1 ano
depois...(Março de 2009)
Depois que
Isabella foi embora, naquele táxi, chorando e acenando pra mim. Esperei que o
mesmo saísse de minhas vistas e fui correndo pra casa, escutando os gritos dos
meus pais, para que eu voltasse, em vão.
Me tranquei no
meu quarto e me joguei na cama, chorando como nunca.
Chorei tanto,
que pensei que minhas forças tinham ido junto com o rio de lágrimas que caíram
dos meus olhos. Mas na verdade, minhas forças tinham ido dentro de um táxi,
para um aeroporto e depois embarcaria para não sei onde.
Meus tios não
me contaram para onde Isa estava indo e se contaram para meus pais, eles também
preferiram, não me contar. E no meio de toda a confusão, me esqueci de
perguntar a ela, pra onde estava indo. Com certeza, ela saberia.
Em um momento
que parei para pensar nisso, minha cabeça doeu e eu me desesperei. Não poderia
ir lhe buscar quando estivesse de maior, sem saber onde estaria.
Fui para sala,
onde meus pais estavam, correndo. Só então percebi que já tinha anoitecido e eu
tinha me trancado o dia todo no quarto. Minha mãe não interferiu e com certeza,
a pedido do meu pai.
Perguntei a
elas onde Isabella estava indo e eles disseram que não sabiam de nada, mas eu
sabia que estavam mentindo. Se olhavam de um jeito estranho e principalmente
minha mãe. Tinha um olhar culpado.
Comecei a
chorar novamente e a me desesperar de novo, pedindo por tudo que era mais
sagrado, para que me contassem onde ela estava. Até que me questionaram o
porque daquilo e contei. Disse que iria lhe buscar, quando estivéssemos de
maior.
E mais uma vez,
fui questionado e julgado. Minha mãe, sempre muito calma comigo, tentava
conversar comigo, que só sabia chorar. Ela dizia da forma mais carinhosa
possível, que eu e Isabella não teríamos futuro juntos e que agora, já
estávamos separados. Que ela teria que estudar pra um futuro melhor e que mesmo
de maior, eu não poderia lhe interromper, lhe tirar daquele momento tão
importante de sua vida.
Olhando daquela
maneira, era verdade, mas ela mesma dizia que não estava ligando para aquilo,
mas eu entendi, ninguém era capaz de entender que nos amávamos de verdade. Uma
paixão verdadeira, que sentíamos falta do calor um do outro, que era
necessidade um perto do outro. Que só porque tínhamos o mesmo DNA, aquilo podia
acontecer. Ninguém manda no coração.
Voltei pro meu
quarto, ainda mais revoltado e tomei um banho frio, para ver se tirava aquilo
tudo do meu corpo, se me aliava de alguma maneira. Mas não teve jeito.
Fui dormir em
meio ao meu choro, que depois de algum tempo, foi parando e o soluço, como
conseqüência, vindo.
Naquele dia, completava meu
aniversário de 18 anos, eu estava me tornando de maior. E ao contrário de
todos, que estavam felizes e pensando que eu estava feliz, porque eu
demonstrava aquilo só por fora. Mas meus pensamentos, estavam na minha garota,
que estava do outro lado do mundo. Daquilo eu tinha certeza.
Mas ainda não sabia onde
estava.
Eu tive que voltar a viver a
vida quase normalmente. Chorei por alguns dias, me tranquei no quarto por quase
um mês. Mas fui obrigado a voltar a minha rotina normal.
Minha mãe conversou comigo
várias vezes, sempre dizendo a mesma coisa, mas eu fingia que entendia.
Meus tios ainda eram nossos
vizinhos, mas estavam prestes a se mudarem.
Eu me sentia muito culpado,
pelo fato de eles e meus pais, não se falarem mais. Minha mãe e tia Lílian,
ainda conversavam, raramente, mas conversavam, mas a relação do meu pai com tio
Alex, não estava nada boa. Eles falavam o necessário um com o outro. Um “bom
dia”, por exemplo.
Foquei muito na minha
carreira também, que começou a ter baixos como sempre e isso só ia tirando mais
ainda minhas forças. Mas as palavras que Isabella me dizia sempre, vinham na
minha mente. Ela não gostaria que eu parasse.
Quando finalmente conheci uma
famosa dupla sertaneja, que me ofereceu o escritório deles, para me ajudarem e
me deram uma música, que só podia ser minha. Me deram a palavra, que não
deixariam mais ninguém gravar a música, para não “abafar” meu sucesso, que
diziam eles, confiar bastante.
E assim gravei a música, com
a cara e a coragem.
Mas não esperava o que me
aguardava, o estouro que realmente iria acontecer.
Comecei a receber contratos
para shows como nunca na minha vida. As pessoas começaram a cantar a minha
música, começaram a colocar como toque de celular, começaram a saber o meu
nome. As rádios não tocavam outra coisa.
E enfim, como nunca imaginei,
estava conhecido pela metade do país, como o Luan Santana, que eu sempre sonhei
ser.
E mais do que nunca, naquele
momento, queria cumprir meu objetivo, de conseguir levar minha música para o
país inteiro e faltava pouco para aquilo.
Viajava sem parar e estava
muito feliz, mas bastava deitar a cabeça no travesseiro e Isa vir em minha
mente. Todas as noites, até sonhava com ela, sonhos bons e outros muito ruins.
Mal cantamos parabéns no meu
aniversário e já estávamos na estrada, para outro show.
Antes de ir, minha mãe me
abraçou e sussurrou em meu ouvido uma verdade. Que só ela me conhecia o
bastante para saber.
