segunda-feira, 30 de junho de 2014

Capítulo 70

                       Amores, antes de tudo quero explicar uma coisa do capítulos anterior que eu acho que entenderam errado. A Nathalia, não entrou no carro! rs "Mas antes mesmo de ir atrás dela, escutamos sirenes da polícia."  Só peço que prestem a atenção nos mínimos detalhes, porque eles que vão fazer sentido na história. Igual algumas danadinhas ficaram com preguiça de ler os sonhos que ela tinha ou leram sem atenção, e depois ficaram bugadas com a história da filha deles haushsu
É isso, Beijoos! 




- Mãe! – Nathalia gritou do meu lado e começou a chorar desesperada.
Me ajoelhei do seu lado e as minhas lágrimas também caíram.
Ver aquela menina ali, tão pequena e chorando, por uma mulher que nem era sua mãe de verdade, mas ela não sabia, tinha ela realmente como uma mãe, apesar de tudo, me cortou completamente o coração.
Então em um ato rápido, talvez até sem pensar, ela me abraçou forte. Ela não me conhecia, mas tinha certeza que mesmo sem saber nada, tínhamos uma ligação forte.
- Vai ficar tudo bem! – Eu sussurrava para ela, que me abraçava apertado pelo pescoço.
Levantei o meu olhar e Luan também nos olhava com lágrimas nos olhos. Ele não tinha reação, desde que soubemos que Bianca teria sequestrado nossa filha. Mas eu o entendia, estava chocado com tudo.
Me levantei com Nathalia em meu colo e logo a polícia voltou, os bombeiros estavam bem perto dali e já tinham ido até ela.
- Eles disseram que...Ela faleceu! – O policial falava.
Ouvi o choro de Nathalia aumentar e a mãe de Bianca, cair desmaiada do nosso lado. Eles a levaram para dentro de casa.
- Vamos ter que ir a delegacia? – Luan perguntou e o policial assentiu.
- E ela? – Apontei para Nathalia.
- Ela vai, por não ter com quem ficar, mas vai ficar do lado de fora. – Assenti.
- Bianca não tinha pai?
- A senhora disse lá dentro, que ele já faleceu. Aliás, ela está chamando por você lá dentro. – Me espantei.
Me abaixei e coloquei Nathalia no chão.
- Eu já volto...
- Não! – Ela suplicava, ainda chorando. – Deixa eu ir com você?
- Eu só vou ali dentro e já volto.
- Eu quero ficar com você! – Ela chorava, me cortando o coração.
- Fica comigo. – Luan disse e ela se virou para olhá-lo. – Fica? – Alguns segundos de silêncio, ela voltou a me olhar e eu assenti.
- Fico! – Ela foi correndo em sua direção e o abraçou. Sorri fraco.
Entrei na casa e fui até onde a senhora estava, no quarto.
Ela me implorou para lhe contar toda a história, eu não queria, mas contei.
- Me desculpa pela minha filha.
- Tudo bem! Ela já se foi, tenho certeza que já foi castigo o suficiente!
- Ela não era assim, eu juro! Se eu soubesse disso tudo, não aceitaria!
- Eu entendo a senhora, não tem que se desculpar!
- Conta tudo para Nathalia!
- Vou fazer isso!
- Tenho certeza que ela será feliz com vocês...Sempre sonhou em ter um pai. – Sorri.
- Eu também tenho! – Sussurrei.
- Leva ela, ainda hoje?
- A senhora não vai pedir pra ficar com ela?
- Minha filha, eu já estou cheia de problemas de saúde, já estou quase indo também e não tenho condições de ficar com uma criança, nem por um dia.
- Obrigada!
- Não me agradeça, a filha é sua! – Sorri e lhe abracei.
Sai de lá feliz e fiquei mais ainda, ao ver Luan conversando com Nathalia, com ela em seu colo, que até já sorria.
Fomos juntos em um carro para a delegacia.
Assim que chegamos, Nathalia ficou como os policias e nós falamos o que vimos para o delegado.
Logo Renan, que tinha se afastado de nós, voltou.
- Não precisa mais de audiência, vocês só vão fazer o exame agora! E por enquanto, a menina pode ficar com vocês, se já forem os pais dela, já vai ficar direto! – Sorri.
- É sério?
- Sério! Missão cumprida! – Sorri e abracei Luan, que também sorria.
Passei na casa da mãe de Bianca mais uma vez e peguei as coisas de Nathalia, que se despediu da avó sem entender.
- Só vai a gente nesse avião? – Ela falava tímida.
- Isso...Ele é meu. – Luan disse.
- Só seu? – Ela arregalou os olhinhos assustada, enquanto ríamos.
- É sim, você gostou?
- Muito! Eu te conheço, sabia?
- Ah é? – Luan ergueu uma sobrancelha, enquanto a olhava.
- Você canta meteoro! – Ela riu. – Eu amo essa música! Minha mãe sempre ouvia suas músicas! – Suspirei.
- Ah...
- E porque eu estou indo com vocês? – Ela nos olhava confusa.
Encarei Luan, que assentiu.

