Capítulo 20

 Havia se passado mais um ano e lá estávamos, eu, meus pais e Amanda, indo para um show do Luan, em outro estado. Ele estava tão feliz que fazia show duas vezes no mês, mas eu tinha certeza que aquilo era só o começo, ele iria longe.

Ainda éramos brigados, o que me rendia bronca da minha mãe e do meu pai, eles defendiam o Luan e meus tios davam bronca no Luan. No final, os dois eram chamados de crianças, por estarmos brigados por besteira por um ano. Mas não ligávamos.

Ele continuava ficando com a idiota da Bianca, mas não queria compromisso, o que fazia ela ficar estressada e eu ficava as vezes com o Gustavo, só quando me sentia muito carente. Mas ele entendeu o recado que namoro, jamais!

Já estávamos com nossos dezesseis anos, eu estava na fase de mudar, minha voz, foi a primeira afetada e Luan, estava crescendo sem parar. Achava que ele viraria um poste.

- Não vai chegar mais nessa cidade, não ? – Reclamei mal humorada, dentro do carro.

Era sempre assim quando se tratava de Luan.

- Calma, Isabella e vê se desemburra essa cara. Hoje seu primo tá feliz e vê também se não briga com ele. Parecem duas crianças com essa palhaçada!

- Me deixa, pai! – Bufei.

- Marizete e Amarildo já chegaram lá, Bruna não para de perguntar por você, Isa. – Minha mãe mudou o assunto.

- Eles foram cedo, né ? Ela podia ter dormido lá em casa e ter vindo com a gente.

Depois de mais de cinco horas de estrada, chegamos em Taquarituba – São Paulo.

Fomos para o hotel que meus tios estavam hospedados, e graças a Deus, Luan não estava lá. Sua mãe dizia que ele estava dormindo, para descansar. Era um cuidado com aquele menino, parecia que ainda tinha seus cinco anos.

Andei um pouco por ali, com Bruna e Amanda e depois fomos para o restaurante do hotel, lanchar.

A noite, nos arrumamos e fomos para o local do show do Luan e eu ainda não tinha o visto, já que fui com os meus pais.

Só vi Luan naquele dia, quando subiu no palco.

Apesar de pouca idade e o público que estava no local ser um pouco mais velhos, eles pareciam gostar muito das músicas dele e de outras em sua voz.

Confesso que fiquei feliz por ele, afinal, eu ainda gostava dele.

Pois é, depois de um ano, aquele sentimento que eu não colocava fé, ainda estava dentro de mim. O que me preocupava bastante. Não sabia se ele sentia o mesmo por mim ainda, mas procurava não pensar muito naquilo e ter fé que um dia passaria.

- Vou no banheiro. – Disse, assim que o show acabou.

- Já estamos indo, Isabella. Vai no hotel! – Meu pai disse.

- Eu tô apertada, pai.

- Deixa ela, Alex. Então vai rápido e a gente se encontra no estacionamento. - Minha mãe disse.

- Tá, vamos comigo, amiga? – Me virei para Amanda.

- Ah, não! Meus pés estão doendo, vou pro carro.

- Eu disse pra não colocar esse salto! – Revirei os olhos e segui em direção ao banheiro.

Quando estava voltando em direção ao estacionamento, uma chuva forte começou a cair.

Bufei sozinha, por não querer me molhar inteira.

- Isabella? – Escutei a voz do Luan e me virei.

- O que ?

- Ainda está aqui?

- Fui no banheiro, meus pais estão me esperando no estacionamento.

- E você vai pra lá como? Vai se molhar...

- Não sei e eu sei. – Escutei sua risadinha.

- Faz assim, vai comigo depois, já que tenho que resolver algumas coisas por aqui.

- Não...

- Para de bobeira. Ou então se molha!

- Tá! – Bufei e ele pegou seu celular.

Falou com sua mãe, que também me esperava no estacionamento, para irmos juntos, que eu iria com ele, para não passar naquela chuva.