“Sei que não está feliz o
bastante com tudo, sei que não está completo. Mas você vai achar alguém, não
era pra ser com sua prima.”
Só era verdade a parte que eu
não estava feliz o bastante e completo, porque sentia que era Isa a dona eterna
do meu coração.
Às vezes eu acordava até meio
surtado no hotel e queria de qualquer jeito saber onde ela estava. Ligava para
meus avós, que me juravam que não sabia onde ela estava e eles sim, estavam
falando a verdade. Da família inteira, só eles e Glória, a prima mais velha e
chegada, que sabiam da “nossa história”.
Liguei para ela também, que
até tentou falar com meus tios, mas tudo em vão, eles não falavam. Eu sentia
que meus pais sabiam, mas com o passar do tempo, com o amadurecimento, eu
entendia que eles só queriam o meu bem e com certeza, não queriam mais intrigas
com os meus tios, então não me contavam.
Quando vi que já tinha
dinheiro o suficiente com os vários shows que fazia no mês, já quis até alugar
um jatinho e correr cada canto do mundo atrás dela.
Quando disse a minha “idéia”
para meu empresário, ele me olhou assustado, disse que eu não poderia fazer
aquilo, largar a carreira por dias.
Chorei, me desesperei, queria
fazer alguma coisa.
Naquele mesmo dia, ele ligou
para minha mãe assustado e explicou tudo que estava acontecendo e ela ficou
preocupada e a ainda pra piorar, tive uma dor no peito horrível. O médico, que
me atendeu no quarto, disse que era sistema nervoso. O que aliviou um pouco a
todos, já que eu sentia dores no coração, braços e coluna.
Me passou um calmante e me
receitou repouso. Resultado: Tive que cancelar os shows da semana inteira e
voltei para minha casa.
Minha mãe se preocupava
demais e me dava sem falta os remédios recomendados pelo médico. Ele dizia que
eu poderia entrar em depressão e aquilo lhe desesperava.
*
Estava morando mesmo na
república, que meu pai tinha arrumado. Confesso até que era um lugar bom, com
pessoas legais e ao contrário do que pensei, a Dona Estela, que “cuidava” dos
dez adolescentes, contando comigo, era quase uma mãe para todos nós. Ela pediu
para que desabafasse, e assim eu sempre fazia com ela.
Mas com ordens dos meus pais,
era obrigada a não me deixar sair, a não ser para minha escola, que ficava duas
ruas depois da república.
Todos dali eram brasileiros,
o que me aliviava bastante, já que só falava o bem básico do inglês.
Depois de um ano ali,
aprendendo a falar inglês na marra, era desse jeito mesmo.
Era obrigada a decorar as
palavras e nem tinha tempo de fazer um curso de inglês, já que minhas aulas
eram o dia inteiro. Estava estudando muito e ainda tendo reforço nos finais de
semana para a faculdade. Nunca imaginei que seria tão puxado. Já dormia vendo
letras na minha frente. A única vantagem era que tinha uma tradutora na sala de
aula, porque tinha bastante gente de outros países, mas que ao contrário de
mim, sabiam tudo daquela língua. Mas por um lado era bom, já que a tradutora,
ficava só comigo.
Meus pais já tinham
comunicado a dona Estela, que eu sairia dali. Eles já tinham comprado uma casa
na cidade e se mudariam.
Teve até uma festa de
despedida pra mim, que gostei muito de todos, desde o inicio. Não tive
indiferença com ninguém.
Meus pais mandaram um táxi me
buscar e eu fui para a minha nova casa.
Era tão grande e bonita, que
não acreditei quando vi. Em um dos lugares mais bonitos de Boston.
Minha mãe se emocionou,
depois que me abraçou, afinal já fazia um ano que não nos víamos. Meu pai me
abraçou também, mas de uma forma fria, que me partiu o coração. Seu olhar não
era mais o mesmo de antes, sua fala comigo era indiferente. Aquilo partia o meu
coração em mil pedaços.
Me dava uma vontade tão
grande de saber de Luan, mas eu tinha muito medo de perguntar. Meu pai teria
uma crise de novo. Então chorava no meu canto como sempre, sozinha e isolada,
desabafava para eu mesma e me concentrava no estudo. Que ele mandava todos os
dias, não podia fazer nada de errado quanto a isso.
Poxa tadinhos deles cara
ResponderExcluireu continuo odiando o pai da Isa
ele é um mostro cara
ela tinha era q fugir de casa u.U
e o pai dela tem q morrer oxi kkkkkkkkkk
maisssssssss
@lightlrds
Nss tadinhos, nao vejo a hr deles se encontrarem de novo..
ResponderExcluir@HellenAraujooh
Ain todinhos ..... nossa que pai horrível esse da Isa, serio msm. Tomara que de tudo certo logo.
ResponderExcluirOou meu deus,não vejo a hora deles. se reencontrarem denovo *--*
ResponderExcluirGlycia
Bom pra mim ou ele vai fazer uma turnê em Boston , ou ela vai achar o número da Mari e vai ligar pra ela e Luan atende ou Luan acha o numero da casa dela e liga dai ela atende ouuuu a Mari fala onde ela tá
ResponderExcluircontttt
@_vick_brito
Aaaaaain tomara que eles se encontrem logo ><
ResponderExcluir-Stephanie-
Quantas vezes eu vou ter quer dizer que eu quero o pai da Isa, MORTO, entendeu? M.O.R.T.O u.u
ResponderExcluirAnsiosa para o reencontro deles, não demore muito, por favor.
@vemnemimluan