Agosto de 1994 ...
Completamos 3 anos naquele ano e
comemoramos a festa juntos.
Minha mãe chamou bastante crianças e junto
com minha tia, elas fizeram muitas coisas para o nosso aniversário, enquanto eu
e meu primo, Luan, brincávamos na sala.- Me lembro como se fosse hoje, de meu
pai e meu tio Amarildo, entrando pela sala, já no final da tarde e nos
levantarmos animados para abraçá-los. Era quase sempre daquele jeito. -
Minha mãe me deu de presente uma máquina
de tirar fotos, da barbie e eu quase morri de felicidade, amava ser fotografada e Luan
sofreu muito depois daquele dia, já que todos os dias eu pedia para que minha
mãe tirasse uma foto nossa, indo ou voltando do colégio.
Ele era como um irmão mais velho pra mim,
mesmo tendo a mesma idade que a minha.
Era bem maior e aparentava ser mais velho,
ia de mãos dadas comigo para a escola e não deixava eu sair da calçada, até
chegarmos lá, até minha mochila ele levava.
Na hora do recreio, ia me perguntar se eu
ainda tinha lanche e às vezes me oferecia o dele, mesmo eu já tendo comido o
meu. Ele mesmo falava que eu ainda estava com fome, enquanto eu dizia que não e
a professora ria sem parar.
Ela contava isso para minha mãe e tia
Marizete, que também achavam graça daquilo.
Tia Marizete deu uma noticia que abalou
muito minha mãe, em uma tarde ensolarada de setembro, mas no final ela aceitou
e ficou feliz por sua com cunhada e amiga, claro.
Ela estava grávida de seu segundo filho,
estava de um mês e radiante de felicidade.
Minha mãe dizia que no começo sentiu até
um pouco de inveja, mas depois ficou feliz por ela e faziam planos, para o mais
novo integrante da família.
Tio Amarildo, também contou a noticia ao
meu pai, que também ficou um pouco triste. Mas não tinha jeito, já que eles não
queriam adotar uma criança. Então resolveram esquecer aquilo e voltar a focar
em mim.
Quando chegou Dezembro, teria uma ceia de
Natal na minha casa e como sempre, minha mãe e minha tia, que estavam
responsáveis por tudo.
Eu ouvia elas falando que tinham
conseguido que algumas primas do meu pai e do meu tio, fossem para lá e tinham
chamado alguns vizinhos também.
Minha tia, com quatro meses de gestação,
já sabia o sexo do bebê. Minha mãe mesmo tinha ido com ela a uma clínica, perto
dali e eu e Luan tínhamos ficado com uma vizinha de confiança, que era um amor,
por sinal.
Era uma menina e até o nome já estava
escolhido. Seria Bruna, porque um dia minha mãe disse a tia Marizete, que meu
nome teria sido esse se meu pai não tivesse escolhido, Isabella, que na minha
opinião, sempre foi perfeito. Sempre amei o meu nome.
E por saber que minha mãe não poderia mais
ter filhos, ela iria colocar aquele nome, em sua princesinha, - Era assim que a
chamavam também. Nunca tive ciúmes, pelo contrário, sempre gostei de ver com
Luan a barriga da minha tia crescer. Ficávamos impressionados a cada dia.-
Bruna nasceria em maio e certeza, que só
iria alegrar mais aquela família.
No final, a casa estava lotada, tinha
muita gente e logo chegaram os parentes do meu pai e do meu tio. Apertavam eu e
Luan, enquanto nós fazíamos careta.
Eu só gostei mesmo de ficar no colo de uma
prima e brincar com ela. Com a Glória, que Luan já conhecia e a chamava de
Gogó, mesmo tendo pouco contato.
Eu nunca tinha a visto, mas logo me dei
bem com ela também e ficávamos brincando os três. – minha mãe sempre dizia
isso. –
Até que naquela noite, Luan teve uma
surpresa, ele ganhou do “papai Noel” um violão e a felicidade não cabia mais
nele.
Cantava e tocava sem parar, eu também
estava feliz por ele.
Glória também, sempre contava , que eu me
sentava com ele em uma cadeira e Luan me perguntava qual música eu queria ouvir
e tocava pra mim, deixando todos encantados.
