A semana se passou um pouco
chata, eu e Luan nos encontrávamos poucos. Eu tinha medo de que meu pai
desconfiasse de algo. Bianca tinha mudado de colégio, para nossa felicidade e a
noticia no colégio, era que ela saiu quase que obrigada pelos pais.
Meu pai, passou a me levar no
colégio e mandava minha mãe me buscar, que não era nada diferente dele, ela era
dura também.
Acordei animada em uma certa
manha, já que teria um festival na escola e não teria aula.
Meu pai me levou, como de
costume e quando entrei, me juntei ao pessoal.
Brincamos muito naquele dia,
Luan cantou para todos, teve varias coisas animadas na escola.
Terminamos aquela manhã
comendo um belo cachorro quente, que deram de lanche, com refrigerante.
- Senta aqui, amor! – Luan
estava sentado encostado na parede e com uma perna, de cada lado da cadeira, do
refeitório.
Me aproximei com minha
cadeira, com receio e ele puxou meu braço, me fazendo colocar a minha cadeira
em sua frente e me sentar de costas para ele, que me abraçou por trás.
De primeiro fiquei com
vergonha, mas logo me acostumei e quando terminei de comer, até me “deitei” por
cima de sua barriga, que também já tinha terminado seu lanche.
- Hora da foto! – Amanda
gritou e só deu tempo de tampar o rosto com as mãos.
- Para, Amanda! Eu to
horrível! – Reclamei cruzando os braços e eles riram.
Luan posou seus braços, por
cima dos meus e ficamos daquele jeito, até todos terminarem de comer e a
diretora nos liberar para irmos embora.
Fomos correndo até o corredor
dos banheiros, que estava vazio, a diretora já tinha nos liberado.
- Que saudade que eu tava de
te beijar! – Nem deu tempo de responder e já senti os lábios gelados de Luan,
nos meus.
Mas logo tivemos que voltar
correndo para junto de Fernando, Amanda e Carla, que nos esperavam.
Eles estavam sendo grandes
amigos, nos ajudavam muito nas escapadas principalmente.
Tive que sair rápido de perto
do Luan, quando avistei minha mãe entrando pelo portão da escola.
Fui até ela correndo e
sorridente.
- O que te deu? – Ela
perguntou, enquanto andávamos.
- Nada. Hoje o dia foi legal
na escola, não teve aula. – Fiz careta e ela riu convencida.
Naquele dia, deu tempo do meu
pai almoçar conosco. Já que só almoçamos as 16hrs.
Em certo momento, ele disse
que seu irmão andava comentando com ele, que eu tinha me afastado de Luan mais
uma vez e eu fiquei quieta. Não queria mesmo tocar no assunto.
Bruninha foi até minha casa
me mostrar às roupas novas que tinha comprado com sua mãe no shopping e
reclamou porque eu não estava indo muito em sua casa. Suspirei.
- Só você vim aqui também.
Vem quando quiser, Bruninha. – Meu pai dizia.
Ele até deixava eu ir lá, mas
só com eles por perto, ou quando Luan não estava em casa.
Até isso, ele procurava
saber.
Minha mãe fez um doce para
nós e comemos quase tudo. Me diverti muito com minha prima, era impossível não
me divertir.
Ela seria uma ótima moça e
bonita também.
À noite, estava sem sono e
resolvi ligar pro Luan.
Ficamos conversando por muito
tempo, ele fazia graça, falava coisas sem noção, dizia que me amava sem parar e
eu fui dormir com ele cantando pra mim, a meu pedido mesmo.
Nunca tive um sono com tanta
paz, igual naquele dia.
Só ele tinha esse poder.
Mais dias se passaram e meu
pai já tinha me liberado para ir sozinha para escola.
Já estava tudo normal de novo
e eu estava completamente feliz com aquilo.
Mesmo com receio, eu e Luan
voltamos a nos encontrar com freqüência novamente.
Em um domingo, fomos para um
lugar deserto e ali, eu fui dele de novo e ele só meu.