domingo, 29 de junho de 2014

Capitulo 69


- Não estamos! Você é doente, tem que se tratar!
- Você que é, Isabella!
- Por que não deixou a gente em paz?
- Agora quem está me atormentando são vocês! – Ela gritou.
- Porque você roubou a minha filha! – Gritei mais alto e senti as mãos do Luan, no meu braço.
Só então, percebi que já avançava nela.
Ouvimos passos e logo uma menina aparecer atrás de Bianca.
A mesma da foto, a minha filha.
Ela estava de biquini e parecia bem assustada com aquela gritaria, ainda bem que não tinha muitos vizinhos por perto.
- Filha...Entra lá pra dentro e não sai! – Bianca dizia nervosa.
- Por que? – Ela dizia baixo.
- Porque sim! Anda!
- Quem são eles? Porque a senhora tá chorando?
- Não pergunta mais nada, só entra! – Minhas lágrimas também desceram.
Mas eu ainda, não podia pegar a minha filha e sair correndo com ela, só complicaria o meu lado.
- Você não tem dó de tirar uma filha de uma mãe? – Eu perguntei a ela mais calma.
- Você teve dó de mim, Isabella? Teve dó, quando tirou da minha vida o único menino que eu amava e ainda amo?
- Eu não te tirei ninguém! Entenda que eu e o Luan já estávamos juntos, antes de você chegar! – Eu disse impaciente.
- Não interessa!
- Você vai pagar por tudo que fez!
- Eu não fiz nada! – Ela bateu a porta na nossa cara.
Voltei em prantos para o hotel e no meio daquela tarde, recebemos a noticia, que no outro dia já seria o julgamento em São Paulo.
Fui dormir mas aliviada, tinha certeza de que a menina era mesmo a minha filha e quanto mais rápido andava as coisas, eu conseguiria ela mais rápido também.
Sabia que andaria rápido, afinal era algo envolvendo o Luan Santana e com certeza, moveriam mundos e fundos para aquilo ser do jeito que ele queria.
No outro dia, acordei com vozes na porta do quarto.
Luan falava nervoso com alguém.
Me levantei e me aproximei deles devagar.
- Como assim ninguém viu? Ninguém foi atrás dela?
- Calma, Luan! – Era Renan. – Ela também ficou sabendo do julgamento amanhã, claro e fugiu com a menina. Os vizinhos disseram que levaram tudo, saíram as pressas.
- Como é que é? – Entrei na conversa e Luan me olhou assustado.
- Calma, amor! Eles vão achar ela, já acionaram a polícia, já temos o mandado de busca do juiz.
- Meu Deus! Eu só quero paz!- Chorei e Luan me abraçou.
Renan, foi embora e ele me levou de volta pra cama.
Insistiu muito e mesmo aflita, consegui tomar o café da manhã.
Voltamos para São Paulo e já no final do dia, recebemos a noticia que já tinham achado Bianca e nossa filha.
- Estão em Recife? Mas essa lerda, não sabe nem fugir! – Eu disse.
- Como Cesar havia me dito, eu também estou começando a achar que essa mulher tem algum distúrbio mental. – Renan, concluiu.
- Eu tenho certeza! – Bufei.
Chegamos em Recife e Bianca nem sabia que tínhamos o seu paradeiro, que já sabiam até onde seus pais estavam morando.
Fui até lá e mesmo com pedidos para que eu não fizesse nada, bati na porta com agressividade, sem parar.
- Isabella, calma! – Luan, tentava se conter.
- Pois não! – Uma senhora dizia, não era tão senhora assim, mas dava para ver que era mãe de Bianca.
- Sua filha está? – Ela me olhou em dúvida. – Sei que ela está se escondendo e diga a ela, que se ela não aparecer agora, eu chamo a polícia!
- Polícia?
- Me deixa em paz, Isabella! – Logo ouvi seu grito.
- Não te deixo, até resolver minha vida!
- Pois saiba, que você vai quebrar essa sua carinha perfeita, porque Nathalia não é sua filha! – Ela gritou e sua mãe se assustou.
Com certeza, não sabia da história.
- Isso é o que vamos ver! – Gritei também.
Em questão de segundos, vi Bianca passando por mim e correndo para o seu carro.
- Nathalia! – Ela gritava a menina, que apareceu correndo.
Mas antes mesmo de ir atrás dela, escutamos sirenes da polícia.
Uma viatura se encostou um pouco atrás dela.
- Senhora, Bianca! A senhora não pode ir a lugar nenhum, tem hoje uma ordem de julgamento. Se sair daqui, será detida! – O policial, que já tinha descido do carro, disse.
- Não vou a lugar nenhum! – Bianca, gritava desesperada e chorando.
Então, entrou novamente em seu carro e saiu em disparada.
A polícia saiu atrás dela, feito bala.
Mas  não muito longe dali, em menos de três minutos. Vimos o carro de Bianca, passar por uma rampa, de obras e capotar.
Vimos tudo, e se os policias não tivessem freado bruscamente, o carro dela tinha passado por cima deles. 

