. Porque sou advogado e sei que os mais ricos, são os que saem ganhando.

- Vem! Eu não te denuncio...Idiota!

- Você tá pedindo pra eu quebrar esse nariz de boneco propaganda!

- Gente! Parem! – Sai dali puxando Luan, antes que as pessoas vissem algo.

Fomos em direção ao corredor dos banheiros, Luan bufava.

- Que vontade de quebrar aquela cara sínica!

- Para, amor! Fica calmo, por favor!

- Não vou ficar, não quero.

- Vai sim! Para de ciúmes...

- Não é ciúmes, Isabella. Ele me provoca, você não vê?

- Eu vejo e vejo também que está morrendo de ciúmes. – Ele bufou.

- Não tem nada de ciúmes! – Ele não confessava.

- Logo no primeiro dia de namoro, amor!

- Já disse que não é ciúmes, Isabella e já é o segundo dia.

- Nossa! Mudou muito! – Ri e lhe beijei, antes que falasse algo.

Luan disse que iria no banheiro, fiquei na porta o esperando.

- A não, Gustavo! Não vai querer atormentar o Luan. – Eu reclamei, assim que vi que ele entraria no banheiro.

- Por enquanto esse banheiro ainda não é do cantor, Isabella! – Revirei os olhos. – Ele que me atormenta.

- Imagino!

- Fica mesmo defendendo seu namoradinho, quero só ver até a onde esse namoro vai!

- Que se dane você e sua opinião, Gustavo!

- Esse cara tá fazendo o que com você, em? Nunca foi assim! – Ele se aproximou de mim. Ficou bem próximo.

- Sai de perto de mim!

- Tá com medo de não resistir?

- Me poupe! Sai fora...

- Você escutou? Sai de perto dela! – Ouvi a voz do Luan e logo Gustavo caiu no chão.

Estava com a boca sangrando. – Idiota! – Luan ainda falava.

Vi que estava prestes a se levantar e me coloquei no meio dos dois.

- Se brigarem aqui vão ver! Vamos embora, Luan. – Peguei em sua mão, mas ele resistiu. – Agora! – Ele me olhou e enfim, saiu do lugar.

Assim que chegamos em casa, Luan começou sua manha, enquanto eu fingia estar brava com ele. 

Fez de tudo e conseguiu, me fazer ir para o chuveiro com ele. Terminamos na cama.

- Idiota que eu amo! – Sussurrei, enquanto brincava com seus cabelos.

- Ele mereceu, meu amor! Tô carente! – Ele me olhou com os olhos de darem dó.

- (risos) Ai meu Deus! Que pessoa mais manhosa! – Lhe abracei forte.

Só conseguimos dormir depois de algumas horas e Luan, me fez fazer cafuné em seu cabelo, até que pegasse no sono.