- Sério ? Você tá diferente, pelas fotos
que vejo. – Ele estreitou os olhos, parecendo me reparar melhor.
- É...Você também. Só o cabelo que
continua grande. – Tentei brincar e ri no final.
- É sério isso, Isabella? – Ele ainda não
estava creditando.
- É sério. Me diz, onde você mora?
- A duas ruas daqui, por que?
- Eu também. Perto de onde?
- De uma praça grande. A maior da cidade
eu acho.
- Nossa! Eu também, em uma casa amarela.
- Amarela ? Tem uma em frente a minha...
- Então eu vou com você e veremos, ta bem
? – Ri.
- Tá...Então vamos.
- Eu moro pro outro lado, Isa. Nos vemos
amanhã, tá ? – Amanda falou e eu assenti.
Meu pegou de surpresa com um abraço, que
me fez ri. Acho que aquela amizade era verdadeira mesmo e já estava triste, só
de pensar em me apegar muito a ela e depois ter que ir embora. Mal chegava na
cidade e já pensava na partida, porque era sempre assim.
- Tchau, amor! – A tal da Carla, deu um
selinho no Luan e acenou pra mim.
Parecia ser bem simpática, sorri pra ela.
Fomos caminhando em silêncio e não demorou
muito para chegarmos em frente a minha casa.
- É aqui que eu moro.
- Sério ? Eu moro aqui. – Ele apontou para
uma casa azul, em frente a minha e eu sorri.
- Meu pai vai gostar muito de saber, assim
como no passado.
- O tio Alex ? – Ele ainda não acreditava
muito e eu assenti.
- Agora não deve ter ninguém em casa,
minha mãe disse que iria ao mercado.
- Quer ir lá em casa então?
- Espera um pouco. – Fui correndo até a
porta e a abri com minha chave reserva.
Joguei minha mochila ali dentro e voltei
correndo. – Vamos. –
Só atravessamos aquela rua calma, que
quase não passava carros e já estávamos em frente à casa do meu primo.
Ele entrou gritando sua mãe, que logo
apareceu, junto de uma garotinha bem menor que nós, que sorria. Era bonita e parecia
bastante comigo, quando menor, eu achei.
- Quem é sua amiga nova, meu amor? – Tia
Marizete disse e eu sorri pra ela.
- Sou eu, tia Lizete. A Isabella! – Me
aproximei e vi sua expressão assustada.
Era assim que eu a chamava quando pequena
e dizia meu tio Amarildo, que suas outras sobrinhas também a chamavam daquele
jeito.
Meu pai e ele tinham um irmão dois anos
mais velho que os dois, que eu nunca conheci. Eram só os três. Mas cresci
sabendo de todos da família, meu pai me contava os nomes e sobre cada um e me
prometia que um dia eu conheceria todos.
- Meu Deus...Isabella ? – Ela me abraçou
forte e eu retribui do mesmo jeito. – Vamos pra cozinha, estou fazendo o almoço
ainda. – E assim seguimos para outra parte da casa.
Nos sentamos a mesa, enquanto minha tia,
via as panelas. – Como encontrou Luan, minha filha? E seus pais?
- (risos) Estudamos na mesma escola, tia e
eu ouvi a professora dizendo o nome completo dele e fui perguntar.
- Nossa! Muita coincidência !
- Muita mesmo! Meu pai vai ficar muito feliz
de voltar a ser vizinho de vocês de novo.
- Também estamos felizes. Você está linda!
– Ela me olhou e sorriu.
- A senhora que continua linda como a ...
Dez anos atrás.
- (risos) Imagina! Cadê sua mãe?
- Está no mercado e meu pai só chega no
final da tarde, como sempre. – Ri.
- Entendi, Amarildo também só chega tarde.
Olha a Bruna ai, que você pegava tanto no colo. – Olhei a menininha tímida do
meu lado, que escondeu o rosto no braço de Luan, que riu.
- Sério? Nossa! Eu pensei que ainda ia
pegar ela no colo. – Brinquei e eles riram, inclusive ela.
- Eu cresci! – Finalmente ela disse.
- (risos) Eu percebi. Tenho muitas fotos
sua, você quer ver?
- Quero !
- Quando minha mãe voltar, eu peço para
ela pegar. – Sorri e ela também.
- Você é minha prima?
- Sou sim. – Tia Lizete riu.