sábado, 28 de junho de 2014

Capítulo 68


- Me diz que isso é mentira. – Eu disse baixo.
- Infelizmente, não! – Luan me abraçou.
- Espera Luan, essa menina não foi aquela que era sua amiga? Que depois você brigou por ter falado com o pai da Isa que vocês namoravam?
-  Eu já tinha brigado com ela antes, pai. – Luan respondeu, sem acreditar.
- Que louca, meu Deus! Eu vou matar essa...Pessoa! – Me segurava para não chorar.
- Então...Ela mora aqui! - Luan disse.
- Aqui? – Eu perguntei e ele assentiu.
- Eu fui atrás dela, ela mora em uma mansão aqui perto, peguei ela saindo com uma criança do lado...Pedi uma informação e comecei a puxar assunto.
Ela me disse que mora aqui, desde seus dezoito anos e que é mãe solteira.
Me contou, que o pai da sua filha, lhe engravidou na adolescência e lhe abandonou por outra. – Não conseguir conter as lágrimas e chorei ali, nos braços do Luan, sem som. – Perguntei a idade da criança, que é exatamente, sete anos.
- Não acredito! Qual o nome dela?
- Nathalia! – Não consegui responder mais nada. – Ela viajou...
- Pra onde?
- Calma, Isabella! Elas voltam amanhã, viajaram para o Recife, ela disse que seus pais se mudaram para lá a pouco tempo. Mas amanhã estão de volta.
- E nós vamos lá... – Luan disse.
- Calma, está bem? A menina não sabe de nada e...Vai ter que ser feito o exame de DNA, porque não temos certeza de nada.
- Eu tenho certeza, que foi essa vaca que roubou a minha filha!
- O seu advogado é meu amigo, Luan e eu já lhe contei tudo e ele já entrou com isso na justiça, pedindo o exame, porque temos certeza que a Bianca vai negar.
- Claro que vai...Aquela cachorra! Eu vou matar ela!
- Não faz nada, Isabella. Se não vocês perdem a razão!
- Se acalma, amor. Vai ficar tudo bem! – Luan, tentava me acalmar.
- Ela me fez sofrer a toa por anos, me fez ter pesadelos horríveis...
- Eu sei! Mas ela vai pagar, tenho certeza! – Suspirei.
- Eu...Tenho uma foto da criança aqui, eu pedi ela e ela me deu, enfim, essa mulher não parece ser muito boa da mente. - Cesar, nos contou.
- Uma pessoa que faz o que ela fez, realmente é maluca!
- A menina parece ser bem tratada, ela tem uma vida boa, sorridente demais a criança, mas mesmo assim, eu não sei se ela tem condições mentais de ser mãe.
- Deixa eu ver a foto? – Pedi baixo.
Ele me entregou e eu respirei fundo, antes de ver.
Chorei, assim que abri os olhos devagar.


- Ela é linda! – Sorri, em meio as lágrimas. – Parece...
- Com a sua mãe? Muito! – Luan completou.
- Deixa eu ver? – Minha tia, se aproximou. – Nossa! Parece muito com a Lilian, meu Deus! – Realmente, sua aparência era muito parecida com a da minha mãe, inclusive seus olhos, mais claros.
Subimos para o quarto e eu resolvi que dormiria aquele dia todo, para acordar melhor e mais disposta no outro dia. Luan me acompanhou também.
Me fez dormir bem mais calma, com seus carinhos.
No outro dia, Cesar já disse que Bianca tinha voltado e nós nos levantamos rápido e nos arrumamos.
Fomos com o coração na mão, dentro do carro. Eu, Luan e Cesar, em um e os outros, em outros carros.
- Olha...O Renan me ligou e disse que já está vindo pra cá com o oficial de justiça! – Ele nos disse. – Estão trazendo a intimação para a Bianca e o pedido do teste.
- Já ? Obrigada, por tudo! Vocês estão se empenhando demais nisso!
- Eu me comovi de verdade com a história de vocês! – Sorri.
Respirei fundo e saímos do carro, ele disse que seria melhor só ir eu e Luan mesmo e assim fizemos.
Realmente a casa era uma mansão. Tocamos o interfone e esperamos.
Bianca abriu a porta sorrindo, mas logo seu sorriso se fechou, assim que nos viu.
- Vocês...
- Surpresa, Bianca? – Cuspi seu nome ela me olhou assustada.
- O que querem?
- Tem certeza que você não sabe?
- Não faço ideia, da ultima vez que vi vocês, estavam juntos e felizes. Quando mudei de escola.
- Cínica! – Quase gritei. – Você não vale nada!
- Do que está falando?
- Sabemos muito bem que você roubou a nossa filha...
- O que? Tá louca?
- (risos) Eu que estou louca, Bianca? Você sequestra a minha filha e eu estou louca? – Eu tentava me controlar. – Já sabemos de tudo o que aconteceu e viemos pegar a nossa filha.
- Vocês piraram mesmo! A Nathalia é minha filha, eu tive ela assim que me mudei pra cá, o pai dela me abandonou. – Ela dizia rápido e nervosa.
- Pois então, vamos ver depois do teste de DNA! – Eu sorri pra ela.
- Eu não vou deixar ninguém fazer teste nenhum na minha filha! – Ela gritou.
- Pois vai ter que deixar, senhora! – Renan, o advogado de Luan, apareceu logo atrás com um outro homem. – Isso é uma intimação e o juiz exige o teste.
- Vocês só podem estar brincando! – Ela pegou o envelope chorando.

