quarta-feira, 28 de maio de 2014

Capítulo 37


1 ano depois... (Janeiro de 2014)

Eu achando que no ano que tinha se passado, iria me “livrar” de tudo aquilo. Por mais que me doesse usar essa palavra, era aquilo que eu queria. Me livrar de tudo.
Mesmo sendo meus pais, não me entendiam, não me davam um voto de confiança, mesmo tendo idade e maturidade o bastante, mas eles ainda achavam que era aquela menininha de 16 anos, que saiu quase fugida de Maringá.
Tanto fizeram, que me convenceram a namorar Paulo e eu estava os suportando por um ano. Minha amiga ficava revoltada, já que não gostava dele de jeito nenhum e mesmo podendo bater o pé e dizer não, mais uma vez eu fiz o que meus pais queriam.
Paulo era o tipo de cara que desconfiei no começo. Galinha, cafajeste, que gostava de me exibir para seus amigos, como um troféu. A única parte boa, era que eu saia bastante com ele, não agüentava ficar mais trancada em casa.
Naquele ano que finalmente decidir dá um basta na minha vida, jogar tudo pro alto, sem me importar no que meus pais iriam pensar e como iriam reagir, já que esse era o meu maior medo. Eles viam que não era aquilo que eu queria pra mim e mesmo assim me “obrigavam” a fazer coisas que eu não queria. Eu tinha que fazer tudo que eles queriam. Tudo, por um amor, que sempre existiu no meu peito.
Que tinha tudo pra dar certo, com o melhor garoto que já conheci. Tudo porque ele era o meu primo, sangue do meu sangue.
Na noite que resolvi tomar a primeira iniciativa e acabar com a minha “relação” com Paulo, fomos para uma boate mais calma, de luxo, que a musica tocava até mais baixa no local. Mesmo contra minha vontade, queria um lugar reservado.
- Eu quero falar com você, Paulo. – Falei alto, perto de seu ouvido, pela décima vez e mais uma vez ele me ignorou, me fazendo bufar.
Alguns de seus amigos se aproximaram de nós e eles começaram a conversar e Paulo a beber.
Se afastou de mim uma hora e ficou quase uma hora longe. Fiquei parada e com cara de taxo.
Sabia que ele me “traia” direto, mas eu não ligava. Não gostava nenhum pouco dele, o namorava praticamente obrigada e nem considerava aquilo uma traição.
Quando ele se aproximou de novo, estava completamente bêbado e sobrou para eu dirigir o carro até seu apartamento. Morava sozinho em um condomínio luxuoso.
Lhe levei até o quarto com muito custo e ele quis tomar um banho, lhe deixei no banheiro e voltei para seu quarto.
Me sentei na cama e fiquei lhe esperando. Já tínhamos transado, duas vezes.
Uma quando o cachorro me embebedou de propósito e me levou pra cama. Nos filmou só pra me mostrar no outro dia, o que eu tinha feito com ele. Realmente eu estava muito maluca, selvagem, horrível. Graças a Deus ele apagou aquele vídeo logo, era só pra me mostrar mesmo.
Na segunda vez, ele quem estava bêbado, ele ficava bêbado quase sempre e muito fácil.
Praticamente me obrigou a ir para cama com ele e no outro dia, eu passei trancada no meu quarto chorando e mesmo depois de falar com minha mãe o que tinha acontecido, ela disse que não podia fazer nada e que não era para eu falar com meu pai, porque ele gostava do Paulo e não queria decepcioná-lo.
Eu não contei, sabia que não iria dar em nada mesmo, ele também não se importaria.
Ouvi o barulho da porta do banheiro se abrindo e olhei Paulo saindo de lá.
Cambaleava e quando levantou seu olhar, tinha os olhos vermelhos, mas não estava daquele jeito quando lhe deixei ali. Estranhei.
Ele se aproximou e eu me levantei, ele agarrou minha cintura com uma mão e virou seu rosto pra me beijar. Virei o rosto.
- Para com isso...Vai dormir. Amanhã conversamos porque você está bêbado. – Tentava sair de seus braços em vão.
- Eu quero você hoje, a noite toda! – Ele falava com uma voz tão nojenta.
- Me solta!
- Não solto! – Ele disse com um olhar estranho demais, que me deu medo.
Não iria deixar que me obrigasse a me deitar com ele pela segunda vez.
Tentava sair de seus braços, desviar seus beijos, mas tudo em vão.
Até que ele se irritou com aquilo e me lançou com olhar de fúria, começou a pegar forte no meu braço e disse que eu seria dele de qualquer jeito.
Ele apertava meu braço forte, minha cintura e só consegui me livrar de seus braços e ver que realmente aquilo estava sério, quando ele apertou meu pescoço.
Quase perdi o ar, mas lhe dei um chute no meio das pernas e sai correndo, lhe deixando caído no chão.
Passei pela sala correndo, mas meus olhos viram um pó branco em cima da televisão, que eu não tinha enxergado quando tinha chegado.
Me aproximei e mesmo com medo de que ele se levantasse e fosse atrás de mim, fui ver o que aquilo era. Coloquei a mão e não acreditei.
Era droga, por isso o comportamento dele mais que estranho nas baladas e nossas saídas. Ele sóbrio, era cafajeste, mas quando bebia e com certeza misturava tudo, ficava agressivo, seus olhos vermelhos e sem noção de nada. Eu já devia imaginar.
Peguei um táxi e fui chorando até em casa.
Troquei sms com Helen no caminho contando tudo.
“ Você vai denunciar, não é?” – Ela me perguntava.
“ Não, amiga...Eu pensei muito e não vou.”
“ O que? Tá louca? Ele tentou te bater, já te forçou a se deitar com ele, usa drogas e você vai deixar por isso mesmo?”
“ Eu sei disso tudo, mas eu trabalho ou trabalhava no hospital do pai dele, que é tão gentil e gosta de mim, eu também gosto dele. Não quero um escândalo. “
“ Você que sabe, mas isso está errado!” – Eu sabia que estava errado deixar tudo passar em branco, mas não faria nada por seu Sérgio, que era um encanto de pessoa.
Assim que cheguei em casa criei coragem e aquela iria ser a hora que eu ia jogar tudo para o alto. Tinha cansado.
Assim que entrei em casa, meus pais estavam vendo tv, respirei fundo.
- Isabella? Cadê o Paulo? Por que esses olhos vermelhos?- Minha mãe foi a primeira a dizer.
- Eu preciso falar uma coisa muito séria com vocês... – Suspirei.
- Diz.
- Eu...Terminei com o Paulo.
- O que? – Meu pai quase gritou. - Voltei a chorar.
- Eu terminei com o Paulo. Além de não gostar dele, me fazia coisas ruins. Ele é galinha, não gosto de homem assim, eu descobri que ele usa drogas agora pouco. Tive que sair correndo do apartamento porque estava tentando me bater. – Eu falei tudo de uma vez, desesperada.
- Eu não acredito nisso...
- É claro que o senhor não acredita. O senhor não acredita mais em mim, não gosta mais de mim do mesmo jeito, não fala direito comigo há anos.
- Isabella... – Minha mãe me olhou espantada por eu estar enfrentando meu pai.
- É isso mesmo, eu cansei!
- Me respeita, garota. Eu que me virei pra te criar com tudo que queria, pra te dar um futuro bom, pra te formar em médica e foi isso que eu fiz. Consegui te fazer médica, coisa que era quase impossível.
- Eu não pedi nada para o senhor, muito pelo contrário. Eu não queria vir pra cá.
Mas porque mesmo eu vim? Por que eu amava meu primo? Porque eu ainda sou apaixonada por ele e isso nunca vai mudar! Nem o senhor, nem o tempo, nem ninguém vai me fazer parar de amar o Luan! – Comecei a me alterar e ele se levantou.
- Eu já disse que esse nome é proibido aqui dentro dessa casa...
- Eu falo o nome dele, porque ele é o meu amor. Luan, eu amo o Luan mais que tudo!
O senhor disse isso e eu lhe obedeci porque era de menor, porque era dependente de vocês. Mas agora... – Antes mesmo de terminar minha frase, senti o meu rosto arder e só então percebi que tinha levado um belo tapa na cara. – Mas agora... – Continuei a falar mais baixo.- Eu sou independente e tô me dando liberdade. Não quero mais ser uma boneca que vocês podem mandar e desmandar a hora que quiserem. Eu sou uma mulher!
- E vai pra onde?
- Eu não sei...Mas aqui eu não fico mais!
- Então vai, Isabella. Vai e esquece que tem pais. Se vira nesse mundo, você não é uma mulher ? Se vira! Agora eu que não te quero mais nessa casa! – Subi as escadas correndo e joguei tudo que era meu dentro de quatro malas.
Queria pegar tudo mesmo. Liguei para um táxi e quando estava descendo, minha mãe chorava no sofá, mas meu pai continuava com sua expressão séria e fria.
Sai dali aos prantos, sem falar nem mais uma palavra.
O meu táxi chegou e eu dei o primeiro endereço que veio na cabeça. 
A casa de Helen, que ficava muito perto dali.

