sábado, 24 de maio de 2014

Capítulo 33



1 ano depois...(Março de 2009)

Depois que Isabella foi embora, naquele táxi, chorando e acenando pra mim. Esperei que o mesmo saísse de minhas vistas e fui correndo pra casa, escutando os gritos dos meus pais, para que eu voltasse, em vão.
Me tranquei no meu quarto e me joguei na cama, chorando como nunca.
Chorei tanto, que pensei que minhas forças tinham ido junto com o rio de lágrimas que caíram dos meus olhos. Mas na verdade, minhas forças tinham ido dentro de um táxi, para um aeroporto e depois embarcaria para não sei onde.
Meus tios não me contaram para onde Isa estava indo e se contaram para meus pais, eles também preferiram, não me contar. E no meio de toda a confusão, me esqueci de perguntar a ela, pra onde estava indo. Com certeza, ela saberia.
Em um momento que parei para pensar nisso, minha cabeça doeu e eu me desesperei. Não poderia ir lhe buscar quando estivesse de maior, sem saber onde estaria.
Fui para sala, onde meus pais estavam, correndo. Só então percebi que já tinha anoitecido e eu tinha me trancado o dia todo no quarto. Minha mãe não interferiu e com certeza, a pedido do meu pai.
Perguntei a elas onde Isabella estava indo e eles disseram que não sabiam de nada, mas eu sabia que estavam mentindo. Se olhavam de um jeito estranho e principalmente minha mãe. Tinha um olhar culpado.
Comecei a chorar novamente e a me desesperar de novo, pedindo por tudo que era mais sagrado, para que me contassem onde ela estava. Até que me questionaram o porque daquilo e contei. Disse que iria lhe buscar, quando estivéssemos de maior.
E mais uma vez, fui questionado e julgado. Minha mãe, sempre muito calma comigo, tentava conversar comigo, que só sabia chorar. Ela dizia da forma mais carinhosa possível, que eu e Isabella não teríamos futuro juntos e que agora, já estávamos separados. Que ela teria que estudar pra um futuro melhor e que mesmo de maior, eu não poderia lhe interromper, lhe tirar daquele momento tão importante de sua vida.
Olhando daquela maneira, era verdade, mas ela mesma dizia que não estava ligando para aquilo, mas eu entendi, ninguém era capaz de entender que nos amávamos de verdade. Uma paixão verdadeira, que sentíamos falta do calor um do outro, que era necessidade um perto do outro. Que só porque tínhamos o mesmo DNA, aquilo podia acontecer. Ninguém manda no coração.
Voltei pro meu quarto, ainda mais revoltado e tomei um banho frio, para ver se tirava aquilo tudo do meu corpo, se me aliava de alguma maneira. Mas não teve jeito.
Fui dormir em meio ao meu choro, que depois de algum tempo, foi parando e o soluço, como conseqüência, vindo.
Naquele dia, completava meu aniversário de 18 anos, eu estava me tornando de maior. E ao contrário de todos, que estavam felizes e pensando que eu estava feliz, porque eu demonstrava aquilo só por fora. Mas meus pensamentos, estavam na minha garota, que estava do outro lado do mundo. Daquilo eu tinha certeza.
Mas ainda não sabia onde estava.
Eu tive que voltar a viver a vida quase normalmente. Chorei por alguns dias, me tranquei no quarto por quase um mês. Mas fui obrigado a voltar a minha rotina normal.
Minha mãe conversou comigo várias vezes, sempre dizendo a mesma coisa, mas eu fingia que entendia.
Meus tios ainda eram nossos vizinhos, mas estavam prestes a se mudarem.
Eu me sentia muito culpado, pelo fato de eles e meus pais, não se falarem mais. Minha mãe e tia Lílian, ainda conversavam, raramente, mas conversavam, mas a relação do meu pai com tio Alex, não estava nada boa. Eles falavam o necessário um com o outro. Um “bom dia”, por exemplo.
Foquei muito na minha carreira também, que começou a ter baixos como sempre e isso só ia tirando mais ainda minhas forças. Mas as palavras que Isabella me dizia sempre, vinham na minha mente. Ela não gostaria que eu parasse.
Quando finalmente conheci uma famosa dupla sertaneja, que me ofereceu o escritório deles, para me ajudarem e me deram uma música, que só podia ser minha. Me deram a palavra, que não deixariam mais ninguém gravar a música, para não “abafar” meu sucesso, que diziam eles, confiar bastante.
E assim gravei a música, com a cara e a coragem.
Mas não esperava o que me aguardava, o estouro que realmente iria acontecer.
Comecei a receber contratos para shows como nunca na minha vida. As pessoas começaram a cantar a minha música, começaram a colocar como toque de celular, começaram a saber o meu nome. As rádios não tocavam outra coisa.
E enfim, como nunca imaginei, estava conhecido pela metade do país, como o Luan Santana, que eu sempre sonhei ser.
E mais do que nunca, naquele momento, queria cumprir meu objetivo, de conseguir levar minha música para o país inteiro e faltava pouco para aquilo.
Viajava sem parar e estava muito feliz, mas bastava deitar a cabeça no travesseiro e Isa vir em minha mente. Todas as noites, até sonhava com ela, sonhos bons e outros muito ruins.
Mal cantamos parabéns no meu aniversário e já estávamos na estrada, para outro show.
Antes de ir, minha mãe me abraçou e sussurrou em meu ouvido uma verdade. Que só ela me conhecia o bastante para saber.
“Sei que não está feliz o bastante com tudo, sei que não está completo. Mas você vai achar alguém, não era pra ser com sua prima.”
Só era verdade a parte que eu não estava feliz o bastante e completo, porque sentia que era Isa a dona eterna do meu coração.
Às vezes eu acordava até meio surtado no hotel e queria de qualquer jeito saber onde ela estava. Ligava para meus avós, que me juravam que não sabia onde ela estava e eles sim, estavam falando a verdade. Da família inteira, só eles e Glória, a prima mais velha e chegada, que sabiam da “nossa história”.
Liguei para ela também, que até tentou falar com meus tios, mas tudo em vão, eles não falavam. Eu sentia que meus pais sabiam, mas com o passar do tempo, com o amadurecimento, eu entendia que eles só queriam o meu bem e com certeza, não queriam mais intrigas com os meus tios, então não me contavam.
Quando vi que já tinha dinheiro o suficiente com os vários shows que fazia no mês, já quis até alugar um jatinho e correr cada canto do mundo atrás dela.
Quando disse a minha “idéia” para meu empresário, ele me olhou assustado, disse que eu não poderia fazer aquilo, largar a carreira por dias.
Chorei, me desesperei, queria fazer alguma coisa.
Naquele mesmo dia, ele ligou para minha mãe assustado e explicou tudo que estava acontecendo e ela ficou preocupada e a ainda pra piorar, tive uma dor no peito horrível. O médico, que me atendeu no quarto, disse que era sistema nervoso. O que aliviou um pouco a todos, já que eu sentia dores no coração, braços e coluna.
Me passou um calmante e me receitou repouso. Resultado: Tive que cancelar os shows da semana inteira e voltei para minha casa.
Minha mãe se preocupava demais e me dava sem falta os remédios recomendados pelo médico. Ele dizia que eu poderia entrar em depressão e aquilo lhe desesperava.