Comentário respondido mais um vez.
Gente se quiserem perguntar e tal, eu vou sempre está respondendo, então nem vou avisar mais. Se perguntarem eu vou responder, aí é só ir lá e ver. rs
Beijos!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Capítulo 67


- Vocês vão mesmo adiar o casamento? – Bruna disse.
- Vamos sim! – Suspirei. – Eu quero saber logo, o que aconteceu!
- Eu também! – Luan disse e olhou seu celular. – Ele está em...Campo Grande? – Luan me olhou estranho.
- Campo Grande? – Também fiquei surpresa.
- Vou ligar pro piloto do jatinho...Vão querer ir também? – Perguntou sua mãe e sua irmã.
- Claro que vamos! – Bruna respondeu pelas duas e já pegou seu celular, para ligar para o seu pai, nos encontrar no aeroporto.
Meu celular tocou e era o número da Amanda no visor.
- Amanda?
- Isa, só liguei pra dizer que o vôo aqui está muito atrasado e vamos chegar já depois do seu casamento.
- Vocês ainda estão ai em Campo Grande?
- Estamos!
- Então não saiam daí, estamos chegando ai.
- Estão vindo pra cá? Por que?
- É uma longa história...Não sai do aeroporto, que vamos nos encontrar e eu te conto tudo.
- Tudo bem! Mas...E o seu casamento?
- Vamos remarcar! – Nos despedimos.
Nos encontramos com o meu sogro, o segurança e secretário do Luan, no aeroporto.
- Cadê a Luna? – Perguntei a eles.
- Mandei a babá levar ela pra casa, fiz mal?
- Não, tio! – Entramos no jatinho e fomos para Campo Grande.
Os minutos mais demorados da minha vida, eu estava visivelmente aflita.
- Ah...O pessoal do cartório não gostou muito! – Meu tio, puxou assunto.
- Vishi! – Luan riu fraco.
Logo chegamos no nosso destino e seguimos para o hotel, em que Cesar estava.
Encontramos Amanda e  Fernando no aeroporto e eles também nos acompanharam. Contei a história toda no caminho e eles se assustaram, claro. Todos estavam.
- O que aconteceu? – Já cheguei até ele perguntando.
Nos sentamos no sofá, que tinha na sala reservada do hotel.
- Primeiro de tudo, queria me desculpar por atrapalhar o casamento, mas eu estou tão ansioso e queria logo lhes contar tudo.
- Não tem problema! – Me olhei no espelho e fiz careta.
Estava com o meu vestido bege, mas bem bonito, bem maquiada e com o cabelo impecável. Sorte que o vestido era bem simples e ninguém estava me olhando torto.
- Vou contar tudo do começo!
- Por favor! – Ele se sentou também e respirou, antes de começar.
- Bom...Realmente a sua criança nasceu sem chorar, muda e por isso, todos pensaram que ela estava morta. Todos que eu digo, os médicos que te atenderam. – Prestávamos muito a atenção. – Mas eles não afirmaram nada, mandaram levar a criança pra incubadora. Iriam examinar ainda.
Eu consegui essas informações, com muito custo, com um dos médicos, que já está bem velho, mas foi o único que me contou a verdade. Ele disse, que realmente nenhum médico soube de nada, mas que não queriam me contar a verdade, para não prejudicar a imagem do hospital, porque...Quando chegaram para ver a criança, ela já não estava no berçário. Ele disse, que uma médica nova, que ninguém dali conhecia, apareceu do nada e disse que realmente a criança estava morta e que já tinha informado a família...Enfim, eles caíram em uma conversa fiada, que pode custar sim a imagem do hospital, por uma pessoa desconhecida ter entrado tão fácil lá dentro.
Depois disso, ele disse que não soube mais de nada. Enfim, voltei no hospital e consegui informações sobre essa mulher, ela tinha se passado por médica. Eu estava ciente que tudo aquilo que ela tinha dito, era falso, porém nem tudo.
Ela não foi esperta o bastante. Ela deu o nome de um dos médicos de lá, como seu marido, ele também era médico, porém, de verdade do hospital...Por isso, teve um acesso livre por lá. O nome que disse ser o dela, realmente era falso. Mas eu fui atrás desse homem, que ela dizia ser seu marido, ele ainda mora por lá, é brasileiro. Seu nome é... – Ele pegou um papel em seu bolso. – Arnaldo Pereira. – Meu coração parou.
- Pereira? – Gaguejei, aquele era o sobrenome do Gustavo.
- Sei que conhecem o filho dele, Gustavo. Mas se acalmem, infelizmente o Arnaldo morreu e eu conversei com o seu filho, que ainda continua morando lá.
- Ele mora lá? – Me espantei.
- Pelo que ele me disse, seus moravam por lá a bastante tempo, mas os dois faleceram e ele se mudou a pouco tempo. - Fiquei espantada. - Ele não tem culpa de nada! Realmente ele conhece a moça que usou o nome de seu pai como marido, que na época, a menina era até menor de idade, apresentou identidade falsa para o hospital.
Eles eram amigos, mas ele disse que realmente não soube de nada, só que seu pai chegou em casa dizendo que houve um mau entendido no hospital e uma mulher tinha dito que era sua esposa.
- Então...Ele nem sabia dessa história?
- De nada!  Eu contei pra ele tudo que sabia e ele, foi que encerrou esse caso.
- Como assim? – Luan, perguntou.
- Foi ele que me disse o nome da mulher, que me disse o endereço dela, que eu descobri que realmente foi ela...Tudo!
- Me fala quem é essa mulher, pelo amor de Deus! – Respirei fundo.
Ele novamente, pegou seu papel.
- Bianca Mendes!
- O que? – Me engasguei com a própria saliva.

