quarta-feira, 21 de maio de 2014

Capítulo 30


A semana se passou um pouco chata, eu e Luan nos encontrávamos poucos. Eu tinha medo de que meu pai desconfiasse de algo. Bianca tinha mudado de colégio, para nossa felicidade e a noticia no colégio, era que ela saiu quase que obrigada pelos pais.
Meu pai, passou a me levar no colégio e mandava minha mãe me buscar, que não era nada diferente dele, ela era dura também.
Acordei animada em uma certa manha, já que teria um festival na escola e não teria aula.
Meu pai me levou, como de costume e quando entrei, me juntei ao pessoal.
Brincamos muito naquele dia, Luan cantou para todos, teve varias coisas animadas na escola.
Terminamos aquela manhã comendo um belo cachorro quente, que deram de lanche, com refrigerante.
- Senta aqui, amor! – Luan estava sentado encostado na parede e com uma perna, de cada lado da cadeira, do refeitório.
Me aproximei com minha cadeira, com receio e ele puxou meu braço, me fazendo colocar a minha cadeira em sua frente e me sentar de costas para ele, que me abraçou por trás.
De primeiro fiquei com vergonha, mas logo me acostumei e quando terminei de comer, até me “deitei” por cima de sua barriga, que também já tinha terminado seu lanche.
- Hora da foto! – Amanda gritou e só deu tempo de tampar o rosto com as mãos.
- Para, Amanda! Eu to horrível! – Reclamei cruzando os braços e eles riram.
Luan posou seus braços, por cima dos meus e ficamos daquele jeito, até todos terminarem de comer e a diretora nos liberar para irmos embora.
Fomos correndo até o corredor dos banheiros, que estava vazio, a diretora já tinha nos liberado.
- Que saudade que eu tava de te beijar! – Nem deu tempo de responder e já senti os lábios gelados de Luan, nos meus.
Mas logo tivemos que voltar correndo para junto de Fernando, Amanda e Carla, que nos esperavam.
Eles estavam sendo grandes amigos, nos ajudavam muito nas escapadas principalmente.
Tive que sair rápido de perto do Luan, quando avistei minha mãe entrando pelo portão da escola.
Fui até ela correndo e sorridente.
- O que te deu? – Ela perguntou, enquanto andávamos.
- Nada. Hoje o dia foi legal na escola, não teve aula. – Fiz careta e ela riu convencida.
Naquele dia, deu tempo do meu pai almoçar conosco. Já que só almoçamos as 16hrs.
Em certo momento, ele disse que seu irmão andava comentando com ele, que eu tinha me afastado de Luan mais uma vez e eu fiquei quieta. Não queria mesmo tocar no assunto.
Bruninha foi até minha casa me mostrar às roupas novas que tinha comprado com sua mãe no shopping e reclamou porque eu não estava indo muito em sua casa. Suspirei.
- Só você vim aqui também. Vem quando quiser, Bruninha. – Meu pai dizia.
Ele até deixava eu ir lá, mas só com eles por perto, ou quando Luan não estava em casa.
Até isso, ele procurava saber.
Minha mãe fez um doce para nós e comemos quase tudo. Me diverti muito com minha prima, era impossível não me divertir.
Ela seria uma ótima moça e bonita também.
À noite, estava sem sono e resolvi ligar pro Luan.
Ficamos conversando por muito tempo, ele fazia graça, falava coisas sem noção, dizia que me amava sem parar e eu fui dormir com ele cantando pra mim, a meu pedido mesmo.
Nunca tive um sono com tanta paz, igual naquele dia.
Só ele tinha esse poder.
Mais dias se passaram e meu pai já tinha me liberado para ir sozinha para escola.
Já estava tudo normal de novo e eu estava completamente feliz com aquilo.
Mesmo com receio, eu e Luan voltamos a nos encontrar com freqüência novamente.
Em um domingo, fomos para um lugar deserto e ali, eu fui dele de novo e ele só meu.