Gravaram até vídeos de nós naquela noite e
eu me exibia em frente à câmera, que vivia em minha direção.
Acho que era o Natal mais feliz que meu
pai estava tendo, desde de seus 15 anos.
Quando saiu de Campo Grande – Mato Grosso
do Sul e foi à procura de emprego e estudo para a Capital de São Paulo.
Abril de 2005 ...
E lá estávamos nós, nos mudando mais uma
vez para uma cidade, que eu nem sabia qual.
Fui emburrada dentro do carro o caminho
inteiro. Com meus 14 anos, já entrando na puberdade, eu não aceitava ter que me
mudar pela segunda vez naquele ano.
Tínhamos saído do interior de São Paulo,
assim que completei quatro anos, só deu para ver o nascimento de Bruna e logo
nos mudamos.
Minha mãe contava que eu tinha ficado
muito triste com aquilo, manhosa e pirracenta até e eles também. Depois de meu pai
reencontrar seu irmão, mas uma vez haveria a separação.
Tio Amarildo, também falava que não iria
demorar para transferi-lo também.
Eu lembrava bastante do Luan e o quanto
éramos apegados, ficava vendo as fotos que tirei com Bruna em meu colo também,
assim que nasceu.
- Isabella, você sabe que é necessário...
– Meu pai falava, enquanto dirigia.
- Não sei porque é necessário. O senhor
até hoje não foi promovido, eles estão enganando você, pai.
- Não estão, minha filha... – Ele
suspirou. Acho que disse mais para ele. – Vai dar tudo certo.
- O senhor sempre fala isso e eu sempre
tenho que deixar os amigos que custo a fazer.
- Não custa nada, Isabella. Você faz
sempre amigos rápido. – Minha mãe disse, já irritada, no banco da frente e eu
bufei.
- Não faço nada, eu sou muito tímida e
vocês sabem disso.
- Nós não podemos fazer nada. – E assim
resolvi me calar, para não ter ainda mais aborrecimentos com meus pais, que mal
o bem, tentavam me dar sempre tudo do bom e do melhor, continuavam me mimando
como sempre.
A casa em que iríamos morar, era até boa,
eu gostei do meu quarto e dá vista que ele dava para outras casas. Tinha uma
sacada linda também.
Fui para escola emburrada mais uma vez no
outro dia e quase chorei, antes de descer do carro em que estava com meus pais.
- Vai dá tudo certo, filha... – Meu pai
disse e depois beijaram minha bochecha.
Saí batendo a porta do carro e o pé no
chão com força. Ouvi o barulho do carro se afastar, só quando já estava dentro
da escola, que era até boa. Era particular, primeira escola particular que eu
estudava e aquilo me dava mais medo, medo de ter pessoas metidas ali e me
rejeitarem.
A coordenadora era até simpática e me
levou até a turma que eu ficaria. Ela falou meu nome para os alunos e eu fiquei
vermelha como sempre. Me sentei na frente de uma menina, loirinha e bonita, que
sorria para mim.
Eu não sabia, mas aquele era o primeiro
dia de aula daquele colégio, depois das férias. Não voltaram a estudar em
fevereiro, porque houve uma greve de dois meses.
Então a professora só falou e fez
brincadeiras para nos conhecermos melhor.
Confesso que foi melhor que eu esperava, o
colégio era bom sem dúvidas.
Na hora do recreio não fiz questão nem de
me mover da cadeira, estava com sono também por não ter dormido nada, tensa com
o colégio novo. Eu era desse tipo.
Senti que alguém me olhava e levantei
minha cabeça. A menina que sorria para mim, no começo da aula, se aproximou
mais.
nossa que tudoo aaaaaaaaaaa
ResponderExcluiramei dmais manu, isso porque só o 2º capitulo imagina os outros
continuaaaa
bjos carol
ahh ... to curiosa muie >< ... q chegue logoo sábado rsrs .. ta pftooo d mais <33
ResponderExcluir@fabipinheirols
serio q so tem mais sabado q vem?
ResponderExcluirpoxa manu assim fica dificil kkkkkkkkkkkkk
vei ta muito boa amor
comecei a imaginar varias cenas aqui necessito de mais kkkkkkkk
bju @llanasantana
Ela e o luan se separaram. :(( @ls_dasgauchas
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