" Me pediram e eu respondi o comentário do capítulo anterior.
Beijos, amores ! "

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Capítulo 66



- Gente! Eu me esqueci completamente! – Sorri.
Tinha balões por todo o quarto, e Bruna segurava um bolo lindo nas mãos.
- Parabéns, meu amor! – Luan se aproximou, com Luna no colo e beijou minha testa. – Olha quem veio dar parabéns a mamãe também! Duas aniversariantes!
- (risos) Meu Deus! Minha filha nasceu no meu aniversário! – Eles riram de mim.
Mais alguns amigos chegaram depois, para comer um pedaço de bolo comigo e com muita insistência, o hospital liberou que ficassem todos ali.
Sem dúvidas, foi o dia mais feliz que eu já tinha vivido.
Fomos para casa no outro dia, e só então, caiu a ficha de que eu já era mãe, que minha filha já tinha saído da minha barriga.
Aquele resto de semana, todos ficaram ali no Rio e todos os dias iam para minha casa, só Bruna e Luan que dormiam lá, por não ser muito grande.
Mas logo as semanas se passaram e eles tiveram que voltar para casa, minha sogra, com dor no coração de ter que deixar a netinha.
- Logo estamos lá pertinho, vovó! – Eu dizia, com Luna em meu colo, enquanto nos despedíamos deles.
- Não vejo a hora! – Ela sorriu e beijou meu rosto.
Só Luan que ficaria ali comigo e iniciaria sua rotina de shows, na outra semana. Tinha tirado duas semanas de folga, por minha causa.
- Amor...Ainda não tinha caído a ficha, que eu já era mãe! – Sorri, enquanto nos sentávamos no sofá.
- (risos) Como eu te disse, caiu a minha assim que você me disse que estava grávida. Ela se parece com você.
- Você acha? – O olhei e ele assentiu, enquanto brincava com a mãozinha da filha. – Se parece com nós dois!
- É, também. – Riu. – Esse é um lado bom de sermos parentes.
- Tudo tem seu lado bom! – Concordei.
Helen, chegou do hospital no final da tarde e não queria mais desgrudar da minha filha, mesmo ela dormindo. 
Era todos os dias daquele jeito.
- O pessoal do hospital, disse que vão vir aqui amanhã.
- Já eram pra ter vindo! – Disse.
- E você nessa vida boa, não é? Só volta agora daqui a sete meses. – Ri.
- Só arrumar uma coisinha pra você também, que tem mais de sete meses de férias. – Luan disse e ela fez careta.
- Prefiro trabalhar! – Ele gargalhou.