Foi diferente naquele dia, mais intenso. Eu senti um calafrio enorme, durante o nosso momento, como se fosse a ultima vez.
Estávamos voltando do colégio de mãos dadas, na segunda feira, quando vi um carro parar bruscamente do nosso lado e meu pai sair de dentro dele.
Um choque tão grande percorreu pelo meu corpo, que eu travei e Luan, não tinha nenhuma expressão no  rosto, nem medo ele demonstrava, mas eu estava e não era pouco.
- O que significa isso? – A voz dele já estava alterada.
Dei graças a Deus, por aquela rua ser completamente deserta e até as casas serem afastadas dali.
- Pai...
- O que eu avisei, Isabella?
- Tio...
- Você vem comigo agora! – Ele me puxou pelo braço com tanta força, que por um momento, eu pensei que tinha deslocado.  – E você...- Ele apontou para o Luan. – Vai para casa.- Ele me jogou, praticamente dentro do carro e saiu cantando pneu.
Não falou nada durante o trajeto inteiro e aquilo me deixava ainda mais assustada.
Olhava sua expressão, que era séria, fria, com raiva, eu nem sabia decifrar.
Quando chegamos em casa, eu abri a porta na frente, minha mãe via tv.
- O que foi, Alex? – Ela perguntou se levantando.
Lágrimas já brotavam dos meus olhos.
- A sua filha, Lílian. Sabe onde eu a encontrei? Vindo da escola de mãos dadas com o Luan.
- É verdade, Isabella?
- Mãe...
- Nós te demos um voto de confiança. – Minha mãe dizia, decepcionada.
- Voto de confiança, que nunca mais iremos dar! – Meu pai falou.
- Me entendam, por favor! Eu amo o Luan.
- NUNCA MAIS REPITA ISSO! SOBE PRO SEU QUARTO! – Subi pro quarto e ele foi atrás, poucos segundos depois.
Ali aconteceu o que eu menos esperava.
Eu podia esperar tudo do meu pai, até que ele me colocasse para fora de casa, mas menos aquilo.
Levei uma surra, que eu só via em novelas. Ele nunca tinha me encostado um dedo, nem ele, nem minha mãe. Nunca imaginei.
Me batia com seu cinto, que era grosso e de couro. A fivela me machucava ainda mais e eu tinha certeza, que marcas, não me faltariam.
- Você está de castigo, sem data pra terminar. Eu vou voltar a te levar pra escola e sua mãe, a te buscar. Não quero você com isso... – Ele pegou meu celular. – Nem com isso...- Ele arrancou o cabo do meu computador. – E nem isso... – Arrancou o cabo da tv.
Saiu batendo a porta e eu fiquei ali, jogada naquela cama, com marcas pelo corpo e completamente acabada.
Eu iria ser uma prisioneira, eu não podia mais fazer nada e com toda certeza, os pais do Luan iriam ficar sabendo daquilo tudo.
Mas diferente dos meus, tenho certeza que só conversariam com o Luan.
Fui dormir de tanto chorar, meu corpo pesou, de tanto que apanhei.
Foi horrível, péssimo, um pesadelo.

8 comentários:

  1. Nossa o.O esse pai ein ? desnaturado
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    @_vick_brito

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  2. Nossa :( acho que..chorei tadinha da Isa ;'(
    -Stephanie-

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  3. Tatinha dela, alias deles, afinal se amam e nem podem ficar juntos ..
    @HellenAraujooh

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  4. Tenho que confessar que chorei... Meu Deus, q pai chato esse da Isa :/
    @vemnemimluan

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  5. Caramba..que tenso! Queria que o tempo passase rápido pra eles resolverem isso.! Eles tem que ficar juntos!
    Glycia

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  6. nossa que capitulo tenso, esse pai da isa é bem mais duro que nada, tomara que eles resolvam isso logo.
    continuaaa?
    bjos

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