Capítulo 85

2° mês de gestação, eu já fazia o pré natal e já estava mais que ansiosa pela chegada daquela criança. Parece que ao contrário das minhas outras gravidez, eu estava curtindo mais aquela, estava menos tensa e nervosa. Resolvi que curtiria mesmo, porque era a minha primeira gravidez “em paz” sem preocupação com nada.

Minha barriga nem dava sinal ainda, mas já estava bem mais dura que de costume.

Parecia também que a minha ficha começava a cair, em fim, de que eu estava grávida do meu terceiro filho, parecia mentira.

Comecei a ter muitos enjôos e parecia que eu iria ter muito leite, já que meus seios cresciam sem parar, a ponto de me deixar assustada.

Fui em uma consulta com minha médica obstetra, Juliane, que era um amor, novata no hospital, mas uma ótima médica e amiga.

Luan me acompanhou e lá fizemos uma ultrassom. A doutora explicava cada detalhe ao Luan, que ouvia atento.

Eu já sabia quase aquilo tudo, mas preferia que ela explicasse pra ele. A partir daquele momento, nosso bebê estava deixando de ser um embrião para se tornar um feto. Uma fase muito importante, que exigiria cuidados de nossa parte.

Mesmo já tendo participado da gravidez de Luna, Luan ainda tinha muitas dúvidas e tentava sempre ser perfeito em tudo.

- Então, essa é a pior parte, não é doutora? Que corre um risco grande de perder o bebê?

- Isso mesmo, Luan! Mas fica tranqüilo, porque a saúde da Isabella está ótimo, está tudo ótimo com ela! – Juliane sorria.

- Mesmo assim tem que tomar cuidado.

- Eita, homem! Nem parece que já é pai! – Fale rindo e ela me acompanhou.

- Amor, cuidado nunca é demais! – Ele me olhou.

- Isso é verdade, dona Isabella. Obedeça seu marido! – Rimos.

Saímos dali e no carro Luan me dava muitas recomendações, já que no outro dia teria que viajar.

Comemos junto com as meninas e brincamos com elas também. Fomos dormir um pouco cedo e na cama, eu e ele conversávamos.

- Essa é a primeira gravidez que eu respiro aliviada! – Sorri, enquanto ele fazia carinho em meu cabelo. O vi sorrindo também.

- Pois é, na primeira eu não estava, mas acho que sentia, já que vivia angustiado pelos cantos e na da Luna, foi aquela agonia de encontrar Nathalia.

- Mas graças a Deus deu tudo certo! – Apertei sua mão, que estava entrelaçada na minha.

- Graças a Deus! – Ele repetiu. – Agora vamos respirar com calma, curtir mais seu barrigão, o bebezinho... – Ri.

Dormimos abraços e felizes com tudo aquilo que acontecia.

3° mês de gestação, Fomos a uma consulta e mais uma ultrassom.

- Olha ali os bracinhos dobradinhos! – Juliane nos mostrava.

- Que lindo, cara! – Eu olhava para tela e para Luan sorrindo. – Mas doutora, ainda não dá pra ver o sexo? – Ela negou, enquanto limpava minha barriga. – E eu não senti ele se mexer ainda...

- Calma, Luan. Tem bebês que ainda não se mexem no 3° mês, acho que no próximo já vai.

- É normal isso? – Ele a olhava preocupado.

- É sim, fica tranqüilo! – Ela sorria divertida, com tantas perguntas e a preocupação visível em sua face. – Que papai interessado, mamãe! – Ela me dizia.

- E não é? Quer saber mais que eu...

- Você não vale, amor. Já deve saber tudo isso ai! – Ele falou, nos fazendo rir.

Depois de estarmos voltando para casa e Juliane ter me liberado a fazer exercícios leves, Luan foi reclamando no carro até em casa, por eu ter gostado da idéia e resolvi querer praticar mesmo.

- Amor, vai fazer bem pra mim! – Eu tentava colocar aquilo em sua cabeça, enquanto sua cara continuava emburrada.

- É sério, Isabella. Fica quietinha em casa! – Ele suspirou.