( 1 ano depois. )

Depois de um ano, finalmente Luan me convenceu que seria melhor nos casarmos. Ainda estava morando com Helen, minha filha só crescia, imensa mesmo, mas finalmente eu já estava realmente me sentindo pronta para nos casarmos.
Confesso que dava um pouco de trabalho também, ter que ir todo final de semana para São Paulo, para que Luna visse seus avós e sua tia. Luan ia quase toda semana para minha casa.  Aliás, ela era apaixonada pelo pai desde novinha, foi sua primeira palavrinha. Com um aninho, ela só falava papai, mamãe, mama, mimi e dandar, fazendo o Luan ri sempre.
Resolvemos fazer uma grande festa de um ano para Luna e ao mesmo tempo, comemorar meu aniversário e no outro dia, já nos casaríamos, no cartório. Eu não estava convencida de uma festa grande, não queria mesmo. Seria simples, como da primeira vez , que não deu certo.
Fizemos a festa da nossa filha em um salão ali no meu condomínio mesmo, que aquela sim, foi uma grande festa, pra ninguém colocar defeito. Ela olhava encantada pra tudo, queria sempre tá correndo, não parava quieta, desde que aprendeu a dar seu primeiro passinho.
- Luan, deixa ela correr. – Ri do Luan, que não desgrudava de trás dela.
- Ela vai cair, amor.
- Não tem problema!
- Claro que tem! – Ele me olhou indignado.
Não saia de trás da filha um minuto, era ciumento, protetor, não gostava que ela andasse de colo em colo. Não ligava muito quando eram amigos muito próximos, mas se fosse só meus amigos e ele não conhecesse, já olhava torto.
Confesso, que chegava a ser um pouquinho chato, as vezes.
- Vem comer, amor! – Eu dizia.
- Tá...Vamos comer, Luna! – Ele pegou a filha no colo, que chorou, como sempre, quando lhe pegavam no colo. – Depois o pai te leva no pula pula, você quer? – Ela parou de chorar e lhe encarou. – Na piscina de bolinhas... – Ri, enquanto andávamos em direção a mesa e Luna, não chorava mais.
No outro dia, acordei tarde e morta de cansada, pelo aniversário de Luna, ter durado mais que o previsto.
Fizeram um bolo surpresa pra mim e acabou que tudo durou mais.
 Obra do Luan e da Bruna.
Me arrumei e Luna quis ir se arrumar com o pai, para o nosso espanto, então ela foi.
Na hora marcada, desci para o estacionamento do prédio e abri a porta do carro que me levaria para o cartório, junto com Bruna, Helen e minha tia.
- Luan? – Me assustei.
- Desculpa, amor! Eu não me contive e vim te buscar!
- Isso dar azar, Luan!- Bruna reclamou, enquanto entrava no banco de trás.
- Fica quieta! – Ri.
Entrei na frente e quando Luan já estava prestes a arrancar com o carro, seu celular tocou.
Ele atendeu e colocou no viva voz, enquanto dirigia.
- Fala, Luan. – Era a voz do detetive, que aliás, tinha virado muito nosso amigo.
Já tinha encontrado algumas pistas, mas bem poucas, e dizia que só nos contaria algo concreto, quando tivesse certeza de tudo.
Já não nos falávamos a um mês, dizia ele estar viajando bastante, seguindo sua intuição. Mas nunca chegou a nos contar nada.
- Fala, Cesar. Beleza? – Luan, dizia.
- Tudo bem! Olha...Fiquei sabendo que hoje é o seu casamento.
- Inclusive, estamos indo para o cartório. – Luan riu.
- Mas é melhor nem chegar lá...
- Por que? – Nos espantamos.
- Eu tenho uma noticia pra vocês, vocês tem que ver para crer!
- O que houve? Descobriu alguma coisa? – Luan, encostou o carro no acostamento.
- Descobri tudo! – Meu sangue parou. – Venham pra onde eu estou, tenho certeza que vai valer a pena adiar o casamento pra outro dia.
- Adiar? – Luan me olhou.
- Nós vamos! – Falei firme. – Eu sinto que vai!
- Tudo bem, Cesar! Me passa o endereço de onde está por sms, que já já chegamos ai! – Ele concluiu.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Capítulo 65



No outro dia, como o previsto, fomos na consulta e mais uma vez, nosso bebê não descruzava as pernas.
- Agora também só quero saber quando nascer! – Luan dizia bravo, nos fazendo rir.
- Vamos, amor? Eu topo! –
- Sério ? Então vamos, só vamos saber quando nascer.
- Vão segurar a ansiedade?
- Vamos sim! – Sorri. – Vamos fazer um pacto! – Olhei para Luan.
Saímos dali e almoçamos em um restaurante que Luan adorava, comida japonesa.
O detetive tinha nos ligado e disse que falaram a mesma coisa que eu disse. Que minha filha, tinha nascido morta, mas que ele sentia que eles não falavam a verdade.
- Então ele vai continuar por lá ?- Disse, assim que Luan desligou o telefone e me contou.
- Vai! Ele disse que vai insistir, porque tem coisa errada! – Respirei fundo.