*
Estava morando mesmo na república, que meu pai tinha arrumado. Confesso até que era um lugar bom, com pessoas legais e ao contrário do que pensei, a Dona Estela, que “cuidava” dos dez adolescentes, contando comigo, era quase uma mãe para todos nós. Ela pediu para que desabafasse, e assim eu sempre fazia com ela.
Mas com ordens dos meus pais, era obrigada a não me deixar sair, a não ser para minha escola, que ficava duas ruas depois da república.
Todos dali eram brasileiros, o que me aliviava bastante, já que só falava o bem básico do inglês.
Depois de um ano ali, aprendendo a falar inglês na marra, era desse jeito mesmo.
Era obrigada a decorar as palavras e nem tinha tempo de fazer um curso de inglês, já que minhas aulas eram o dia inteiro. Estava estudando muito e ainda tendo reforço nos finais de semana para a faculdade. Nunca imaginei que seria tão puxado. Já dormia vendo letras na minha frente. A única vantagem era que tinha uma tradutora na sala de aula, porque tinha bastante gente de outros países, mas que ao contrário de mim, sabiam tudo daquela língua. Mas por um lado era bom, já que a tradutora, ficava só comigo.
Meus pais já tinham comunicado a dona Estela, que eu sairia dali. Eles já tinham comprado uma casa na cidade e se mudariam.
Teve até uma festa de despedida pra mim, que gostei muito de todos, desde o inicio. Não tive indiferença com ninguém.
Meus pais mandaram um táxi me buscar e eu fui para a minha nova casa.
Era tão grande e bonita, que não acreditei quando vi. Em um dos lugares mais bonitos de Boston.
Minha mãe se emocionou, depois que me abraçou, afinal já fazia um ano que não nos víamos. Meu pai me abraçou também, mas de uma forma fria, que me partiu o coração. Seu olhar não era mais o mesmo de antes, sua fala comigo era indiferente. Aquilo partia o meu coração em mil pedaços.
Me dava uma vontade tão grande de saber de Luan, mas eu tinha muito medo de perguntar. Meu pai teria uma crise de novo. Então chorava no meu canto como sempre, sozinha e isolada, desabafava para eu mesma e me concentrava no estudo. Que ele mandava todos os dias, não podia fazer nada de errado quanto a isso.

7 comentários:

  1. Poxa tadinhos deles cara
    eu continuo odiando o pai da Isa
    ele é um mostro cara
    ela tinha era q fugir de casa u.U
    e o pai dela tem q morrer oxi kkkkkkkkkk
    maisssssssss
    @lightlrds

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  2. Nss tadinhos, nao vejo a hr deles se encontrarem de novo..
    @HellenAraujooh

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  3. Ain todinhos ..... nossa que pai horrível esse da Isa, serio msm. Tomara que de tudo certo logo.

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  4. Oou meu deus,não vejo a hora deles. se reencontrarem denovo *--*
    Glycia

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  5. Bom pra mim ou ele vai fazer uma turnê em Boston , ou ela vai achar o número da Mari e vai ligar pra ela e Luan atende ou Luan acha o numero da casa dela e liga dai ela atende ouuuu a Mari fala onde ela tá
    contttt
    @_vick_brito

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  6. Aaaaaain tomara que eles se encontrem logo ><
    -Stephanie-

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  7. Quantas vezes eu vou ter quer dizer que eu quero o pai da Isa, MORTO, entendeu? M.O.R.T.O u.u
    Ansiosa para o reencontro deles, não demore muito, por favor.
    @vemnemimluan

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