sexta-feira, 30 de maio de 2014

Capítulo 39


*
Acordei em mais um dia feliz, estava bem humorado. Iria fazer um show na minha cidade natal, Campo Grande e logo depois teria uma semana de folga. Iria ficar por lá com meus parentes, que eu não via há algum tempo.
Depois que voltei da academia e tomei um banho, me deitei de novo e quando peguei no sono, sonhei com Isabella.
Confesso que fazia algum tempo que eu não pensava nela, eu tinha resolvido que seguiria a minha vida, que aquilo nunca daria certo.
Mas sonhei com ela naquela noite, ainda éramos adolescentes, mas namorávamos e éramos felizes. Ela me acompanhava em shows também.
Eu não sei o que me deu naquele dia, que fiquei o tempo todo pensando no sonho e sua imagem, mesmo novinha, já que nunca mais tinha a visto, não saia da minha mente.
Nós tínhamos fotos juntos,mas minha mãe escondia. No começo fiquei bravo, mas depois entendi quando me falou que não queria que eu sofresse ainda mais.
Me atrasei o dia todo e só pude ir para minha cidade à noite.
Ou seja, tive que ir direto fazer o show e só de madrugada fui para a casa dos meus avós. Bruna já estava lá e a maioria da família, só meus pais que chegariam pela manhã.
Me despedi do pessoal e entrei tentando fazer o mínimo barulho possível. Fui em direção à cozinha, beber água e vi que a luz estava acesa.
Assim que me aproximei, vi uma moça com o rosto dentro da geladeira, com uma camisola um pouco ousada e seus cabelos gigantes, na cintura.
Quando ela se virou, se assustou e quase deixou seu copo com água cair no chão.
- Desculpa te assustar...- Falei sem jeito, sem tirar os olhos dela.
Era muito bonita, prendia a atenção de qualquer um e aquele olhar, eu conhecia de algum lugar. Ela também me olhava curiosa.
- Que isso...- Foi tudo que ela disse.
- Eu...Te conheço de algum lugar. – Disse sem jeito.
- É...Luan? – Estreitei os olhos, enquanto lhe observava calado.
– Hã...Isabella. – Ela esticou sua mão para que eu pegasse e eu não acreditei no que ouvia.
Não podia ser a Isabella, a minha Isa. Minha prima. Não podia.