(...)

Já com nove meses, finalmente minha barriga estava enorme, como da primeira vez.
As vezes eu me pegava chorando e lembrando do passado, sempre que olhava alguma roupinha, alguma ultra.
Depois do que aconteceu, eu resolvi que me casaria com o Luan depois que nosso bebê nascesse e ele com muito custo, concordou. Estávamos cumprindo o prometido também e com seis meses, ele já deixava ver o sexo, mas não quisemos.
Estava de licença do hospital e Helen, andava mais no meu pé, do que o Luan. Acho que ele que pedia para ela ficar sempre grudada em mim, não me deixava fazer nada.
- Pena que você vai se casar e ir embora! – Minha amiga, fazia bico.
- Mas você vai poder ir me ver sempre!
- Acho que vou me mudar pra São Paulo! – Ri.
- Pode ir!
- Iria ficar feliz com um bebezinho aqui, alegrando a casa...
- Arruma um, uai.
- Tá louca? Meu pai me manda pra forca! – Ri, do seu jeito exagerado.
- Anda se divertindo, né?
-  Muito! Mas não pode negar, que eu cuido muito bem de você!
- Cuida sim, amiga! – Ri e ela me abraçou. – Tô com desejo, sabia?
- Sério? – Ela pulou do sofá.
- (risos) Sério!
- Me diz o que quer, amiga!
- Brigadeiro!
- Só isso? Eu pensei que seria alguma coisa diferente, pra eu rodar o Rio de Janeiro procurando.
- Meu Deus, Helen! Parece o pai dessa criança!
- Também não, não é amiga! – Ela revirou os olhos. – Só quero o bem do meu afilhadinho!
- Já se convidou , é? – Gritei, enquanto ela ia em direção a cozinha.
- Claro...Você ainda tinha dúvidas? – Ela respondeu, no mesmo tom.
Ri.
Acordei no outro dia com fortes contrações, a bolsa ainda não tinha estourado mas eu já tinha certeza que meu bebê já queria nascer.
Helen me levou as pressas para o hospital e não demorou muito para o Luan chegar aflito também.
Apesar de quase desmaiar, vendo o parto, ele até que ficou segurando a minha mão o tempo inteiro e quase chorou quando viu nossa filha. Uma menina linda e grande.
- É uma menina, amor! – Ele falava perto do meu ouvido, enquanto eu assentia sorrindo.
- Linda! – Sussurrei de volta. – Posso escolher o nome?
- Claro que sim! – Ele sorriu.
- Luna! Deusa da Lua e a versão invertida e feminina, de Luan.
- Nossa Luna! – Ele beijou minha testa.
Ouvi a enfermeira lhe pedi para sair, que eu levaria um sedativo para descansar e assim ele fez.
Acordei já no quarto, com Luan do meu lado, ninando nossa filha.
- Olha quem já chegou com fome, mamãe! – Ele se aproximou sorrindo. – Não queria te acordar!
- Por esse motivo, você pode me acordar! – Sorri, enquanto pegava Luna no colo.
Amamentei minha filha, enquanto babávamos nela e logo depois, já chegou mais pessoas para babarem nela também.
- O nome é perfeito, Isa! – Bruna dizia, com ela em seu colo.
- Eu já estava pensando nele a um tempo...Confesso que sentia um pouco que era uma menina. – Ri.
- Eu também sentia, amor! – Luan disse.
Logo a enfermeira teve que levar a minha filha e eu, morta de sono, resolvi dormir por mais algumas horas.
Todos foram embora, apenas Luan ficou ali comigo, o tempo inteiro.
Acordei escutando cochichos e quando abri os olhos, sorri, com o que via.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Capítulo 64