9 comentários:

  1. Meu Deus! Ahhhh agora a Isa vai tomar seu rumo e ir atrás do Luan!! Ai que ansiedade pra vê-los juntos de novo! Seria ótima mais um capítulo né Manu :D
    Bjusss

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  2. ain até q fim a Isa reagiu a essa vida injusta que ela levava
    imposta pelos pais dela. Agora ela tem q manter o foco e ir
    atrás da felicidade dela o quanto antes
    e que o pai da Isa pague por td que ele fez pra ela u.u
    Cadê o Luan em? ain mds
    maisssssssss
    @lightlrds

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  3. Obg meu Deus, aeeeê a Isa ta saindo do ninho da cobra, uhuuuul.
    To com medo de quando a Isa voltar pro Brasil descobrir que o Luan ta namorando, mas tomara que ele ñ esteja.
    @vemnemimluan

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  4. Ûooooou oque foi isso? Super amei essa atitude dela o negocio tá ficando mais bom ainda manuzita Continuaaaaa

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  5. AAAAAAH QUE AGORAA A COISA PEGA FOGO KKKKK

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  6. Enfim a Isa tomou uma atitude, mas tenho medo do q ela vai encontrar qdo voltar pro Brasil..
    Vc podia voltar a postar 2 nee *-*
    @HellenAraujooh

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  7. Até que enfim ela largou de serr boba eles ja pode se encontrar okay? okay,
    @_vick_brito

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  8. Aleluiiiiiaaaaaaaaa continuaaaa scrr ta lindo <3

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  9. Até que fim ela acordou aleluuuuia \o/
    -Stephanie-

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