Almocei lá mesmo e depois Luan disse que
iria trocar de roupa, para irmos a minha casa.
Chamei Bruninha também, que foi conosco.
Iríamos fazer uma surpresa para minha mãe e depois levá-la até minha tia.
- Mãe! – Entrei gritando e ela apareceu.
- Que escândalo, Isabella ! – Ela disse,
me fazendo ri.
Ficou olhando para Luan e do jeito que
minha mãe era observadora, iria o reconhecer na hora.- Parece o...
- Luan? – Eu a interrompi e ela me olhou,
estreitando os olhos.
- Tudo bem, tia Lili ? A senhora não mudou
nada. – E só com essa frase, minha mãe quase morreu de felicidade. Abraçou Luan
tão forte, que eu acho que seus ossos quase quebraram.
- Não vai me dizer que essa princesa é a
Bruna? – Ela assentiu com a cabeça e minha mãe a abraçou também, a tirando do
chão.
- (risos) Mãe, eles são nossos vizinhos de
novo. Luan estuda comigo!
- É sério isso? – Ela olhou para ele, que
assentiu. – Como você cresceu, garoto. Está do meu tamanho.
- (risos) Ainda vou crescer mais, tia.
- Quase não te reconheci com esse
aparelho. O cabelo ajudou.
- A Isabella disse o mesmo! – Ele disse,
me fazendo ri. – Ela está igual, só colocou aparelho também.
- Vocês estão crescendo, crianças. Cadê
seus pais, Luan?
- Minha mãe que está em casa, vamos lá ?
Meu pai está no banco. – E assim, voltamos para casa do Luan.
Minha mãe e minha tia, quase morreram de
felicidade, não paravam de conversar um minuto, nos fazendo ri.
- Vamos na sala? – Luan disse e eu
assenti. Bruna foi conosco. – Sabe jogar? – Ele apontou para seu vídeo game.
- Acho que é o que eu mais faço na vida.
- (risos) Então vamos. – Começamos a jogar
e depois de várias partidas, enjoamos.
- Acho que elas tem assunto até semana que
vem. – Deitei um pouco no sofá e Luan riu.
- Também acho...Meu pai deve tá chegando.
– Ele olhou em seu relógio.
Ficamos em silêncio por algum tempo, até
que ele quebrou ele. – Eu me lembro da gente na escola. Eu sempre ia ver se
você estava com fome, se tinham te machucado...
- (risos) Me lembro disso também e minha
mãe sempre conta.
- A minha também...Você faz aniversário no
mesmo mês e ano que eu, não é?
- Faço...Eu me lembrou também do Natal que
tivemos e você ganhou seu violão.
- Nossa! Você se lembra? Dia inesquecível
pra mim.
- Você ainda gosta de tocar?
- Amo cantar e tocar. E ainda tenho aquele
violãozinho.
- Sério? Nossa!
- Vou guardar ele pra sempre. Meu sonho é
ser cantor! – E mais uma vez, o silêncio reinou naquele lugar.
- Você vai conseguir. Tá no seu sangue. –
Eu o quebrei e ele me olhou.
- Deus te ouça! – Sorriu e eu também.
- Uma pessoa que canta antes mesmo de
falar, com certeza o futuro não será outro, a não ser cantar e cantar.
- (risos) Você se lembra mesmo ?
- Claro que sim! Pega o violão pra cantar
pra mim? – Ele levantou sorrindo do sofá.
- Como antes?
- Como antes! – Confirmei e ele subiu as
escadas correndo.
Fiquei conversando com Bruna, que logo se
soltou e não parou mais de falar. Com seus dez anos, era bem esperta e me
contava até os “podres” do irmão, dizia ela, que brigavam um pouco.
Luan voltou e começou a tocar e a cantar,
até uma composição sua, ele me mostrou. Fiquei impressionada com a letra e mais
ainda, quando soube que tinha feito a música na idade de Bruna, dez anos.
Ahhhhhh. Que sabado chegue logo pra mim ler o proximo.
ResponderExcluiraaaain simplesmente perfeito <3
ResponderExcluirmaissssssssss
@llanasantana
pfto :3 qrooo maiiiis <33
ResponderExcluir@fabipinheirols
ain quero mais, esta muito boa a fic.
ResponderExcluircontinuaaaaaaa
Nossa ta perfeito quero mais
ResponderExcluir