Marcamos a data do casamento, convidamos poucos amigos e decidimos fazer uma coisa bem simples, nem seria na igreja. Seria na chácara do Luan mesmo.
Não demorou muito para o dia chegar, e eu como toda noiva estava ansiosa, claro.
Como o combinado, Luan já tinha contratado um detetive, que ainda não tinha nenhuma pista, estava começando do começo mesmo e tinha ido para o hospital que eu tinha tido a criança. Eu lhe dei o endereço e ele embarcou no mesmo dia.
Eu só falei com o Luan pelo telefone, naquele dia, já que tinha cunhada dizia que teria que ser daquele jeito.
Ele já estava na chácara e eu me arrumava junto com as outras mulheres, em sua casa de Londrina, só naquele dia descobri que ele não tinha vendido a casa.
- O Cesar está super empenhado! – Ele comentava, sobre o detetive.
- Também, com a fortuna que você está pagando.
- (risos) Ué, amor. É pra isso mesmo! Acredito que logo ele descobre algo.
- Amor! Não fica muito assim não, isso demora, tem muita coisa pra investigar, por favor!
- Está bem, muié! Já comeu hoje? Alimentando direito minha coisinha? – Ri.
Ele era um fofo e carinhoso, em relação a minha gravidez e a mim também.
- Claro! Estou comendo por quatro!
- Será que são tri gêmeos? – Gargalhei.
- Deus me livre!
- Não fala assim dos nossos fios, muié! – Ele ria também.
Logo deram um jeito de tirar o telefone da minha mão e eu fiz careta. Tinha que terminar a arrumação.
Eu só não contava, que quando já estávamos saindo de casa, em direção ao carro, recebesse uma ligação inesperada.
- Luan?
- Isa! Teve um problema aqui!
-  O que foi, amor?
- Explodiu um cano aqui, de água, molhou tudo, até o bolo. Tá tudo alagado, até eu me molhei! – Não acreditei.
- Tá falando sério?
- Juro! Amor, acho que não vai dar pra gente se casar hoje. – Realmente, eu não estava acreditando naquilo.
- Tudo bem! – Suspirei. – E os convidados?
- São poucos, como sabe e meu pai já ligou para todos.
- Meu Deus, que loucura! – Foi só o que eu disse, antes de nos despedirmos e desligarmos.
Contei tudo para quem estava ali comigo e assim como eu, não acreditaram.
- A sorte que não tem nem cem convidados! – Bruna se jogou no sofá.
- E ainda perdeu toda a comida? – Minha sogra perguntava.
- Eu não sei direito, o Luan não explicou com detalhes. – Suspirei.
Nos trocamos e depois de quase duas horas, Luan, seu pai, Rober e seu segurança, chegaram. Já estavam com outras roupas, já que iria dormir todo mundo lá, tinham roupas por lá.
- Deixamos o pessoal lá limpando! –Ele fez careta e se jogou no meu lado.
- Perdeu tudo? – Perguntei.
- Os doces e bolo. Até as carnes do churrasco que ainda estavam em cima da mesa molharam.
- Dá pra salvar a carne molhada?
- Sei lá! – Ele deu de ombros, enquanto ria. – Mas não fica assim, meu amor! Nós vamos nos casar, esse destino faz de tudo pra nos separar, mas vamos nos casar! Nem que eu tenha que alugar o lugar mais seguro do mundo! – Ele disse, me fazendo sorrir.
Deitei a cabeça em seu peito, enquanto ele alisava meus cabelos e beijava minha cabeça.
-  Isso é castigo, porque não quiseram fazer uma festa grande. Nem teriam lua de mel direito! – Bruna disse.
- (risos) Pode ser mesmo, piroca!
- Nada disso! – Eu disse e eles riram.
Minha tia, fez um almoço correndo e acabou que no final, comemos rindo de tudo que tinha acontecido e em uma conversa agradável.
Luan resolveu contar naquele dia que estávamos procurando a suposta filha que estaria viva. Eles já sabiam da história toda, pelo Luan.
Ele chamou sua assessora também e colocou as cartas na mesa.
Todos ficaram muito surpresos e sua mãe, nos chamou a atenção, por só ter contado aquilo, depois de dois meses de investigação.
Fechamos aquele dia, no shopping, eu, minha cunhada e sogra.
Compramos várias coisas para o meu bebê, que ainda não permitia ver seu sexo, já com quatro meses. Minha barriga estava bastante pequena também.
Quando chegamos, Luan já dormir, então tomei um banho e entrei de baixo de suas cobertas também.
- Foi bom o passeio? – Ele sussurrou.
- Demais! – Acariciei seu rosto.
- Amanhã tem consulta, não é?
- Decorou direitinho! – Ri.
- Sou um pai responsável, rapaz. Tomara que nossa coisinha deixe ver o sexo!
- Tô achando minha barriga tão pequena pra quatro meses.
- Relaxa, amor. A doutora já não disse que é normal? – Ele prestava bastante a atenção em cada consulta, o que me fazia sorrir.
- Sei lá! Eu tenho medo. Na primeira gravidez a minha barriga cresceu muito e muito rápido, tenho medo de não segurar essa criança, porque a primeira foi complicada...
- Ei! – Ele colocou seu dedo, em meus lábios. – Nada disso! Essa criança vai nascer linda e com saúde e você não tem que ter medo de nada! – Ele não deixou que eu o respondesse, e me beijou, me passando força e dizendo que ele estaria ali comigo para tudo. Só por aquele beijo, já sabia o que queria dizer.