Capítulo 22

Voltamos a estudar e Luan “terminou” com Bianca, alegando que não tinha nada demais com ela.

Ficamos dentro da sala no recreio. Ele me puxou para seu colo e acariciava meu cabelo, estava tão fofo comigo.

- Então por isso me chutou, Luan ? – Ouvimos uma voz e olhamos para porta assustados. – Por essa ai? Que se diz sua prima?

- Olha, Bianca...Não fala assim com a Isa. A gente se gosta a um tempo.

- Não tão vendo que não tem como ficarem juntos?

- Tem como sim e vamos tentar! – Ele falava convicto.

- Pois uma péssima sorte. Vocês não podiam ter feito isso comigo!

- Isso o que, garota ? – Me manifestei. – Você que chegou depois e estragou tudo, se não fosse por você...

- Vocês já estariam namorando? – Ela ri irônica. – Tem certeza? Eu acho que isso nunca vai acontecer.

- Some daqui! – Eu disse baixo.

- Eu vou, mas isso não vai ficar assim.

- Você tá ameaçando a gente?

- (risos) Entenda como quiser! – Ela saiu, batendo a porta.

Bufei e encostei minha cabeça no ombro do Luan, me segurando para que aquelas palavras não me atingissem.

- Não vai acontecer nada, amor. Vamos resolver tudo!

- Tem certeza? – O olhei com receio.

- Eu juro que dou um jeito! – Ele me deu um beijo, como uma força.

E aquilo realmente me ajudou.

Fomos para casa de mãos dadas, e encontramos Gustavo pelo caminho.

Ele não tinha ido na escola naquele dia, ele não falou conosco e passou com a cabeça baixa.

- Tanta gente no nosso meio! – Eu bufei.

- Mas nós vamos resolver isso, vamos ser felizes, te dou minha palavra! – Ri.

Nos despedimos com um selinho rápido, olhando para os lados, para ter a certeza de que nossos pais não estavam por ali perto.

Me joguei na cama e dormir quase a tarde inteira, sonhando com ele sempre.

A semana se passou e cada dia que passava, mais certeza eu tinha que estava amando aquele garoto.

Estava saindo do banheiro, certo dia do colégio, quando “esbarraram” em mim e caiu suco de uva, na minha blusa branca.

Era Bianca, como sempre, ela estava disposta a me atormentar, mas só fazia coisinhas enjoadas, nada que tirasse o meu humor.

As vezes “esbarrava” em mim, já me acertou uma bolada na cabeça na aula de educação física, já molhou “sem querer” meu trabalho de aula, que graças a Deus, a professora viu tudo e me deixou fazer outro.

Mas eu sempre saia por cima, com um sorriso no rosto e principalmente quando estava com Luan, para lhe mostrar que ela não estragaria o meu dia, fazendo aquelas coisas.

Luan só viu a bolada que ela me deu e ficou muito bravo, a ponto de quase discuti com ela, mas eu o puxei para sala, não queria ele na diretoria.

Depois eu nem contei as outras coisinhas que ela andava me fazendo, ele iria lhe parar e eu realmente não queria aquilo.

Fomos para uma fazenda, de um amigo de nossos pais, em um final de semana.

Demos um jeito de irmos sozinhos para uma cachoeira linda, que ficava um pouco distante da enorme casa. Meus tios e meus pais, estavam felizes que tínhamos feito as pazes, depois de um ano.

Entramos naquela água fria, mas cristalina e relaxante. 

Luan se aproximou e me abraçou pela cintura, enquanto me encostava em uma enorme pedra.

- Tô doido pra assumir de uma vez que eu te amo! – Ele disse e eu sorri.

- Eu também...Mas não sei se é tão simples assim.

- Não é tão simples, mas nós vamos conseguir! – Acariciei sua bochecha, que formava uma covinha linda, por causa de seu sorriso gigante.

- Eu tenho fé nisso. Te amo tanto! – Coloquei meus braços em seu pescoço e o afundei em mim, com toda força.

- Só não me mata sem ar! – Ele riu, quando lhe soltei. – Eu também te amo muito. Sabe...Nunca pensei me apaixonar tão cedo assim.

- Eu também não.

- E ainda mais por minha prima. Sabia que eu já sinto que vamos ficar juntos pra sempre? Eu só me imagino casando com você, com outra eu não caso!

- (risos) Eu também me imagino no futuro com você, mas acho que um casamento, já é demais.

- Não quer se casar comigo ? – Ele fez drama.

- Seu bobo! Sabe que não é isso, só temos 16 anos.

- E não está bom? – Ele não me deixou responder e juntou seus lábios nos meus.

Começamos a ficar ofegantes com aquele beijo, que ficou quente.

Eu estava com vontade dele, como na primeira vez no ônibus, então fiz o que queria.

Deslizei minhas mãos até sua bermuda e a desabotoei.

Ele fez o mesmo com a parte de cima do meu biquíni e jogou os dois, em cima da pedra.
Não demorou nos tornarmos apenas um, pela segunda vez.