*

Assim que cheguei no Brasil, em São Paulo, peguei um outro avião para o Mato Grosso do Sul e como combinei com Camila por dias, nos encontramos no aeroporto.
Ela estava tão linda, que nem parecia que eu tinha a visto pequenininha.
Lhe reparei bem e até me atrevia a dizer, que era um pouco parecida comigo.
Pegamos um táxi e ela deu o endereço da casa dos nossos avós.
- A casa tá cheia. – Ela me contava no caminho,
- Sério?
- Tem show hoje aqui e todo mundo veio matar a saudade.
- Show? – Não entendi e ela me olhou estranho.
- Vai dizer que não sabe? – Camila riu. Continuei com minha expressão confusa. – Em que mundo vivia? Sei que morava em Boston, mas não via notícias sobre o Brasil?
- Não. Estudava demais. – Respondi em poucas palavras para evitar as perguntas.
Não queria que minhas primas soubessem o que eu estava passando em Boston.
- Então, depois eu te explico. – Ela mal acabou de falar e o táxi parou na frente de uma casa simples, porém enorme.
Paguei, depois de quase ter uma briga com Camila e só então entramos.
Estava nervosa, mas passou assim que minha prima gritou por todos. Primeiro, meus outros primos apareceram e ela me “apresentou” para eles, que me abraçavam e gritavam sem parar. Alguns não lembravam de mim, como Matheus, que era só um bebê, Amanda e Dani, também. Mas Jéssica e Jhenyffer, lembravam perfeitamente de mim, já que eram da minha idade.
Ouvimos mais um grito e junto dele, uma moça loira se aproximar. Ela tinha um sorriso gigante e muito bonito, ela era bonita.
- O que houve aqui? O que eu perdi ? – Sua voz era de criança.
Nós rimos de seu jeito engraçado.
Então Camila falou que eu estava de volta, assim como tinha falado para os outros e seu olhar se encontrou com o meu. – Isabella? Você não se lembra de mim? Bruna... – Ela se aproximou tão rápido e me abraçou apertado.
Não acreditei que aquela era a minha Bruninha, que eu pegava no colo assim que nasceu.
- Bruninha? Nossa, você cresceu demais! – Ela estava do meu tamanho. – Tá loira... Ainda lembra de mim?
- E você ainda pergunta? É lógico que eu lembro! – Ela voltou a me abraçar.
Então fomos para o lado de fora da casa, onde os outros mais velhos faziam um churrasco.
Eles chegaram gritando e me arrastando junto. Minha avó não teve dúvidas de que era eu, assim que seus olhos bateram em mim. Se levantou rápido de onde estava e veio ao meu encontro, me abraçando.
- Como me reconheceu, vó ? Falaram tanto que eu mudei... – Ri, enquanto já abraçava meu avô.
- Pode não acreditar, mas eu era assim, igual a você quando jovem. – Rimos.
Eu acreditava nela, via suas fotos antigas.
Depois de me sentar e me encherem de comidas, começaram as perguntas. Eu respondia tudo que podia, e na parte do porque fui embora, só falava dos estudos. Minha avó me olhava, só ela, meu avô e Glória, que sabiam de tudo. Fora meus pais e de Luan, claro. Nem Bruninha ficou sabendo de nada e era melhor daquele jeito mesmo.
Depois as meninas cismaram em fazer uma twitcam, que até então eu nem sabia o que era e eles riam de mim, e diziam que eu estava morando em marte. Era quase aquilo mesmo.
Elas fizeram tudo e até falaram de mim, eu só não quis aparecer. Mas disseram que uma prima que não viam há anos, voltou e disseram meu nome também.
Glória me chamou em um momento e eu lhe acompanhei até um quarto vazio.
- Saudades, Gogó! – Lhe abraçava forte, enquanto ela sorria.
- Também estava, menina. – Me puxou para sentarmos na cama e assim eu fiz.
Começamos a conversar, até que ela tocou no assunto que eu não queria e tinha receio em falar. Eu e Luan.
Ela disse que era a única prima que sabia de tudo, que não queria que fosse daquele jeito, que não precisava daquilo tudo. Não me agüentei e deixei as lágrimas caírem.
- E você...Sabe de tudo que se passa aqui? – Ela mudou o assunto, depois de muito falarmos e eu neguei, enquanto secava as lágrimas.
- Não sei. Como eu te contei, meu pai não deixava eu ver nada relacionado com o Brasil, eu só estudava.
- Pois eu vou te contar. Você não quer saber do Luan? Não perguntou dele...
- Eu...Só estou com receio, quero muito saber dele. Pra falar a verdade, pensei que estivesse aqui.
-Ele quase não pode comparecer nos churrascos de família, quase não o vemos mais...
- Por que? – Me assustei.
- Agora ele é um cantor muito famoso. O Brasil inteiro o conhece e ele vive nas estradas, levando seu show.
- Tá brincando, Gogó!
- Não to! Estamos todos aqui hoje, porque ele tem um show aqui. Na madrugada vem pra cá e amanhã faremos um churrasco com ele. – Ela sorriu animada e orgulhosa.
- O sonho dele se realizou? Eu tô muito feliz e ainda sem acreditar... – Rimos.
Então ela me provou, tirou seu celular do bolso e colocou no google o nome “Luan Santana”. Eu nunca imaginei que encontraria tanta coisa com o meu sobrenome no google. Falava tudo sobre o Luan, suas manias, seus gostos e até os nomes dos nossos parentes, as fãs sabiam.
Era um carinho tão grande, que a ficha estava custando a cair, que meu primo era amado pela metade do Brasil. Que tinha milhares de fã clubes.
Antes de sairmos do quarto, minha avó entrou ali e me deu um outro abraço materno. Glória nos deixou a sós e mais uma vez eu chorei, lhe contando tudo de novo.
Ela chorava comigo, tadinha, e disse que não iria mais deixar que aquilo acontecesse comigo. Depois de muito conversarmos, enfim saímos dali e eu me juntei com  os outros primos.
A “farra” rolou até a noite, mas fomos dormir cedo por conta do cansaço, principalmente eu.
Dormir com Camila, no antigo quarto de Jheny, que agora era dela, já que sua irmã estava casada e morando em outra casa. A cama era de casal e vovó preferiu daquele jeito.
“Depois do resultado dos meus exames, dona Estela aparentava estar muito preocupada, eu lhe perguntava o que era, mas ela dizia que depois me contava.
Até que meus pais apareceram por lá, a única vez que foram para aquela república.
Me enganei quando pensei que era somente para me ver e me assustei quando fui chamada aos gritos. Sorte que os outros tinham ido para a aula e só eu tinha ficado, a pedido de dona Estela.
- Como você foi tão irresponsável? – Meu pai gritava. – Você tem noção ? É uma criança. Como pode já transar com essa idade? – Arregalei os olhos.
- Do que estão falando?
- Disso, Isabella! – Minha mãe jogou um papel em mim, chorando.
Quando abri e li, não acreditei no que estava escrito e as lágrimas já brotaram dos meus olhos.
- Agora você chora ? Na hora foi bom, não foi ? E agora? – A voz do meu pai não parava. Eu me desesperei e desmaiei.
Acordei em um hospital e com o médico falando que eu precisava de muito repouso e o máximo que poderia fazer era ir para a escola.
Eu não sabia o que dizer, o que pensar. Eu estava grávida e perdida. “
Acordei suando e chorando, sorte que Camila tinha o sono pesado.
Me lembrei daquele dia horroroso e me desesperei só de pensar que meus pesadelos, que não vinham há algum tempo, estavam voltando para me atormentar. Os pesadelos do meu passado, que não era tão distante assim, estavam de volta.
Me levantei rápido e fui para cozinha, precisava urgente de um copo com água.

