Capítulo 86

Fomos ao aniversário de Glória na chácara e toda familía ficou muito feliz, quando Luan falou da minha gravidez pessoalmente, confesso que estava com um pouco de medo de acharem ruim.

No 4° mês da minha gestação, achei que a minha barriga esticou com tudo e sem avisos. Já não sentia mais tantos enjôos, mas as dores nas costas aumentavam por conta da minha barriga e dos meus seios, que só cresciam.

Fomos a tão esperada consulta, onde talvez, veríamos o sexo e Luan estava animado. Ele estava indo em todas as consultas e falava que não pretendia faltar nenhuma.

- Você diminuiu os shows, não foi? – Eu comentei, enquanto íamos para o consultório.

- Diminui, mas eu pretendia  fazer isso a séculos e nunca fazia, agora com três filhos não tem jeito! – Nós rimos.

Comecei a fazer a ultrassom e Juliane fez suspense pra dizer o sexo do bebe, o que deixava Luan agoniado.

- Não tá dando pra ver, doutora? – Ele roía as unhas.

- Calma! Ele está na posição certa!

- Graças a Deus! – Ri.

- É um menino, papai!

- Hã? Menino? Espera, eu já tinha me conformado em só ter filha mulher! – Eu ria dele.

- Seu menino, que você tanto queria, amor. Ou você acha que eu não sabia que esse seu terceiro filho que tanto queria, era o tão esperado menino? – Ele riu.

- Pois é, eu confesso! Nem acredito! – Ele me abraçou e me deu um selinho rápido.

Saímos do consultório felizes e Luan fez questão depois de ter contado para seus pais, de ligar o celular e contar para os fãs.

- Amor, eu vou na central, mas é rápido tá? – Luan me dizia.

- Tá bom, amor. Não tem problema!

- Tem certeza? – Assenti sorrindo.

- Fica com a Bruna, que eu já volto. – Ele me deu um beijo longo, com uma mão em minha nuca e eu outra na minha barriga.

Senti uma coisa estranha e Luan parou de me beijar bruscamente, o olhei assustada, mas depois entendi tudo.

- Mexeu, amor! – Ele disse antes que eu falasse algo.

- Mexeu! – Concordei sorrindo!

- Ah nem acredito! MÃE, MEU FILHO MEXEU! – Ele gritou, me fazendo rir e seus pais, apareceram na sala, logo depois Bruna, com as meninas, que estavam brincando na aérea de fora.

- É sério, pi?

- É! – Ele sorria tão lindo, que me dava vontade de aperta suas bochechas.

Todos se aproximaram e colocaram suas mãos em minha barriga e como em um passe de mágica, o bebê começou a se mexer de novo, mais que dá outra vez, nos fazendo sorrir.

Depois de muita babação na minha barriga, que só se mexia, Luan foi para central de fãs com seu pai.

- Vamos no shopping comprar algumas coisas? – Bruna disse e eu me levantei animada.

- Vamos! – Falamos com minha tia e ela não quis ir.

- Vamos sim, tia!

- Podem ir, minha filha. Vou ficar com as meninas. – Concordamos e fomos fazer compras pro meu bebê.

- E o nome? Nada, né? – Bruna me perguntou, assim que chagamos, enquanto andávamos.

- O Luan está tão animado com tudo, que esqueceu desse pequeno detalhe e essa animação dele me contagia e eu também esqueço. – Fiz careta.

- (risos) Imagino! – Compramos tantas coisas pro meu filho, que eu já estava pensando que não precisaria fazer compras para ele até completar um ano.

Luan me ligou, no meio de nossas compras.

- Só não compra os móveis do quarto! – Ele disse rápido.

- Por que, amor?

- Uai, eu quero tá junto, muié!

- (risos) Tudo bem, meu amor!

- Quero escolher tudo bonitinho pro meu filhote. Agora eu tenho que desligar, meu amor, até daqui a pouco! – Nos despedimos e eu voltei as compras com Bruna e como Luan havia pedido, não compramos nada do quartinho.

Encontrei Luan já em casa naquele dia, comemos e eu fui a primeira a dormir, morrendo de cansaço e deixando Luan com nossas filhas brincando.

Acordei no outro dia completamente mal, parecia estar um pouco gripada, mas o tempo estava ótimo e só acontecia aquilo comigo com o tempo ruim.

Como era segunda feira, liguei pro hospital e expliquei minha situação pro diretor que entendeu e me deixou ficar em casa.

Me deitei no sofá enrolada em um edredom e cochilei.

*

Acordei e não vi Isabella na cama e pensei que teria ido trabalhar, mas quando desci as escadas, a vi deitada no sofá.

Coloquei a mão em sua testa e ela acordou.

- Você tá bem, amor? – Falei preocupado.

- Acho que to um pouco gripada. – Ela falava com voz fanha.

- Deve mesmo! – Fiz careta. – Quer que eu pegue aquele remédio? – Ela assentiu e eu beijei sua testa, antes de ir pegar seu remédio.

Isabella dormiu de novo e eu fui pedir para a empregada fazer o que eu queria comer no almoço.

As meninas acordaram e nós fomos tomar café da manhã, enquanto Isabella ainda dormia.

Fomos para sala e ela acordou espirrando, estava acreditando que aquilo era realmente uma gripe, até ela olhar pra mim e eu ver seu nariz sangrando.

- Amor, seu nariz! – Me levantei desesperado.

Ela colocou sua mão, que ficou vermelha.

- Calma, Luan!

- Calma, nada! – Peguei meu celular rápido e disquei os números de Juliane. – Tá sentindo alguma coisa? – Ela negou.

Olhei Nathalia que me olhava assustada e respirei fundo, tentando não ficar mais nervoso perto delas.

- O que foi, mamãe? – Ela se levantou de onde estava e foi para perto de Isabella.

- Tá tudo bem, filha! – Ela sorriu para filha, que ainda continuava séria.

Enfim Juliane atendeu seu celular.

- Juliane!

 - Aconteceu alguma coisa, Luan?

 - Isabella não acordou muito bem...

- Me diz o que ela tem.

- Ela disse que parecia estar gripada... – Parei pra ouvir o que Isabella me dizia. – Porque está com dor no corpo e o nariz entupido. – Terminei.

- Entendi...

- Ela conseguiu dormir de novo e acordou agora espirrando, mas com o nariz sangrando.

- Olha, calma tá? É tudo normal!

- Sério?

- É sim, o quarto mês é assim, fica tranqüilo e não deixa ela nervosa. É tudo normal!

Fez bem em me ligar! Tudo que ela sentir você me liga que quando não for normal, aí sim a gente vai pro hospital, mas se Deus quiser isso não vai acontecer!

- Amém! – Respirei aliviado.

- Ela não tá sentindo dor na barriga, está?

- Não...

- Ótimo, então!

- Obrigado, doutora!

- O que é isso! – Nos despedimos.

- Aí, amor, é tudo normal graças a Deus! – Me joguei no sofá aliviado.

- Não falei pra ter calma? – Ela riu fraco.

- Vamos lá em cima pra eu limpar seu nariz...

- Vai me tratar igual criança agora? – Ela brincou.

- Vou e melhor, vou te dar um banho! – Ela sorriu e eu a peguei no colo. – Fica aqui cuidando da sua irmã, filha, a Maria tá na cozinha. – Falei com Nathalia, antes de subir as escadas com Isabella.

Fiz tudo que prometi a ela e ainda penteei seus cabelos depois do banho.

Descemos e enfim, ela pode almoçar, já que depois do remédio que ela tinha tomado antes de voltar a dormir, indicado pela doutora, tinha aliviado bastante.