Foi diferente naquele dia,
mais intenso. Eu senti um calafrio enorme, durante o nosso momento, como se fosse
a ultima vez.
Estávamos voltando do colégio
de mãos dadas, na segunda feira, quando vi um carro parar bruscamente do nosso
lado e meu pai sair de dentro dele.
Um choque tão grande
percorreu pelo meu corpo, que eu travei e Luan, não tinha nenhuma expressão
no rosto, nem medo ele demonstrava, mas
eu estava e não era pouco.
- O que significa isso? – A
voz dele já estava alterada.
Dei graças a Deus, por aquela
rua ser completamente deserta e até as casas serem afastadas dali.
- Pai...
- O que eu avisei, Isabella?
- Tio...
- Você vem comigo agora! –
Ele me puxou pelo braço com tanta força, que por um momento, eu pensei que
tinha deslocado. – E você...- Ele
apontou para o Luan. – Vai para casa.- Ele me jogou, praticamente dentro do carro
e saiu cantando pneu.
Não falou nada durante o
trajeto inteiro e aquilo me deixava ainda mais assustada.
Olhava sua expressão, que era
séria, fria, com raiva, eu nem sabia decifrar.
Quando chegamos em casa, eu
abri a porta na frente, minha mãe via tv.
- O que foi, Alex? – Ela
perguntou se levantando.
Lágrimas já brotavam dos meus
olhos.
- A sua filha, Lílian. Sabe
onde eu a encontrei? Vindo da escola de mãos dadas com o Luan.
- É verdade, Isabella?
- Mãe...
- Nós te demos um voto de
confiança. – Minha mãe dizia, decepcionada.
- Voto de confiança, que
nunca mais iremos dar! – Meu pai falou.
- Me entendam, por favor! Eu
amo o Luan.
- NUNCA MAIS REPITA ISSO!
SOBE PRO SEU QUARTO! – Subi pro quarto e ele foi atrás, poucos segundos depois.
Ali aconteceu o que eu menos esperava.
Eu podia esperar tudo do meu
pai, até que ele me colocasse para fora de casa, mas menos aquilo.
Levei uma surra, que eu só
via em novelas. Ele nunca tinha me encostado um dedo, nem ele, nem minha mãe. Nunca
imaginei.
Me batia com seu cinto, que
era grosso e de couro. A fivela me machucava ainda mais e eu tinha certeza, que
marcas, não me faltariam.
- Você está de castigo, sem
data pra terminar. Eu vou voltar a te levar pra escola e sua mãe, a te buscar.
Não quero você com isso... – Ele pegou meu celular. – Nem com isso...- Ele
arrancou o cabo do meu computador. – E nem isso... – Arrancou o cabo da tv.
Saiu batendo a porta e eu
fiquei ali, jogada naquela cama, com marcas pelo corpo e completamente acabada.
Eu iria ser uma prisioneira,
eu não podia mais fazer nada e com toda certeza, os pais do Luan iriam ficar
sabendo daquilo tudo.
Mas diferente dos meus, tenho
certeza que só conversariam com o Luan.
Fui dormir de tanto chorar,
meu corpo pesou, de tanto que apanhei.
Foi horrível, péssimo, um
pesadelo.
Nossa o.O esse pai ein ? desnaturado
ResponderExcluircont
@_vick_brito
Nossa. Chorei. Posta mais por favor.
ResponderExcluirNossa :( acho que..chorei tadinha da Isa ;'(
ResponderExcluir-Stephanie-
Tatinha dela, alias deles, afinal se amam e nem podem ficar juntos ..
ResponderExcluir@HellenAraujooh
Tenho que confessar que chorei... Meu Deus, q pai chato esse da Isa :/
ResponderExcluir@vemnemimluan
Caramba..que tenso! Queria que o tempo passase rápido pra eles resolverem isso.! Eles tem que ficar juntos!
ResponderExcluirGlycia
nossa que capitulo tenso, esse pai da isa é bem mais duro que nada, tomara que eles resolvam isso logo.
ResponderExcluircontinuaaa?
bjos
Choreei ... # Enfim tô amando
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