domingo, 16 de março de 2014

Capítulo 7


( 1 ano depois...)

A minha vida continuava a mesma, feliz!
Com os melhores amigos que eu poderia ter e os melhores primos e tios, como vizinhos.
Em um ano, eu ainda não tinha ficado triste nenhuma hora. Só acontecia coisa boa na minha vida, que me fazia sorrir.
Acordei atrasada um dia e fui para o colégio correndo. Era raro aquilo, mas eu perdi a hora e não tinha encontrado Luan pelo caminho.
Quando cheguei, todos já entravam para sala de aula. Me aproximei de meus amigos.
- Nossa, Luan, valeu por me esperar ! – Ele me olhou e riu.
- Ué, pensei que não vinha. Se atrasou muito!
- Perdi a hora. Eu fui dormir tarde ontem.
- É bom pra aprender e ir dormir cedo. – Fiz careta e o pessoal riu.
- Com coisa que você dorme muito cedo.
- Mas pelo menos não perco a hora!
- Êh, mas esses primos se amam muito, em! – Amanda disse, nos fazendo rir.
Entramos para sala de aula e naquele dia, todos estavam atacados, como dizia a professora.
Falamos a aula inteira, o que fez o tempo passar bem rápido e quando percebi, só faltava uma aula para irmos embora.
- Um aviso! Prestem a atenção! – A professora anunciou na frente e pela primeira vez, nós nos calamos. – Vai haver um passeio na sexta feira e quem quiser ir, vai levar um bilhete para os pais assinarem.
- Pra onde? – Luan perguntou, do meu lado.
- Vamos para um parque lindo. Tem lagos, cachoeiras e dá para acamparmos.
- Vamos pescar? – Ele perguntou animado e eu ri.
- Vamos, se der! – A professora, também riu.
E assim a aula acabou e finalmente fomos caminhando até em casa.
O pessoal iria até um certo ponto comigo e Luan, diziam eles, que não queriam ir para casa naquele momento.
- Vocês vão pro passeio ? – Perguntei e todos concordaram.
- Deve ser legal! – Fernando, deu de ombros.
Carla não estava mais andando com a gente.
Ela ainda falava normal com todos e ainda continuávamos bastante amigas, mas não andava mais conosco e eu acho, que era por causa do Luan, claro.
Ela falava com ele também, normal, não tinha mágoa mesmo. Mas deve ter achado melhor, não ficar tão próxima como antes.
- Ah, gente ! – Amanda nos assustou e riu. – Eu decidi e vou fazer uma festa grande de quinze anos.
- Sério, amiga? Faz sim! – Eu incentivei e ela concordou.
- Vou fazer e ver as coisas bem rápido, porque só falta dois meses. Me ajuda, Isa?
- Claro que sim!
- Boca livre, é ? Bom demais! – Bati em Luan, enquanto ele ria.
- E você vai ser o meu príncipe! - Ela se virou para ele animada.
- Príncipe, é? - Ele e os meninos fizeram careta, enquanto ríamos.
No outro dia, não teve aula, mas eu acordei cedo mesmo assim.
Tomei um café da manhã rápido e fui para casa da Amanda.
Onde resolvemos muitas coisas de sua festa naquele dia, já estava meio caminho andado.
Voltei para casa já de tarde e encontrei Luan pelo caminho.
- Tava onde ? – Ele me perguntou.
- Quer saber por que?
- Nossa! Só quero saber.
- (risos) Ficando com um menino ali na praça.
- O que? – Ele me olhou assustado e eu gargalhei.
- Larga de ser palhaço! Estava na Amanda.
- Até assustei agora. Tava fazendo o que lá?
- Mas como você é metido, garoto.
- Quero saber!
- Fica querendo!
- Eu já te disse que você é a prima mais chata que eu tenho?
- Já e eu também já te disse que você é o mais nojento. – Revirei os olhos.
Fui ouvindo as ladainhas do Luan até chegar em casa, nem me despedi dele e já entrei e fechei a porta. Ouvi ele gritar algo, e ri sozinha.
A noite, fomos para casa dele, comer churrasco, como sempre. Meu pai e o tio Amarildo, não cansavam nunca.
- Olha quem chegou! A minha prima que eu tanto amo! – Luan fez graça e me abraçou, fazendo minha mãe rir.
Fomos para a enorme varanda da casa e já fomos comer a comida ótima da tia Lizete.
- Crianças, resolvemos uma coisa. – Revirei os olhos, quando meu pai começou.
- O que ? – Luan perguntou.
- Vamos viajar para casa dos avós de vocês, no próximo final de semana.
Já que nesse, vocês vão para um passeio da escola.
- Sério? – Me animei.
- Sério, filha. Você vai conhecer seus outros primos, seu outro tio e seus avós! – Ele sorriu e eu fiz o mesmo. Era o meu sonho.
- Tem um tempo que a gente não vai lá, não é, pai? – Luan disse.
- Tem sim! Mas agora vamos todos juntos.
- Quero ir no carro que a Isa for! – Bruna logo já disse, nos fazendo rir.
- Que puxa saco! E eu ? – Luan reclamou.
- Vai com a gente, ué. – Ela deu de ombros, enquanto já comia sua sobremesa.
- Vamos fazer assim, então. As crianças vão todas comigo! – Meu tio disse e meus pais concordaram. – Vamos sair juntos mesmo. Não demora muito.
- Ainda bem, porque eu vomito! – Bruninha fez careta.
- Desde que não seja em cima de mim... – Luan deu de ombros.
- Vai ser em você mesmo. – Ela mostrou a língua.
- Olha lá, pirralha. Te bato!
- Mãe! – Ela reclamou.
- Vamos comer, crianças. Você estão muito agitados hoje! – Minha tia riu.
E depois de muito tempo ali, fomos embora para casa.
Acordei cedo até demais no outro dia e agradeci por aquilo.
Desci para tomar café da manhã e Luan estava sentado a mesa com minha mãe, provavelmente, meu pai já tinha ido.
- Que folga é essa? – Me sentei ao seu lado.
- Bom dia, prima linda! Eu dormir bem e você?
- (risos) Já crianças? – Revirei os olhos, para minha mãe.
Depois de ter quase que arrastar Luan, daquela mesa de café da manhã, finalmente fomos para escola e ele ainda foi comendo uma maça.
- Você é magrelo de ruim.
- E você é gorda de ruim, também! – Ele riu e eu lhe bati.
- Não te suporto! – E assim foi o caminho inteiro.
A aula se passou chata e na hora do recreio, Amanda não parava de tagarelar no meu ouvido, sobre sua festa.
Até que a sexta feira chegou e iríamos fazer o tal passei da escola.

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