14 comentários:

  1. MDS *O* o bruto do pai dele fez ela,abortar a criança?? G-zuiis '-' essa fic ta cada dia melhor,continua pelo amor de D E U S!!
    @Daniiraysa

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    1. kkkk Não sei se é isso, acompanhe e preste bem atenção nessas partes. Pode ser só uns pesadelos que ela tem por falta do Luan :x Não sei, não tire conclusões precipitadas hahhaha Beijos!

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  2. Gente 0.o será q ela abortou? o.0 nossa ai que lindo eles se encontraram *__* linda agr você já pode matar o pai da Isa okay? okay
    @_vick_brito

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  3. Oh Manu continua logo peloamordedeus
    Isa safadinha parece que previa que Luan ia chegar, de camisola kkkkkkkkkkkkkkk
    @vemnemimluan

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  4. Aaaaaah eles se encontraram \o/
    Posta maais urgentimente Manuu *-*
    -Stephanie-

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  5. Será q o puto do pai dela fez ela abortar ? Se ele fez isso tem q morrer credoooo
    Aaai qro ver logo a reação do Luan
    @HellenAraujooh

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  6. Mds ela perdeu a criança por causa do pai mostro dela?
    caracolis, essa fic tra poderosa
    caraleo eles se reencontraram aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah mds scrr
    necessito de maissssssssss
    @lightlrds

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    1. Genteee, não tirem conclusões precipitadas, já disse ali em cima, em haha

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  7. Jessus Cristo Amado oque foi isso? Será que ela abortou ou perdeu? Meu Deus e esse reencontro deles em?? Aiii meu Deus continuua

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  8. MANOELA VC NAO TEM O DIREITO DE FAZER ISSO COMIGO CARAAA BEEEEH :--(

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  9. jesusmcristinho que pai e esse que faz afilha fazer uma barbaridade dessas com ela e com um bebe que no tem nada a ver com a historia se o pai dela fez isso cmom ela ele e muito mal

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  10. #suafinctadimias
    boa demias da conta essa finfic
    leitora nova aqui

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