- Só faço uma caminhadinha, então?

- Só uma caminhada pelo condomínio, de meia hora? – Ele me olhou, quando o sinal parou.

- Tá, pode ser! – Revirei os olhos.

- Então está bem ! – Ele sorriu e eu fiz o mesmo.

- Você é um bobo!

- Só tenho medo de você pegar pesado e fazer mal a você e ao nosso bebê. – Ele colocou sua mão em minha perna.

- Claro que não, meu amor! Nunca faria isso! – Beijei seu rosto.

- Mas é melhor só caminhar mesmo! – Ri, assentindo.

Fomos para casa de seus pais, já que nossas filhas estavam lá. Luan ligou para Arleyde, Fábio e Rober, para almoçarem conosco.

Depois do almoço, eles tocaram em um assunto, que eu confesso que tinha esquecido.

- Quando você vai anunciar a gravidez da Isabella, Luan?

- Nossa, eu tinha esquecido! – Luan me olhou, assenti concordando.

- Conta agora de uma vez! – Fábio pegou seu notbook e entregou a Luan.

- Melhor, né? – Ele entrou em sua rede social.

E escreveu rápido, foi bem objetivo.

“ Amores, vocês não tem noção do quanto eu to feliz. Isabella ta grávida de novo e eu to morrendo de felicidade por ter meu terceiro filho(a). o///”

- Vou postar outra coisa! – Ele me olhou e parou pra pensar um pouco. Fiquei sem entender ele começou.

“ Sei que ainda estão confusos com o fato de eu ainda não ter dado nenhuma explicação aqui sobre a Nathalia, mas eu ainda não estava preparado, me perdoem? Depois de tanto tempo disso tudo, aqui estou eu.

Dei uma entrevista a uma revista e decidi deixar daquele jeito mesmo, realmente eu não queria mais tocar nesse assunto, aconteceu tanta coisa ruim, mas graças a Deus já está tudo bem! O que importa é que estamos com nossa filha, não é?

E esqueçam cada fofoca que sai com especulação de quem pegou nossa filha, eu não vou dizer, não precisa! Volto a repetir, que o importante é o agora, minha família reunida e vocês do meu lado todo esse tempo! Amo vocês ♥”

- Fez muito bem, Luan! – Arleyde disse antes de mim.

- Também achei, amor. Agora esse assunto morre de vez! – Sorri e ele também.

Realmente não tinha postado nada sobre aquele assunto, ele não se sentia a vontade com aquilo, nem eu, nem os pais dele, nem a irmã, enfim, queríamos esquecer aquilo tudo e Luan só deu uma entrevista pra falar pra todos e deixou o assunto correr solto. O que gerava uma fofoca mais absurda que a outra.

Arleyde foi embora e os meninos resolveram ficar e resolveram fazer um churrasco de ultima hora também.

Ficamos o dia todo, comendo, mesmo depois do almoço e conversando. O dia tava lindo e aproveitamos a piscina da casa dos pais do Luan também.

Bruna chegou com suas amigas e também se juntaram a nós, nos ajudando com minhas filhas, que não gostavam de jeito nenhum de colocar bóia e tinha que ficar no colo, já que a piscina era muito grande e funda.

- Semana que vem é aniversário da Gogó, Isa. O Luan te disse? – Bruna falou.

- Não! O Luan é tão esquecido. – Disse e ela fez careta.

- Conheço bem! Então, vai ser na chácara.

- Que ótimo! Tava morrendo de vontade de ir pra lá mesmo!

- Eu também, faz tempo que a gente não vai lá né? – Assenti.

Ele nos interrompeu me abraçando por trás e beijando meu pescoço.

- Então depois eu te conto, amiga! – Bruna fez graça.

- Como você é boba, Bruna! – Luan a olhou negando, enquanto eu ria.

- Também te amo, Pi! – Ela jogou beijo no ar e sai com Luna no colo, pra perto de Rober, que estava com Nathalia.

Aproveitamos bem aquele dia e no finalzinho da tarde, que saímos da piscina, não queria que o sol acabasse naquele dia, de tão bom que estava.