Voltamos para dentro do local e eu fiquei sentada em uma mesa, enquanto Luan conversava com seu empresário, ele estava com um, desde que seu amigo tinha gravado um CD com uma péssima resolução e jogado na Internet.

Foi em um dia de churrasco na minha casa, Luan não gostou e pediu para que jogasse fora, chegou até quebrar, mas tinham a cópia e agora ele agradecia por aquilo. Tinha conseguido um empresário.

Eles negociavam com o dono do local, que já estava completamente vazio e eu no tédio, batendo o pé e esperando.

- Vamos? – Finalmente ele se aproximou e eu agradeci.

- Pensei que dormiríamos aqui! – Disse irônica e ele riu do meu jeito.

- Crianças, - Seu empresário começou e eu fiz careta, acompanhada de Luan. – Vocês vão no ônibus que a banda veio e eu vou no meu carro.

Concordamos com ele e fomos para o ônibus, que só tinha o motorista.

Me sentei no ultimo assento e Luan se sentou do meu lado, era enorme.

- Cadê a banda? – Perguntei.

- Eles estão em um hotel pertinho do local e foram a pé mesmo. Esse ônibus vai levar eles pra casa amanhã.

- Por que não estão no mesmo hotel que o seu?

- Não sei... – Ele deu de ombros e riu.

Ficamos em silêncio, enquanto eu olhava pela janela do ônibus.

O hotel era um pouquinho longe, a cidade era pequena, mas estava com um baita transito.

Acho que já amanhecia e as pessoas já estavam indo trabalhar, voltando de festas. Eles iam trabalhar cedo ali.

- É...Eu queria fazer as pazes com você, Isa. – Ele puxou assunto e eu o olhei.

- Por que?

- Não quero ficar mais assim, eu...Gosto muito de você.

- Eu também gosto demais de você! – Fui sincera e ele sorriu.

- É...E não só como primo.

- Eu sei como é isso. – Suspirei, encarando minhas mãos.

- Você também...

- Eu ainda gosto de você daquele jeito, Luan.

- Eu disse que não iria passar fácil assim. – Ela acariciou o meu rosto.

- E você tinha razão.

- Sempre tenho! – Rimos.

Quando percebi já estávamos próximos demais e então, nos beijamos.

De uma forma intensa e com muita saudade. Pensei que nunca mais tocaria naqueles lábios de novo, mas me enganei.

O ônibus parou e eu me afastei de sua boca, com dificuldade.

- Já chegamos! – O motorista gritou.

- Obrigado e pode ir, daqui a pouco vamos! – Luan o respondeu, sem desviar seus olhos dos meus, e eu ouvi seus passos descendo do ônibus.

- Acho melhor a gente ir! – Eu disse para ele.

- Não...Vamos aproveitar um pouco. – Ele se aproximou.

- E sua...Namorada? – Me afastei.

- Já disse que não tenho namorada, nem nada sério com a Bianca, Isabella! – Ele segurou meu rosto com as duas mãos e dessa vez, conseguiu me beijar de novo.

Quando percebi, já estávamos deitados no banco do ônibus, nos beijando feito loucos.

Luan passava sua mão por dentro da minha blusa, me causando arrepios e me fazendo arranhar timidamente, sua nuca e suas costas, mesmo por cima da blusa.

"Então, né! Eu voltei! Queria pedir desculpa por não ter avisado aqui o motivo da minha ausência, mas é que eu esqueço :x Coloco no grupo e pronto!
Bom, pra quem não sabe eu fiz uma cirurgia, mas estou ótima, por isso voltei antes do tempo mesmo : D "
ps : Não querendo ser grossa, mas quando eu deixar de postar a fanfic, podem ter certeza de que algo aconteceu, nem sempre grave, mas algum imprevisto eu tive e vou tentar sempre explicar isso no grupo do facebook pra vocês (; 
E quem fez o comentário anterior não precisa se sentir ofendida ou coisa do tipo, se sentiu, não foi minha intensão, só estou me justificando.
Porque tem gente que tem mania de me chamar de grossa, coisa que eu não entendo, porque AMO minhas leitoras e elas sabem disso!